Imagines NCT

WinWin

Dong Si-Cheng

— Alguma ideia?

Chittaphon se aproxima do chinês que fazia umas anotações em uma folha, que logo foi amassada e jogada na lixeira junto com outros papéis que acabaram da mesma forma.

— Nenhuma. - Si-Cheng suspira. — Não sei o que fazer para agradar ela.

— Ela é a sua esposa, você deveria saber o que a agrada.

— Eu sei, mas sei lá... Quero impressioná-la.

Si-Cheng tomba sua cabeça para trás, olhando para o teto branco da sala de ensaios. Parecia estar buscando alguma coisa, seus olhos estavam agitados como se estivessem vendo algo que o tailandês não conseguisse ver; estava em busca de uma ideia.

— Você sabe que ela iria amar qualquer coisa vindo de você, não?

— Sei disso. - ele fecha os olhos e logo veio a imagem de sua amada na mente, lhe tirando um pequeno sorriso. — O que você faria no seu primeiro aniversário de casamento?

— Vejamos... Acho que eu faria uma viagem para algum lugar que gerasse boas lembranças.

— É uma boa ideia, mas deixarei essa ideia para você mesmo.

— Por quê?

— Estamos vivendo uma pandemia e não quero arriscar nossa saúde.

O chinês volta a fechar os olhos, ficando em silêncio, suspirando profundamente sentindo seu corpo doer um pouco em algumas partes por conta da nova rotina que lhe deram, contendo atividades mais pesadas que exigiam muito de seu corpo. Através dessa sensação dolorosa lhe veio uma ideia; um lugar relaxante, sensual e mais privado, as famosas fontes termais.

— Fontes termais! - abre os olhos, sorrindo para o tailandês que o olhava assustado por conta da inesperada ação.

— Fontes termais? É uma ideia genial, vocês vão conseguir aproveitar bem um momento a dois, dá até um ar de lua de mel.

— Vai ser perfeito.

Si-Cheng pega o seu celular, fazendo uma busca rápida de uma fonte termal com a ajuda de Chittaphon, encontraram o Xiamen Riyuegu Hot Spring Resort Communities que parecia ser o lugar ideal para o casal; Si-Cheng entrou em contato com o local que por sorte ele pôde fazer sua reserva tranquilamente e combinando para prepararem uma surpresa em sua hospedagem com sua esposa.

— Pronto, agora só falta o presente.

— Eu vi que cada aniversário de casamento tem um nome, para o primeiro ano se chama Bodas de Papel*. - Chittaphon faz um bico se recordando da matéria que havia lido um tempo atrás.

— Certo... - Si-Cheng pensa um pouco. — Sei o que fazer, obrigado.

Chittaphon lhe dá um sorriso, então o chinês se levanta se retirando da sala de ensaios. Estava a caminho de volta para a casa que alugou quando veio a China com sua esposa assim que recebeu a nova agenda. Enquanto andava pelas ruas — já que a casa onde morava atualmente não era distante da empresa — passou em uma loja que vendia materiais de papelaria, comprou alguns papéis que achou bonito e um pote de vidro. Pretendia escrever bilhetinhos de amor com frases de livros que ele gostava, de poemas que faziam conexão com seus sentimentos, escreveria coisas das quais ele gostava nela e claro, dizer o quanto ele agradecia por ter ela na vida dele. Bem clichê! Mas, o que importa é o amor que ele queria transmitir a sua esposa.

Assim que chegou em casa reparou que ela não havia chegado ainda, o que já era de se esperar. Foi o tempo perfeito para ele escrever os bilhetes, encher o pote deles e escondê-lo em seu guarda-roupa onde ele sabia que sua esposa não mexeria.