Imagines NCT

Ten

Chittaphon Leechaiyapornkul

Todos algum dia almejam viver um romance recíproco, não só em sentimento amoroso mas como na intensidade do mesmo. A forma que os corpos queimam de amor quando se vêem, a forma que o coração grita desesperadamente pela pessoa, a forma que o peito dói por segurar tanto sentimento e não saber expressar devidamente, pois todas palavras parecem erradas e contraditórias ao que o coração sente. Porém, assim como o desejo muitos é encontrar esse alguém que desfrute das mesmas sensações que vós, o medo se faz presente. São vários os fatores que faz o indivíduo ter medo do amor, ser rejeitado é uma delas, a pessoa não o amar na mesma intensidade é outra, ou a pessoa fingir que o ama e aturar essa farsa por anos. Para amar alguém tem que se entregar de corpo e alma, ser sincero.

Uma pena que não são muitos que realizam este desejo. Chega a ser um desperdício ver o indivíduo cheio de sentimentos para dar e não ter alguém para retribuir.

- Certo, eu definitivamente não sei fazer isso. - (s/n) solta o lápis e deita sua cabeça na mesa.

- Ah para com isso, é fácil! - diz Chittaphon massageando o ombro dela, a incentivando continuar.

- Ten... Isso NUNCA vai entrar na minha cabeça! Física é tão... Patético! Nada faz sentido, nunca irei usar isso na vida.

- Realmente você nunca vai usar na sua vida, mas tem que aprender.

- Vontade de sumir viu. - ela suspira frustrada por não conseguir avançar no exercício.

- Não diga isso... Eu te ajudo.

- Não sei como consegue ser bom em física.

- Sou bom em várias coisas.

Chittaphon entrega o lápis a garota, sorrindo abertamente a ela. Sua fala anterior havia dado uma espetada em seu coração, havia mentido ao dizer que ele era bom em várias coisas. Ele não era muito bom em se apaixonar pelas pessoas.

- Sabe, acho que devíamos parar de estudar por hoje. Queimei todos os meus neurônios com esse exercício.

A garota se levanta, estendendo a mão ao rapaz que segurou a mesma ainda sem saber o motivo desse ato.

- Vamos comer! - ela diz o puxando para fora de casa, após pegar seus pertences e os do rapaz.

Os dois caminham até o restaurante mais próximo da casa dela; riam de cada coisa que contavam um para o outro. Momentos assim faziam o rapaz se sentir nas nuvens, a forma que ela agia era tão leve e contagiante, quase impossível não se perder ao lado dela. Chittaphon amava o fato dela o fazer esquecer as horas, esquecer tudo de ruim que tem no mundo, esquecer até mesmo a si mesmo com apenas um olhar. Se sentia tão bem em ter ela, como amigo, mas a tinha.

- Oh o seu prato parece ser mais gostoso do que o meu. - ela fez um biquinho olhando para o prato dele.

- Nem vem, conheço esse golpe.

- Aish! Só uma garfada então.

Chittaphon não vê problema em lhe dar um pouco de sua comida, então junta um pouquinho de cada coisa em seu garfo e o leva em direção a boca dela. Não leva segundos para a garota abocanhar como um animal faminto, deixando o rapaz assustado e logo rindo.