『Perdão?』

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  » Ayla Rivera;
  - 28 de dezembro, domingo.

Após o ultimato jogado por Felipe, o assunto "relacionamento Davis Rivera" ganhou o seu fim, uma nova onda de troca de palavras teve o seu início, e daquela forma o dia se passou.

Quando não tínhamos mais nada para dizer ou fazer, o relógio em meu pulso já marcava mais de dezoito horas, a lanchonete não estava longe de fechar. Então, acertamos a conta de tudo o que foi consumido e saímos juntos para fora do estabelecimento. Estava na hora de ir embora.

— Você sabe que perdemos o jantar, não sabe? – a vendo seguir um passo à nossa frente, comentei algo que iria nos causar alguma dor de cabeça.

— Mamãe não vai deixar isso passar – disse o óbvio – Mas dessa vez não posso nem me defender,  pois prometi chegar a tempo.

— Eu não prometi nada, mas dona Alícia exigiu a minha presença. Então irei depositar toda a culpa sobre vocês dois – com um largo sorriso preenchendo os meus lábios, me virei para a minha dupla favorita no mundo. Eles então se olharam entre si, e me miraram em seguida.

— Não amarrados nenhuma das duas sobre aquela cadeira, nem mesmo fizemos uma ameaça saudável. Isso sem mencionar que eu morro de medo da sua mãe, e ela sabe como fazer uso dessa minha falta de coragem. Na verdade, as duas sabem – confessando em voz alta o seu enorme temor, Lipe coçou a nuca ao ver Nicole negando tudo com os braços cruzados – Enfim, ela jamais iria acreditar que fiz algo para te manter longe dos seus compromissos com a família.

— Você é mesmo um grande covarde Lipe, mas isso não vai te salvar pra sempre. Sabe disso, não é? – pulando em suas costas, perguntei realmente interessada na resposta, mas ela não veio. Ele parecia estar mais preocupado em sustentar o meu peso.

— Não fala assim do meu irmão, Rivera – Alisson foi quem disse algo, mas essa não seria uma defesa qualquer. Caso contrário, não seria feita por ela. Então esperei a sua conclusão – Ele não tem culpa de ter herdado todo o medo da família, assim como eu herdei a beleza. Já reparou o quanto sou mais bonita do que ele? – diante a sua questão, Nicole acabou por rir alto ao subir na moto que ocupava a vaga logo atrás do carro de Felipe.

— Me desculpem, mas eu preciso ir. Vejo você em casa Ayla – ela disse pondo o capacete, e uma pergunta logo gritou em minha mente. Aquela era uma duvida válida, acreditava fielmente nisso.

— Desde quando você possuí uma moto? – não conseguindo manter apenas para mim aquela questão, vi o seu sorriso crescer enquanto o ronco do motor daquela máquina ganhava todo o meu apresso. Mas nada ela disse, a minha resposta não veio e o espaço que antes era preenchido pela sua presença, em segundos se tornou vazio. Aquela deveria ser a deixa de todos nós – Lipe, me deixa dirigir?

— Claro, porque não? A sua mãe é a delegada mesmo – me devolvendo ao chão, ele surpreendeu ao me estender as chaves com um sorrido bobo  nos lábios.

— É sério? – temendo ser apenas mais uma de suas brincadeiras, perguntei realmente em dúvida, e diante o seu aceno positivo ao abri a porta do motorista pra mim, quem exibiu um sorrido bobo fui eu – Ah! Você é o melhor! – feito um criança que acabou de receber o presente dos sonhos, exclamei lhe cedendo um forte abraço para em seguida cair frente ao volante com o mesmo dando a volta para se pôr ao meu lado.

— Ele é maluco de confiar essa direção a você, isso sim – fazendo hora com a cara do irmão e não acreditando muito no meu talento frente ao volante, Alisson sorriu em negação ao entrar no carro já colocando o cinto de segurança, algo que raramente acontecia quando era qualquer outro no comando do veículo. Então fiz desse feito a minha aposta para ganhar frente ao seu dizer.

𝗠𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗜𝗿𝗺𝗮̃ 𝗠𝗮𝗶𝘀 𝗩𝗲𝗹𝗵𝗮 - 𝒻𝒾𝓁𝒽𝒶 𝒹𝒶 𝓂𝒾𝓃𝒽𝒶 𝓂𝒶̃𝑒Onde histórias criam vida. Descubra agora