Capítulo 48 :

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Meu quarto era no sexto andar. E, como Claudia tinha dito, era padrão. Cama, cômoda, pequeno frigobar, televisão e banheiro. Arthur guardou nossas malas no armário enquanto eu fui me refrescar. Eu me sentia como se tivesse acabado de acordar de uma noite inteira de sono em vez de um cochilo induzido medicinalmente.

Quando saí, Arthur estava deitado no centro da cama, com as mãos cruzadas atrás da cabeça.

Arthur: Por que você não quis ficar comigo? — Foi a primeira vez que vi sua confiança vacilar.

Havia algo agradável nisso. Levantei minha saia e subi na cama, montando em seu quadril.

Carla: Eu tenho que fazer os meus relatórios de despesas a cada semana, e não quero ninguém perguntando onde minha conta de hotel está.

Arthur: Por que eles se importam se você não faz uma despesa? Você estaria poupando-lhes dinheiro.

Carla: Meu chefe adora dificultar as coisas. Ele foi contra eu ser promovida, foi o chefe dele que me escolheu para o trabalho.

Arthur: Por que ele não queria te dar o cargo?

Carla: Porque ele é um idiota machista que acha que as mulheres não pertencem ao vestiário. Parece familiar?

Arthur: Eu apenas dificultei as coisas porque achei você sexy pra caramba.

Carla: Eu estava tentando fazer o meu trabalho.

Arthur: Eu sei. Sou um imbecil egoísta. Eu realmente não pensei nisso. Só queria me enroscar com você, e me empolguei.

Carla: E Sarah Andrade? Não era você que não permitia que ela fosse ao vestiário?

Arthur: Sarah Andrade não deve ir mesmo.

Carla: E por que não? — Hasteei minha bandeira da liberdade das mulheres com orgulho.

Arthur: Ela veio para o vestiário e agarrou meu pau. Eu não estava interessado.

Carla: Sério?

Arthur: Sim. Gleason, da SPN, filmou a coisa toda. Ele estava entrevistando GabiGol no armário ao lado do meu.

Carla: Por que você não a expôs? Ela correu para expor você em todos os meios de comunicação.

Arthur: Acho que me senti mal por rejeitá-la.

Carla: Então, você realmente não tem nada contra mulheres no vestiário?

Arthur: Eu tenho algo contra você no vestiário. — Ele me puxou de sentada para deitada em cima dele.

Carla: Por quê?

Arthur: Porque o único pau que eu quero que você veja atualmente é o meu.

Carla: Essa é uma declaração estranhamente fofa.

Arthur: Eu sou um tipo de cara estranhamente fofo. Agora cale a boca e me beije.

Minha bunda ainda estava sobre seu quadril, mas eu estava inclinada, meu peito pressionado ao dele, meus lábios descansando levemente contra os seus.

Carla: Eu estou por cima. Você me disse que esta não era sua posição favorita.

Arthur: Melhor testar para ver se eu estava certo.

Arthur teve uma reunião com a equipe, e eu tinha algum trabalho a fazer. Quando ele voltou, pedimos uma enorme quantidade de comida do serviço de quarto e passamos o resto da noite na cama.

Como eu tinha cochilado, não estava cansada. E, como Arthur precisava somente de quatro a seis horas de sono, mesmo que ele fizesse, em um dia, dez vezes mais exercício do que a maioria dos seres humanos em forma, ele ainda não estava cansado.

Depois de mais alguns rounds explorando o corpo um do outro, estávamos de volta à nossa própria e única forma de conhecer um ao outro: eu fazia perguntas normais, e Arthur atirava algumas ridículas.

Na maior parte, manteve as coisas leves. Até que ele tropeçou, sem saber, na parte da minha vida da qual eu não falava. Eu estava traçando oitos sobre seu peito nu quando ele saiu com outra pergunta excêntrica.

Arthur: Se você pudesse entrevistar alguém da sua vida, vivo ou morto, quem seria? — Eu não pensei sobre a minha resposta, mas talvez eu devesse.

Carla: Marcelo Martin. — Meu dedo parou o desenho no segundo em que as palavras saíram e eu gostaria de poder retirá-las.

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