Nicole Davis,
30 de março, segunda-feira.Sete horas da manhã, esse era o horário marcado pelo meu celular quando cai da cama com o mesmo tocando insistentemente ao anunciar uma chamada intrigante de Leon. E se não tivesse ficado preocupada com o que poderia estar acontecendo devido ao fato de ele apelar para uma chamada de voz, teria desejado o enterrar vivo. Principalmente por tentar ignorá-lo e falhar miseravelmente. Então só me restava respirar fundo para me livrar de toda a frustração que dominava o meu ser e, atender logo o celular para tirar da mente todas as possíveis paranóias existentes.
'– Fala inferno – o atendendo sem demonstrar bom humor, tentei manter a calma para não despertar Ayla do seu sono. Ela precisava descansar, não havia dormido muito bem na noite passada.
– Levou meio século para me atender, pra isso? Esperava ao menos um " bom dia" antes de começar com os insultos – não sendo capaz de abrir mão do drama, pude sentir a vibração de suas energias me contagiarem. Ele devia estar se divertindo, algo que me trazia algum alívio. Não precisava mais me preocupar com o seu atual bem estar.
– Leon, eu aprendi a te amar como um chato irmão mais velho. Mas se não me disser porque raios me acordou antes das nove horas em plena segunda-feira, saiba que seus pais não terão mais um filho – buscando paciência de onde duvidava ainda existir alguma, o idealizei bem a minha frente, me encarando nos olhos ao engolir em seco diante a ameaça feita. O tom sério que deixou minhas cordas vocais não parecia ser vindo de mim, mas as vezes era o que acontecia.
– Também não precisa apelar desse jeito, me faz temer ainda mais as suas mães – não havia entendido nada com essas palavras, mas devido toda a impaciência que me fazia respirar fundo mais vezes do que via a necessidade contar, ignorei a curiosidade que existia em mim e esperei que aquilo tivesse algum fundamento, e que me permitisse desligar o celular no próximo minuto útil.
– Leon?
– Tudo bem, você venceu essa. Parei com a enrolação –me sentindo vitoriosa logo no início da manhã, sorri para o nada ao me permitir recostar na cabeceira da cama que tanto me cedia conforto em dias pacíficos e de marés calmas. Ele devia ter se dado do que tudo significava para o próprio – Que tal uma visita às pistas de treino montada pela minha família?
– Não pode estar mesmo falando sério? – finalmente sendo capaz de sorrir pela primeira vez naquela chata e amarga manhã, comentei torcendo para que realmente fosse um convite sincero – Sabe que sempre quis visitar essa pista, desde que me falou dela para sermos ainda mais exatos. Não brinca comigo dessa forma, posso ser cardíaca.
– Calma garota, é só um espaço revestido de concreto reservado. Não precisa morrer por isso. – sua risada era o cúmulo.
– Cale-se, não sabe o que está dizendo. Não é apenas um espaço revestido de concreto, é mais do que isso –sabendo que havia causado um dos seus revirar de olhos, fiz uma breve pausa e busquei por mais ar em meus pulmões – Para nós que morreríamos satisfeitos sobre duas rodas em alta velocidade, uma pista de corrida da modalidade é um sonho de consumo. Não ouse achar menos.
– Já entendi desesperada, não precisa disso – gargalhando alto, me fez sorrir em negação ao ter o olhar intrigado de Ayla sobre mim. Ela ainda possuía resquícios de sono em seu semblante, mas não voltaria a dormir sem antes ficar sabendo tudo o que julgasse como interessante.
– Já marcou algum horário? – apreciando toda a sua análise sobre cada mudar de assunto meu, esperava ansiosa pela resposta de Leon, assim como me divertia com a criança se revirando sobre mim.
– Claro que não, precisava confirmar com vocês antes. Meu pai não costuma me ceder as chaves daquele lugar para momentos com os amigos, mas acho que vocês serem filhas da delegada Rivera talvez tenha mudado um pouco a opinião dele – claro, devia ser mesmo aquela a sua resposta. Minha mãe costumava fazer milagres acontecerem.
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𝗠𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗜𝗿𝗺𝗮̃ 𝗠𝗮𝗶𝘀 𝗩𝗲𝗹𝗵𝗮 - 𝒻𝒾𝓁𝒽𝒶 𝒹𝒶 𝓂𝒾𝓃𝒽𝒶 𝓂𝒶̃𝑒
Random🔞 𝐀𝐲𝐥𝐚 𝐯𝐢𝐯𝐢𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐪𝐮𝐢𝐥𝐚 𝐞 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐧𝐨𝐫𝐦𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞. 𝐌𝐚𝐬 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐚 𝐚 𝐬𝐨𝐟𝐫𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐢𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐫𝐚𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐯�...