Logo em seguida, o avião pegou um pouco de turbulência, e a calma que o remédio tinha produzido voou pela janela. Segurei os braços da poltrona com as duas mãos.Arthur: Tem medo de voar?
Carla: Digamos que sim.
Arthur: Você deveria tomar algo antes de voar.
Carla: Eu tomei, mas o efeito passou.
Arthur: Que tal um drinque para acalmar os nervos?
Carla: Eu não deveria misturar mais álcool com o calmante... — O avião balançou novamente. — Eu vou querer puro.
Arthur riu quando estendeu a mão e apertou o botão para a comissária de bordo. A morena de pernas longas respondeu rapidamente. Ela me ignorou e falou com Arthur.
Xxx: O que posso fazer por você, Sr. Picoli?
Arthur: Você pode nos trazer um Merlot e uma garrafa de água, por favor?
Xxx: Claro.
No minuto em que chegou, eu engoli quase totalmente o copo cheio como se fosse remédio. Olhando para Arthur, percebi, pela primeira vez, que ele estava vestindo um terno que, a propósito, lhe caía muito bem.
Carla: É bom ver você de calça para variar.
Arthur: Posso tirar, se você quiser.
Carla: Eu precisaria de muito mais do que uma garrafinha de Merlot. — Arthur rapidamente estendeu a mão e apertou o botão para a comissária de bordo. Eu realmente gargalhei um pouco.
Carla: Então... de verdade... por que está sentado aqui?
Arthur: Você já olhou ao redor deste avião? Há uma mulher sexy e uma centena de homens peludos. Eu não sei por que não está todo mundo brigando para se sentar aqui.
Carla: Isso quase soou como um elogio, Sr. Picoli.
Arthur: E foi. Você é sexy pra caralho. E eu gosto de você.
Carla: Sério? Você tem um jeito engraçado de demonstrar que gosta de mim. Toda vez que te vejo, você tenta sabotar a minha entrevista.
Arthur: Toda vez que te vejo, eu me exponho para você. — Ele me lançou seu sorriso característico. — De onde eu sou é assim que nós mostramos que gostamos de uma garota.
Carla: De onde você é? Da selva?
Arthur: Eu sou de Conduru...
Xxx: Arthur, eu quero fazer algumas alterações em uma das jogadas. — Um dos seus treinadores nos interrompeu. — Nós acabamos de estudar o campo e precisamos mudar o jogo um pouco.
Arthur: Tudo bem, meu querido.
Arthur pegou minha mão e a beijou, então desapareceu com o treinador durante o resto da viagem. Eu não o vi novamente até o dia do jogo.
Quase um milagre, o sol estava brilhando em Bueno Aires.
Eu realmente sentia falta desse ar europeu. Adorava Buenos Aires, pensei que voltaria mais vezes, mas, ao longo dos anos, meu medo de voar havia se intensificado, e agora os únicos voos que eu fazia eram a trabalho.
Esta viagem foi um lembrete de que eu estava deixando meus medos me controlarem em vez do contrário.
Fiquei ao longo da linha lateral assistindo ao jogo com Marcos, o repórter do jogo. Parte do meu trabalho na equipe era ser o olhar auxiliar de Marcos. Nós trocávamos ideias entre as transmissões ao vivo, já que era praticamente impossível uma só pessoa manter o controle de onze homens no campo ao mesmo tempo. Quatro olhos faziam um trabalho melhor.
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Aulas, Cria!!
FanfictionSinopse: Na primeira vez que encontrei Arthur Picoli ele estava no vestiário masculino. Foi a minha primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. O famoso Atacante do Flamengo decidiu me mostrar tudo. E, por tudo, não quero dizer que e...