Capítulo 105 :

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Arthur: Pode sim, amor! Mas não precisa se preocupar. Vamos casar! —  Me sento ao lado dela.

Carla: Como não me preocupar, Arthur? Posso estar grávida, seu safado! — Me dá um tapa no braço e sempre esqueço que Carla tem uma mão pesada. — Como pode ter tirado meu anel contraceptivo e não me avisar?

Arthur: Não foi de propósito, amor!

Carla: Tenho minhas dúvidas, Arthur, você é louco suficiente para me aprontar uma dessas. —  Ela encosta a cabeça no meu ombro e acabo envolvendo-a com meus braços.

Estava cansada e preocupada; e como não querer fazê-la minha esposa e protegê-la do mundo.

Arthur: Não foi de propósito, amor! Eu juro que nunca faria nada de que você não aceitasse antes. Porra, nem sabia direito sobre esse anel contraceptivo. Você só falou que usava, mas nunca vi o bicho de perto. Vez ou outra, o meu pau encostava nele e até que era gostoso... Não tinha como saber que ele se parecia com o anel peniano! —  Dou de ombros.

Carla: Verdade! — Acho que amansei a fera antes de ela me jogar um sapato na cabeça.

Da última vez que ficou tão nervosa, me deu umas bolsadas na cabeça. Tudo porque sorri demais para uma fã. Carla é ciumenta, mas ela nunca admite, então não posso verbalizar. Acabo rindo com a recordação.

Carla: Está rindo do quê?

Arthur: De nada! Só do quanto você é brava e do quanto sua brabeza me excita.

Carla: Pelo amor de Deus, não fale em sexo... Porque sexo lembra bebê e bebê me faz querer chorar.

Arthur: São os hormônios, amor!

Carla: Não sabia que você entendia sobre hormônios femininos!

Arthur: Foi Maria quem falou!

Carla: Pelo amor de Deus, todos acreditam que estou grávida? —  Apenas confirmo com a cabeça. — Sou uma tola mesmo! Que papelão!

Ficamos em silêncio por uns minutos e sei que Carla precisa pensar sobre tudo. Não estamos há muito tempo juntos, mas o suficiente para ter aprendido sobre suas manias.

Arthur: Amor, se você prometer não brigar comigo, eu passei na farmácia e comprei vários testes de gravidez.

Carla: Você passou na farmácia! Gente... Amanhã todo mundo vai saber que estou grávida, Arthur!

Arthur: Mas amor... Olha só... Todos vão saber uma hora ou outra! Não podemos esconder sua barriga por muito tempo. Grávidas ficam com barrigas enormes...

Carla: Ai meu Deus! Juro que vou te matar, Arthur Picoli! — Ela acaba rindo e eu relaxo. — Vai logo buscar os testes e vamos tirar essa dúvida, pelo amor de Deus!

Arthur: Essa é a minha jornalista. Forte, decidida e gostosa pra caralho.

Carla: Se você me chamar de gorda de novo, juro que faço você voltar a dormir no hotel de novo.

Arthur: Nem pensar, Carla! Agora que serei pai, vamos tratar de casar logo, porque nunca, mas nunca que vou ser um pai solteiro! — Só o que me faltava mesmo, eu e Carla morar em casas separadas com uma filha a caminho.

Carla: Vamos por etapas, Arthur, seu maluco! Primeiro, vamos descobrir se estou grávida ou não e depois tratamos dessa história de casamento.

Só na cabeça dela que vou deixar ela me enrolar. Vamos casar sim e não se fala mais no assunto!

CARLA DIAZ

Oito testes na bancada do banheiro e todos positivos. Estava mais lascada do que ter um vídeo íntimo vazado. O que faria da minha vida? Eu estava apavorada, mil coisas vinham na minha mente ao mesmo tempo, mas a que me assustava mais. Eram as fãs de Arthur.

Ele tinha fãs bem malucas. Graças a Deus não eram todas! A maioria eram simpáticas, e me respeitavam. Mas tinha as que me xingavam, essas me assustava e me deixavam triste com comentários do tipo: Que eu estava com ele por interesse, e que eu era Maria chuteira. Algumas ate me ameaçavam, por isso optei trabalhar um pouco mais de casa.  Agora que estou gravida, vão dizer que estou querendo dar o golpe da barriga.

Arthur: Carla, abre a porta que estou ficando nervoso. — Arthur não parava de bater na porta e falar como um papagaio.

Desgraçado! Me engravida e ainda fica falando de marcar a data do casamento. Como se casar fosse assim tão fácil, pelo amor de Deus!

Arthur: Ou você abre a maldita porta ou eu vou colocar ela abaixo, Carla Diaz. — Abro a porta, porque não queria ter que mandar consertar.

Carla: Eu acho que devemos fazer outro! — Entrego todas as tirinhas para Arthur que me olha com um sorriso que vai de uma orelha a outra. — Quem sabe um de sangue!

Me jogo no pescoço de Arthur e começo a chorar como uma menininha com medo do escuro, como costumava acontecer quando era criança em noites de tempestades. Nem sempre fui essa mulher segura e durona. Na verdade, não aguento mais essa pose de "nada me abala".

Eu estava grávida do melhor jogador do momento, e a única coisa que me assustavam eram as suas fãs, pelo amor de Deus, o que seria da minha vida?

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