Nicole Davis;
13 de janeiro, terça-feira.No momento em que atravessava a porta do meu quarto, Joana já subia as escadas com o semblante agradável de todas as vezes desde o dia em que cheguei aqui. De acordo com as horas, devia estar vindo nos chamar para o almoço.
— Srta Nicole, mesmo que não seja algo com o qual sua mãe esteja de acordo, deseja pular o café para poder almoçar, ou posso deixar os preparativos da segunda refeição para um pouco mais tarde? – não era uma situação que caía em minhas mãos com muita frequência, então não soube como lhe ceder uma resposta imediata. Mas Ayla sabia muito bem o que dizer, o sorriso em seus lábios ao abraçar a mulher por trás me dizia exatamente isso.
— Boa tarde Joana – a cumprimentando, rapidamente se pendurou em meu ombro. A mais velha sabia apenas sorrir para a Rivera mais nova.
— Então, almoço ou café? – tendo a certeza de que tudo havia sido ouvido até mesmo nos mínimos detalhes, questionei diante um olhar muito observador vindo da parte de Joana. Ela parecia ler cada um dos nossos atos, prestar atenção em cada olhar trocado. De alguma forma, isso me preocupou.
— São mais de meio dia, não vejo mais um espaço para o café da "manhã" – realmente não tinha, mas perguntar não causava ofensa. Queria saber a sua opinião sobre tudo.
— A refeição estará servida dentro de cinco minutos – tirando daquele dizer a resposta que esperava, Joana rapidamente nos deu as costas e voltou ao térreo na mesma velocidade em que me alcançou frente ao meu quarto. Seus passos eram rápidos, e sua atenção sempre redobrada. Não sabia dizer, mas talvez fosse bom ter um pouco mais de cuidado.
— A gente combinou o horário? – sempre com um sorriso presente em seus lábios, ela questionou de forma divertida. O brilho dos seus olhos me contagiavam, e apesar de tão parecidos com os de dona Alícia, naquela situação me lembravam sempre os de mamãe. A inocência diante o mundo era uma forte característica sua, e dona Melissa era a responsável por impregná-la dessa forma.
— Vai ver você não dormiu apenas para ficar me vigiando pela fechadura da porta – tendo os meus passos acompanhados pelos seus durante a curta caminhada até a mesa exposta ao centro da espaçosa cozinha, comentei de maneira simples, como quem não quer exatamente nada.
— Isso soa de maneira doentia, não seria capaz de nada assim – afirmando o seu ponto, buscou pela presença daquela que cuidava tão bem de toda a casa e ainda conseguia tempo para fazer as suas vontades na ausência cia de nossas mães, mas não a encontrou. Tudo havia sido deixado em uma organização de forma simples, porém muito bem feito, mas ela não estava mais presente.
— Não tenho como ter certeza, mas vamos encerrar o assunto para que possamos ter uma refeição mais tranquila do que foi aquele jantar de ontem – me permitindo vagar para alguns dos acontecimentos passados, a vi apenas sorrir envergonhada – Eu avisei para não beber tanto, e espero que ainda se lembre do momento em que tentei impedir o seu progresso frente ao whisky.
— Não me recordo de nada que vá me deixar em maus lençóis, mas me lembro muito bem do último assunto a surgir na mesa antes de sermos obrigadas a voltar pra casa – claro que se lembrava, me provocar era um talento seu.
— Não é culpa minha se você causou a nossa expulsão do restaurante – lembrei ao me servir de um copo de suco natural – Precisava mesmo beber tanto?
— Não me venha com essa, nada de mudar o assunto agora – lotando o seu prato de salada, avisou ao me fitar com intensidade. Talvez existisse alguma razão dentro de tudo aquilo, não tinha como negar algo irrefutável.
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𝗠𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗜𝗿𝗺𝗮̃ 𝗠𝗮𝗶𝘀 𝗩𝗲𝗹𝗵𝗮 - 𝒻𝒾𝓁𝒽𝒶 𝒹𝒶 𝓂𝒾𝓃𝒽𝒶 𝓂𝒶̃𝑒
Diversos🔞 𝐀𝐲𝐥𝐚 𝐯𝐢𝐯𝐢𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐭𝐫𝐚𝐧𝐪𝐮𝐢𝐥𝐚 𝐞 𝐜𝐨𝐦 𝐚 𝐧𝐨𝐫𝐦𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 𝐝𝐞 𝐬𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞. 𝐌𝐚𝐬 𝐭𝐮𝐝𝐨 𝐜𝐨𝐦𝐞𝐜̧𝐚 𝐚 𝐬𝐨𝐟𝐫𝐞𝐫 𝐮𝐦𝐚 𝐢𝐧𝐞𝐬𝐩𝐞𝐫𝐚𝐝𝐚 𝐫𝐞𝐯𝐢𝐫𝐚𝐯𝐨𝐥𝐭𝐚 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚 𝐟𝐢𝐥𝐡𝐚 𝐦𝐚𝐢𝐬 𝐯�...