Corte Segredos Das Sombras - GWYNRIEL

☆ 05 ☆

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GWYNETH

Burra, burra, burra, poderia se socar agora mesmo, ela sabia que o Encantador de Sombras se mantinha longe de contato, era algo dele, mas não se conteve, devia ter se afastado e se mantido longe quando ele recuou com um passo seu em sua direção, burra, mas ele parecia uma miragem surgindo do meio da escuridão, lindo, ele era lindo, cada ângulo do seu rosto era perfeito, aqueles olhos então, como o cabelo recaia em sua testa.

Foi assustador a princípio, assumia que quase tinha corrido como ela e Nestha fizeram na biblioteca, foi quase a mesma sensação, pela Mãe, se não fosse aquele cheiro dele que ela identificava sempre, e por toda a parte nessa casa. Teria sim corrido e talvez gritado como uma menininha, alto e fino e seria vergonhoso.

Estava sorrindo recostada na porta com o coração na boca, o que tinha sido aquilo? Ele cheirar seu cabelo fez o corpo dela ficar disfuncional, ela mentiria se não sentirá cada fibra do corpo um pouco de mais, a culpa disso era total de Nestha e Emerie as duas falavam e falavam do quanto Azriel era uma tentação, como suas amigas falavam, pela Mãe, e os livros que liam, sempre que aparecia um mocinho alto, cabelo negro e passado trágico, e olhos avelã, elas gritavam este me lembra ao Az... Ele a tinha concedido o direito de lhe chamar por Az.

Nestha sempre apontava o corpo perfeito e definido, quando ele lutava era difícil não babar, ou pelo menos nós três fazíamos, eu as vezes perdia as palavras, e Ness amava provocar, Cassian também era uma visão, nós ficávamos confusas as vezes, quando as camisas se colavam em seus corpos, as vezes engasgávamos, as vezes só as vezes precisávamos iniciar a contagem dos exercícios, era uma merda sentir seu corpo quente, mas seus instrutores eram tentações, era isso, ela precisava realmente de um banho gelado, só podia estar no cio.

Emerie era a pior, pior que Ness, aquela fêmea precisava ser levada a um templo e passar por uma limpeza minuciosa, livrando aquele corpo dos hormônios dela... A fêmea não perdoava macho ou fêmea, era perversa e muito muito safada, Ness disse que Morigan era linda e foi como jogar fogo no fogo, as chamas crepitaram, quando Ness falou que Merill era lindíssima Eme não sossegou até ver com seus próprios olhos.

Quando se tratava dos instrutores e até o grã-senhor as três tinham que manter suas caras no lugar, mas não tinha como não ver o olhar que uma lançava a outra, a princípio elas foram sutis pelo fato de meu passado, uma vez que contei, elas meio que já suspeitassem, e dessa vez foi montanha a baixo, os livros foram ficando cada vez mais picantes, as conversas mais abertas, e agora tinha vergonha quando a chamavam de sacerdotisa, essa parte de ter sido estuprada, era algo que tinha colocado em um lugar em sua mente, não era isso que a perturbava, não era, se sua irmã estivesse ali com ela, aquele fato isolado teria sido superado a tempos, mas ai estava, sua amada gêmea tinha sido arrancada dela. Não, ela não ia pensar nisso agora, como tinha ido ali? Em um estante pensava em bobagens acerca dos homens mais bonitos de toda a corte noturna e agora estava diante da porta do mausoléu onde jazia a dor da morte de sua metade.

Catrin não ia permitir que ela se machucar dessa forma, Catrin já teria feito ela se ver, mas era ainda difícil suportar ver, era difícil abandonar o pensamento que tudo seria melhor se a irmã morta fosse ela, mas não tinha sido, fora sua irmã que foi morta, foi sua irmã quem pagou com a vida pelas vidas daquelas crianças que ela escondeu. A heroína daquela história não tinha saído com vida, e não tinha sido justo.

Lagrimas e mais lagrimas, era sempre aos prantos que vinham as lembranças e a falta, agora com as duas irmãs tinha ficado mais fácil, Emerie sem perceber carregava um traço de Catrin não tinha como não associar assim como Nestha era como se a Mãe se compadecesse dela e mandasse as duas para ela, para mostrar que ela tinha perdido e tinha ganhado, que fazia parte da vida e Catrin estaria mais que feliz de ver a irmã feliz. Abandonou o luto, e deitou na cama, com a roupa mesmo que veio da sacada, ela precisava aprender a viver, e depois não se culpar por ter vivido.