Capítulo 22 :

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Arthur:: Me conte algo embaraçoso sobre você. — Arthur levantou a garrafa de vinho do balde e encheu a minha taça.

Carla: Embaraçoso?

Arthur: Sim. Talvez isso vá me ajudar a parar de pensar em fazer as coisas sujas com você.

Carla: Humm... deixe-me pensar. — Ele se inclinou.

Arthur: Depressa. Você mexe comigo até pensando e bebendo vinho.

Balançando a cabeça, compartilhei a primeira história embaraçosa que eu poderia pensar, mesmo que fosse antiga.

Carla: Quando eu tinha dezesseis anos, disse aos meus pais que ia dormir na casa de uma amiga, mas fui acampar com um grande grupo de pessoas. Nós compramos cerveja e nos sentamos em volta de uma fogueira durante toda a noite bebendo. Em algum momento, depois que bebemos muito, decidimos assar marshmallows. Eu era tão experiente com acampamento quanto era com bebida e estava bêbada demais para estar perto de uma fogueira.  Pegamos umas varinhas e colocamos marshmallows na ponta. Minha varapau tinha uns doze centímetros.

Arthur: Minha vara é maior. —  Arthur interrompeu, sorrindo. Revirei os olhos, mas continuei a história.

Carla: Continuando... Eu estava sentada muito perto do fogo com a minha vara curta tentando deixar meu marshmallow marrom, e meu cabelo pegou fogo. Eu tive sorte de não ter nenhuma queimadura profunda, mas chamusquei metade da minha cabeça. Eu tive que andar por aí com a cabeça raspada por um ano. E fiquei de castigo por um mês. — Nós dois gargalhamos pela minha história.

Arthur: Você sabe qual a parte mais divertida dessa história? — Ele perguntou.

Carla: Qual?

Arthur: Eu ainda quero fazer coisas sujas com você.

A garçonete veio até a mesa e tirou os nossos pratos. Arthur pediu alguns minutos para decidir sobre a sobremesa, o que me deu um minuto muito necessário para me recuperar. Eu cruzei as mãos à minha frente na mesa.

Carla: Então é isso? Este é o meu cortejo? Um jantar, que você basicamente me obrigou a vir para conseguir uma entrevista de trabalho, e agora eu tenho que fazer sexo com você?

Arthur: Pelo tom da sua voz, acho que não devo responder sim a essa pergunta, né? — A garçonete voltou antes que eu pudesse responder. — Você gostaria de sobremesa? —Arthur apontou para o menu.

Carla: Traga um pouco de tudo, por favor. — A garçonete parecia confusa. E com razão.

Mari: Você quer uma de cada sobremesa? — Ele olhou para mim.

Arthur: Sim. Ela precisa ser cortejada por mais tempo. Traga-nos um pouco de tudo. — Eu não pude deixar de rir. — Veja — ele disse quando a garçonete se foi —, eu sou divertido também. Estou fazendo você rir. E você me acha sexy. Este é um belo cortejo.

Carla: Espera aí. Eu nunca disse que pensava que você fosse sexy.

Arthur: Você não tem que dizer. Eu sinto. Está no ar quando estamos perto um do outro. Você é tão atraída por mim como eu sou por você.

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