Narrador;
– flashe – 24 de janeiro, sábado.Ao amanhecer daquela nova data presente ko calendário daquele ano, ninguém esperava por uma ocorrência como aquela. Todos se viam tranquilos, habituados a normalidade exposta por cada fim de semana já vivido em sua cidade. Ao fim, tudo se tornou uma surpresa nada agradável para cada cidadão que se considerava amigo.
Enquanto curtia o passar do mês sempre ao lado da família toda vez que se tornava possível, Deniel Batista não se apegava a mais nada. Se estivesse atento, teria se dado conta das inúmeras vezes em que o destino tentou lhe alertar. Ele estava sendo vigiado de perto, apenas não percebeu.
Faziam dias que aquele alguém não saía de sua cola, faziam horas que a observação era mantida naquele início de tarde. Se não tivesse ignorado a estranha sensação que se apossou do seu peito pela manhã, o promotor talvez tivesse tido mais chances.
Sempre por perto sem que pudesse ser visto, Régis Alone tinha em suas mãos, podia sentir isso a cada passo dado na direção daquele que por pouco não conseguiu a condenação máxima para o seu ser.
Desde o dia em que se viu saindo pela porta da frente do fórum como um homem livre, Régis não pensava em muita coisa, não possuía muitas idealizações sobre o que teria de fazer daquele momento adiante. Na verdade, ele sabia sim o que tomaria todo o seu tempo nos dias se seguissem dali para frente. Em silêncio e prometendo apenas para ele mesmo, o homem livre havia traçado todo o seu afazer para o decorrer das próximas semanas.
Com a mente focada e uma forte decisão guiando os seus passos, o homem que não conseguia enxergar erros em cada ação feita até ali, só conseguia pensar em um assunto. Vingança contra todos aqueles que queriam ver o seu fim, todos aqueles que desejavam a sua prisão e condenação máxima acima de tudo. Deniel Batista seria o primeiro, mas não o último. Todos que se opuseram a sua liberdade naquele júri estava condenado e não sabiam, poucos conseguiam associar as verdades por trás das investigações sobre o criminoso que haviam posto nas ruas, e apenas eles estavam à salvo.
Sentado na poltrona do escritório do promotor, Régis o aguardava sempre atento a cada mínimo novo detalhe que se fazia presente dentro da propriedade. O primeiro passo havia sido dado, reféns haviam sido feitos quando a porta foi aberta pela criança mais nova, que toda inocente pensou estar recebendo seu pai que havia saído para fazer as compras do almoço. Régis Alone sorria abertamente para a bela garotinha quando ergueu sua arma ao notar a aproximação da sra Batista. Para as mulheres, o terror havia sido lançado.
Deniel logo estava batendo a porta a espera de pequenos braços sobre o seu pescoço, mas nada aconteceu. Sua falta de atenção começava a custar caro, e aquele era apenas o início.
Quando seguiu até cozinha para deixar sobre a mesa tudo o que havia comprado, o promotor respirou fundo por ainda não ter visto nenhuma das mulheres que dominavam a sua vida. Começava a ficar curioso com o que aquilo podia significar, então as procurou no andar de cima da casa, mas nada foi encontrado, afinal, reunidas elas se viam sob o controle do também sequestrador. O medo as dominava a frente do cano da arma que corrigia cada movimento seu, estavam apavoradas com toda aquela ocorrência, temendo que suas vidas se esvaíssem por entre os seus dados.
— Quem é você? – para Régis, era difícil ter que lidar com o número de vezes em que aquela questão havia sido feita. Chegava a ser irritante o modo como a esposa do promotor se mantinha sempre insistente, e para o homem, o seu próprio silêncio lhe causava incômodo. Teria de dizer algo, havia sido essa a nova decisão durante o tempo de espera. No entanto, dando sentido à toda frustração que dominava o seu ser, finalmente a presença de Deniel pôde ser notada.
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𝗠𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗜𝗿𝗺𝗮̃ 𝗠𝗮𝗶𝘀 𝗩𝗲𝗹𝗵𝗮 - 𝒻𝒾𝓁𝒽𝒶 𝒹𝒶 𝓂𝒾𝓃𝒽𝒶 𝓂𝒶̃𝑒
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