𝗠𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗜𝗿𝗺𝗮̃ 𝗠𝗮𝗶𝘀 𝗩𝗲𝗹𝗵𝗮 - 𝒻𝒾𝓁𝒽𝒶 𝒹𝒶 𝓂𝒾𝓃𝒽𝒶 𝓂𝒶̃𝑒

『Isso é...』

Nicole Davis,
1 de abril, quarta-feira.

Finalmente o início de um novo mês, e dessa vez esperava que o seu decorrer fosse calma, sem pretensão para nos trazer grandes problemas. Havia me cansado de estar quase esperando pelo pior, agora só desejava pensar em atrair coisas boas para mais essa parte do ano.

A semana parecia correr bem, tudo parecia se manter dentro dos padrões desejados e sempre esperados. Mas ainda faltava algo, não havíamos deixado tudo claro como Ayla gostaria.

No início da semana, apesar de termos garantido presença para o jantar em família, nos perdemos do horário ao nos unirmos ao trio fantástico. Havíamos aproveitado o momento juntos dos amigo, e deixamos passar a necessidade de estar junto de nossas mães para um dizer tão importante. Porém, depois de da obrigação em adiar tudo por mais um dia devido a ausência delas por causa do trabalho, esperava mesmo que pudesse por todas as cartas sobre a mesa ainda hoje. Voltaria para o nosso apartamento até sexta-feira, e não seria agradável sair sem ao menos ter ouvido a opinião de quem nos trouxe ao mundo.

- Nic, como você parece ter se esquecido do mundo nas últimas meia hora, Leon me mandou mensagem perguntando se o combinado de vocês para o domingo ainda esta de pé. Parece que ele quer ter certeza para não se perder da data - invadindo o meu espaço como se não devesse pedir permissão para entrar, ela disse se jogando sobre a cama sem tirar os olhos de mim. A cadeira frente a mesa de estudos no meu antigo quarto me parecia um ótimo lugar para deixar os pensamentos correrem para outro mundo.

- Estava pensando em algo que ainda me intriga, não senti o celular vibrar - o tirando do bolso, notei existir mesmo algumas mensagem do proclamado. Não demorei para o responder e novamente devolver o aparelho para o bolso. Então observei a figura presente em minha frente.

- Aconteceu alguma coisa? - a questão me parecia curiosa, mas o que podia ter acontecido? Não via sentido algum em muitas situações oferecidas pelo mundo, mas algo dentro de mim me alertava para um ponto específico, conseguia sentir.

- Não é nada, como disse, estou apenas pensando - exibindo um sincero sorriso, a observei antes de também finalizar algo em seu celular para em seguia o deixar jogado ao seu lado. Aquilo me incomodou. Não o fato de pouco caso ter sido feito por ela, mas sim o meu interesse repentino em seu aparelho. Seria insegurança?

- Podíamos aproveitar as horas que ainda faltam para a chegada das nossas mães para o jantar, não acha? - percebendo a exagerada malícia em seu tom, neguei o seu dizer cruzando os braços sem deixar de a analisar com um satisfeito meio sorriso no canto dos lábios.

- Duvido que dona Alícia aprovaria esse seu lado atrevido e insaciável, enquanto mamãe se perguntaria inúmeras vezes onde acabou errando com você - a tornando na vilã da história, foi a vez dela de sorrir divertida.

- E quem leva a culpa por ter me corrompido? - buscando virar o jogo, se pondo de pé, lentamente ela se livrou de cada peça de roupa que cobria o seu corpo, ficando apenas de lingerie em minha frente. Aquilo era uma tentação.

- Está jogando sujo, não devia fazer isso com essa pobre alma - a vendo caminhar a passos vagarosos até finalmente se deixar cair sobre o meu colo, senti minha respiração falhar diante o desejo que já se acendia dentro do meu ser - É sério Ayla, não devíamos nos arriscar dessa forma. Sabe que detesto parar pela metade, e sou incapaz de prosseguir se alguém bater a porta. Depois não poderá me culpar.

- Seria uma tremenda falta de sorte se justo hoje elas chegassem bem antes do programado por seus horários - insistindo no progresso, sussurrou em meu ouvido conseguindo convencer cada célula do meu corpo daquilo que era o seu mais intenso e profundo desejo - Não seja rude, se deixe levar pelo momento, aproveite que podemos estar de saída.