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GWYNETH

Contei os passos até aquele escritório, meus pés não tocavam o chão, talvez o chão não existisse, a única coisa que não me impedia de desmoronar era Azriel, ele tinha colocado sua mão na base da minha coluna, e com sua outra segurava minha mão eu estava com as palmas suadas, frias e pegajosas, deixei o medo de que Helion poderia me magoar, de dizer que não me reconhecia como sua filha, Azriel rosnou alto a fúria que sentia.

Rhysand o olhou tempo de mais, era minha culpa, eu estava o sobrecarregando com essa tensão. - "Deixe cair seu escudo Rhys quer falar" - Alto e claro em minha mente a voz de meu parceiro reverberou. Imaginei a parede de luz ficar mais fraca, até virar brumas, e ela se desfez, Rhysand estava ali parado olhando para ela.

" Gwyn, Az está a ponto de matar, pode conseguir controlar seu medo? Seu parceiro está ficando instável, eu sei que é um momento difícil, mas o resultado não importa você é nossa, ele a reconhecendo, ele lhe dando as costas, eu sei que isso é importante, mas estamos aqui. Calma minha valente valkiria."

" Estou tentando, mas é algo maior que eu, é como se algo estivesse prestes a romper, eu sinto o poder dele, como um correnteza em meu sangue, algo estranho e tão familiar."

" Entendo, posso sentir algo, tem cheiro de magia, agora que falou posso conseguir distinguir. Helion está trançado nele. "

Lucien foi o último a entrar na sala, Helion andou por ela, não sentou como Rhysand o indicou o sofá, olhando para o quadro da família de meus Grã-senhores, parado de costas, eu encarava suas costas fortes, meu pai era um guerreiro lindo e forte, um grã-senhor.

- Quem é sua mãe, Gwyneth? - Foi direto, suas mãos fechadas em punhos, Az ficou em minhas costas sua mão em minha cintura me deixei apoiar em seu peito.

- Sirena Bendara.

- Hummm, Azriel querido quero que se afaste dela... Vou tocar na criança, e não estou disposto a ser interrompido. - Az mostra os dentes, sua mão parece indecisa e então o calor de seu corpo se distancia, meu pilar de sustentação agora se movia para o lado de Rhysand, mas Lucien estava logo ao alcance de minha mão.

- Ela minha parceira! A machuque e não responderei por mim.

- Não vou ! Nunca machucaria sangue do meu sangue. - Segurei a vontade de o abraçar, a vontade da criança se tornou a da adulta, quantas vezes sonhamos eu e Catrin que nosso pai vinha nos buscar em Sangravah que ele era um grã-senhor e que viveríamos em um palácio, quantas vezes o desejei quando Catrin se tornava difícil, como queria mesmo que ele fosse apenas um pescador, sem posses eu o queria, ele estava em minha frente e sua voz me fez o olhar. - Posso, filha?

- Sim... - Foi o maximo que minha garganta conseguiu produzir de som fechei meus olhos Helion parou diante de mim, mesmo de olhos fechados sentia via toda a sua figura, o primeiro toque foi em minha face, seus dedos passaram por meus ossos, meu nariz. - O que perdi? O que roubaram de mim? - As lágrimas foram traiçoeiras, queria gritar com ele que eu tinha irmãos, que não era a única, seu dedo secou a lágrima. - Eu sinto um vazio aqui, como se você não fosse a única, filha o que é?

- Tenho... - Engoli a palavra irmão o segredo não era meu, Lucien não queria começar uma guerra, nem eu pretendia isso, Rhysand implorou em minha mente. - Eu era gêmea.

- Era? Não, não, não. - Eu senti a dor de meu pai me atingir, cada mover de sua cabeça em negação, a magia queimou pela sala um rosando ecoou pelo local estremecendo paredes e móveis, derrubando livros, Rhys colocou a mão no ombro do amigo. - Como? - O poder da Diurna irradiou, forte, Rhysand continha, suor escorria de sua têmpora.

Corte Segredos Das Sombras - GWYNRIELOnde histórias criam vida. Descubra agora