2| Hendery

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Wong Kun-Hang

Domingo

Pela manhã (s/n) desperta primeiro, vai abrindo os olhos aos poucos até se acostumar com a claridade. Passa a esticar o corpo, pois a posição atual estava sendo dolorida; ela se depara com algo colado em seu corpo. Hendery estava abraçado a ela, de imediato ela se assustou um pouco, mas depois sorriu ao vê-lo resmungar e a puxar para mais perto. Rendida, ela acariciou os cabelos dele sentindo a maciez que imaginou quando se conheceram, puxou o garoto para mais perto, o deixando aconchegado em seu peito e logo voltou a dormir.

Alguns minutos — não se sabe quanto — se passaram e foi a vez de Hendery despertar, diferente da garota ele já foi um pouco mais bruto ao se mover na cama. Ficou paralisado quando se deu conta de que estavam abraçados, tampou a boca para não gritar e acabar acordando a garota. Sentiu ela se mexer e ficou olhando para ver se ela estava acordando, ficou observando ela despertar aos poucos e o choque de mais cedo foi se desfazendo, tinha um sorriso bobo nos lábios ao ver a carinha sonolenta da garota.

— Bom dia, amor. - ele diz dando ênfase na última palavra.

Com um olho aberto e o outro fechado, ela direciona a atenção para a voz ao lado, respondendo um "bom dia" sem se importar com o nome que ele havia a chamado. Ficaram em silêncio se olhando até ela tomar a iniciativa de se levantarem para tomar café, Hendery pediu para que ela usasse primeiro o banheiro e ela foi, enquanto isso ele ficou esperando com os olhos fechados.

Quando finalmente estavam prontos, desceram as escadas encontrando a família já acordada terminando de fazerem o café da manhã. Assim que terminaram de comer, não havia muita coisa para se fazer, a não ser limpar as coisas que sujaram e ficarem assistindo algum programa que passava na televisão.

— O sol não me parece forte, podemos ir a praia agora. - a irmã mais nova diz olhando para a janela.

— Vamos! - as crianças foram correndo ao seus quartos para se arrumarem.

E novamente eles foram a praia, o sol realmente não estava tão forte podendo aproveitar bem sem sentir dentro de um forno. Dessa vez, Hendery se preveniu olhando direito cada coisinha perto dele, as vezes ele entrava em desespero quando algo grudava em sua perna e saía pulando da água para se salvar do que quer que seja aquilo. Quando começaram a sentir fome, optaram por comerem em um quiosque beira mar, já fazia um tempo que eles estavam sentindo o cheiro delicioso da comida vindo de lá e pode-se dizer que o aroma ajudou a atiçar a fome. Enquanto comiam conversavam sobre que horas voltariam para casa, que por fim foi decidido que voltariam a noite, aproveitando que as crianças ainda estavam de férias.

No fim de tarde abria uma feirinha que vendia várias coisas e era interessante visitá-la, ficaram de ir lá no dia anterior, mas o cansaço veio a tona e deixaram para o dia seguinte. Mas antes, eles aproveitariam um pouco mais a praia; as crianças tiveram a ideia de enterrar Hendery na areia e o rapaz aceitou não resistindo a fofura dos "sobrinhos".

— Podíamos desenhar o corpo de uma sereia para o tio. - o garotinho diz rindo para o irmão.

— É uma ótima ideia, né tio?

— Ai é sim, meu sonho é ser uma sereia.

Aa crianças ficaram empolgadas por ele ter aceitado mais uma de suas ideias. Enquanto isso (s/n) estava se divertindo na água com seus irmãos e cunhados, não deixando de observar Hendery com as crianças.

— Se liga, mana. - a irmã diz e quando ela se vira para olhar, a mais nova joga água na sua cara.

— A mais sua filha da... - ela passa as mãos no rosto para tirar a água salgada de seus olhos.

— Olha a boca. - o mais velho repreende.

— Como se você não falasse palavrão. - (s/n) retruca.

Antes que aquilo virasse uma discussão maior, (s/n) sai da água para ficar um pouco com o Hendery que estava rindo com as crianças, parecia estar mais divertido estar com eles do que com os irmãos.

— (s/n)? - essa voz a impede de continuar seu trajeto.

— Ten? O que você faz aqui?

— Você disse que estaria aqui com a sua família, então eu vim. - o garoto sorri.

— Esta tudo bem, filha? - a mãe se aproxima, acompanhada ao longe pelos irmãos.

— Esta... É só...

— Oi, eu sou o Ten.

— Dois Ten? - o pai diz.

— Ai meu deus, ele é um amigo da faculdade. É tão confuso ter dois Ten. - ela puxa Ten para algum canto.

— Por quê esta aqui?

— Sinto que ainda te amo e fui um tolo em ter terminado contigo. Então achei que seria uma boa ideia vir aqui te ver e conhecer a sua família.

— Ten... Eu... Você estava certo em pedir o término, sabe, eu percebi que não me sentia mais como no início do namoro.

— Oh então você já não me ama mais... - ele parecia triste em receber aquela resposta. — Vi até que você esta acompanhada.

Ten percebeu um rapaz perto deles e pela forma que ele os olhava, deduziu ser um acompanhante.

— Sim, estou. Depois que terminamos, eu fui me encontrar com os meu amigos e nisso eu conheci o Hendery, que agora esta se passando por você.

— E esta dando certo?

— Está, minha família gosta tanto dele. - ela sorri para Hendery que sorriu de volta.

— Bem, eu vou indo então. - Ten abre os braços para que ela o abraçe.

(s/n) não viu problema em abraçá-lo, seria um abraço de despedida. Ten foi embora desejando tudo de bom a ela, e ela desejou igualmente a ele. A garota foi até Hendery e o abraçou, estava feliz em ter se resolvido com Ten.

— Então, ele não é o seu namorado de verdade? - a irmã diz.

A família toda esperava uma resposta e como ela não tinha escapatória, precisou contar a verdade mesmo receosa com a reação deles, Hendery segurava a mão dela conforme ela contava toda a história, queria tranquilizar ela de alguma maneira. Quando ela terminou de contar a família reagiu de forma contrária do que ela imaginou, ficaram muito felizes por ela ter apresentado o Hendery e não havia motivos para odiá-lo.

— Sabe, eu gostaria de fazer uma coisa contigo. - Hendery diz quando estavam sozinhos, sentados na areia vendo o mar.

— O que?

— Isso.

Ele a puxa pela nuca de forma delicada, a levando de encontro ao seus lábios. (s/n) sorriu ao sentir os lábios dele e retribuiu o beijo, que desde o início foi calmo e suave, sem pressa apenas queriam sentir mais daquele beijo aproveitando cada segundo daquilo.

— Topa sair comigo qualquer dia desses? - ele pergunta quando finalizam o beijo.

— É claro que sim.

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