Johnny

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YoungHo Seo

"Eu deveria ter dito isso antes de você partir...

– Vamos, vai ser legal. - o rapaz tentava convencer a garota a se levantar e sair com ele.

– A última vez que você disse isso, a polícia apareceu.

– Não vai aparecer dessa vez. - ele se senta na cama ao lado da garota. – Vai levanta.

Derrotada, (s/n) se levanta e vai se arrumar. Naquela noite eles iriam para uma festa na casa de um amigo do Johnny.

– Nós vamos nos divertir bastante. - ele sorri.

O rapaz estava certo, os dois realmente se divertiram muito. Beberam até esquecerem os próprios nomes, beijaram metade das pessoas na festa, dançaram até não sentirem mais os pés, choraram sem motivos, vomitaram até sair as entranhas e riram até não poder mais.

Retornaram para a casa de forma desconhecida por eles, mas foi Tae-Yong que havia levado eles. Ao acordarem com dores de cabeça, olham um para o outro e começam a rir.

– Você está péssima. - ele diz entre os risos.

– Você está pior. - ela seca as lágrimas que haviam caído.

"...se eu soubesse que um dia você me deixaria, nunca teria guardado isso..."

– Eu estava pensando, quer ir comer um lanche comigo?

– Johnny, são 02:00 da manhã. - ela disse sonolenta.

– Eu sei, mas a fome é maior.

– Certo. - ela boceja. – Passe aqui em 10 minutos.

– Então... Eu já estou na frente da sua casa...

– O QUE?!

Ela desce as escadas após desligar a chamada, abre a porta da frente e se depara com o rapaz alto sorrindo para ela.

– Você é louco. - ela o abraça.

– Louco de fome.

– Só por isso, não?

– Exato, gata. - ele pisca um olho para a garota, fazendo a revirar os olhos.

"...não tem como você voltar?"

– Tédio... - ela resmunga.

– Tive uma ideia. - ele a olha animado. – Que tal irmos tocar a campainha dos vizinhos e sair correndo?

– Johnny quantos anos você tem? - ela ri.

– O suficiente para continuar fazendo isso.

– Então, vamos!

Eles saem de casa e começam a tocar as campainhas, uma por uma pelo quarteirão todo. Era divertido ver dois adultos correndo e rindo que nem crianças.

"Só queria você de volta..."

– Qual seria sua reação se recebesse um telefonema dizendo que eu morri?

O rapaz faz a pergunta e toma o seu sorvete enquanto caminha olhando para os carros que passavam.

– Que pergunta é essa? Mas sei lá, eu pensaria que é um trote.

– Entendo, eu pensaria a mesma coisa. - ele ri.

"...eu sabia que teria ter levado a sério aquela pergunta. Se eu tivesse levado a sério eu falaria que..."

– Alô?

– (s/n)?

– Sim, sou eu.

– Oi querida, é a mãe do Johnny.

– Ah, olá senhora Suh.

– Querida, eu tenho péssimas notícias. - a garota ouve a mais velha suspirar o que a deixa nervosa. – O Johnny... Se suicidou.

– Como? - as lágrimas se acumulavam em seus olhos. – É mentira, não é?

– Queria que fosse... - a mais velha começa a chorar do outro lado da linha.

Ao perceber que não era mentira, a garota começa a chorar desesperadamente, desligando a chamada sem se despedir. Não estava acreditando que seu melhor amigo havia lhe deixado.

"Eu te amo! Eu te amo, Johnny!"

Se você soube o quanto ainda me faz falta. - diz a garota sentada ao lado do túmulo do rapaz. – Um dia nós vamos nos encontrar, vamos nos amar na próxima vida.

Ela olha para a sepultura.

– Vou viver por ti. - ela sorri. – Eu te amo.

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