Capítulo 29 :

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Carla: Em que você se formou? — perguntei.

Arthur: Quer dizer que você não memorizou isso?

Carla: Eu sou melhor com as estatísticas do que com as palavras.

Arthur: Educação Fisica.

Carla: Certo. Um curso que demanda bastante tempo enquanto jogava futebol em um time grande.

Arthur: Está vendo? Não sou apenas um rosto bonito. Eu tenho cérebro também. — Revirei os olhos.

Carla: Então, é aqui que você traz todos os seus encontros?

Arthur: Se este fosse um encontro de verdade, nós definitivamente não estaríamos em um lugar onde eu não posso dar em cima de você ou dizer o que estou pensando em fazer com o seu corpo.

Carla: Então, este é o meu lugar seguro? — Arthur fez sinal para eu sentar no banco de pedra e, em seguida, sentou ao meu lado.

Arthur: Pode ser o seu único.

Carla: Ok, então. — Limpei a garganta e enfiei a mão na bolsa em busca do bloco de notas. — Por que não começamos? Eu vou pegar leve com você. — Ele sorriu.

Arthur: Eu não facilitaria as coisas para você se fosse o meu show. — Balancei minha cabeça.

Carla: Como você se sente sobre as mudanças de técnicos e direção que estão previstas para o próximo ano? — Arthur soltou um suspiro.

Arthur: Não estou ansioso por isso. O treinador é difícil, mas justo, e construiu a equipe que é hoje. È inevitável, o técnico esta sempre mudando. Eu o respeito e gostaria que ele continuasse.

Carla: Alguma ideia de quem eles têm em mente para a substituição?

Arthur: Não. Mas espero que a decisão seja tomada antes de acabar o contrato. Quanto mais cedo melhor. Vai ser uma transição mais suave ter os dois treinadores trabalhando juntos por um tempo. O Flavio Narvaz tem sido firme com a seleção de treinadores. Só espero que ele continue.

Carla: Isso me leva para minha próxima pergunta. Há rumores de que Flavio Narvaz pode vender um...

Arthur: As rosas eram de Narvaz?

Carla: Por que o dono do seu time me enviaria rosas se eu nunca o conheci? — Eu sabia exatamente de quem ele estava falando. Ele estava se referindo ao filho de Flavio, o Otavio.

Arthur: O imbecil com quem você trabalha, não Flavio.

Carla: Eu não acho que isso seja da sua conta.

Arthur: Talvez não seja, mas eu estou perguntando. — Enfrentei seu olhar.

Carla: Sim.

Arthur: O cara é um... — Ele fez uma pausa. —  Você vai sair com ele?

Carla: Ele me chamou para jantar, se você quer saber.

Arthur: Você vai sair para jantar com ele, mas não comigo?

Carla: O convite para jantar dele é para me conhecer, não para entrar em mim.

Arthur: É aí que você está errada. Eu sou apenas mais direto do que ele.

Carla: Como a minha pré-entrevista se transformou em você fazendo perguntas para mim? — Arthur se inclinou para trás e cruzou os braços sobre o peito.

Arthur: Pergunta com pergunta.

Carla: O que você quer dizer com isso?

Arthur: Para cada pergunta que você fizer, eu farei uma.

Carla: Isso é ridículo.

Arthur: Não se você quiser a entrevista.

Carla: Deixe-me adivinhar, todas as suas perguntas serão pessoais?

Arthur: Só quando a sua for.

Carla: Tudo bem. — Bufei. Eu queria evitar todas as questões pessoais.

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