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GWYNETH

Minha cabeça latejava, meus olhos inchados, os abri com certa dificuldade, rolei na cama e olhei o teto do quarto, a luz fraca da manhã infiltrando pelo vidro, devia ter fechado as cortinas eu não tinha notado nenhum detalhe da casa, ontem tudo era um borrão, este quarto em si era decorado com mobília antiquada, madeira e tecidos grosso, as janelas eram bonitas, duas folhas, o papel de parede em azul e dourado, lembrava a noite estrelada, o pequeno jardim ali para enfeitar, jardim... jardim me lembrou Elain, meu pensamento pulou para Azriel. Aquela dor na cabeça e no coração.

A porta depois da cama era um banheiro, devia ser me levantei da cama, fiz minhas necessidades, tomei um banho e chorei... Chorei até que não tinha mais lágrimas, doeu, ainda doía.

Vesti minhas roupas, e desci, os três estavam sentados na mesa tomando seu café da manhã, uma xicara me esperava e uma cadeira vazia, a sala grande com arcos de madeira, a mesa que comportava dez pessoas ou mais, o cheiro de cera e o piso brilhoso de madeira, mais papeis de parede no tom azul escuro, luzes ambares em lustres médios, era aconchegante, ao fundo um aparador em madeira em tom de amêndoa grande o suficiente para atender um banquete, um espelho com a mais bela moldura prata. Um vaso de flores de cristal sobre ele e muitas bandejas com alguns itens, bolos, pãezinhos, ovos mexidos, bacon, queijo, frutas.

- Cara inchada, olhos vermelhos, Lulu ainda está firme na ideia de não matar o Mestre Espião? - Sentado na cadeira de cabeceira como um rei, queixo elevado sinal de sua arrogância, que raiva dele, aquele olhar que me dizia eu sabia, eu te avisei, viu, semicerrei meu olhar e ele fez o mesmo, um sorriso torto, e Lucien esclarece sua garganta me liberando do confronto entre nossos olhares.

- Não começa Jurian. - Lucien diz cortando um bocado de presunto e levando a boca com o garfo virado, meu irmão era pura elegância, lindo e perfeito, até os babados de sua camisa o deixavam quente, como a Elain não via, ela via! E meu peito afundou mais um pouco, mas via outra coisa ainda mais bela, que media 1,97 de altura, tinha asas enormes, pernas fortes, bunda dura, costas largas, barriga trabalhada, postura de mortal, olhar letal, e atendia por Encantador de Sombras, Azriel, para os íntimos Az, para mim DOR.

- Vem Gwyneth sente aqui do meu lado... Eu ia lhe chamar, então ouvi o chuveiro e desci, esperamos que descesse!

- Obrigada Vossa majestade.

- Só Vassa, eu não sou rainha de nada.

- Então não me chame Gwyneth, só Gwyn se preferir.

- Gwynzinha, Deusa como está? - Vassa sorriu doce com os lábios e comeu uma fatia de sua pera. A voz de Jurian tinha um mel, do tipo que te faz ouvir, mas tem fel muito dele, doce e amargo, o olho.

- Bem Jurian.

- Parece que minhas sementes vingaram. - Ele parece satisfeito por sua planta, por me ver como estou, quem se diverte com o sofrer dos outros? Quem passou séculos preso em um anel... Me lembrarei disso a partir de agora todas as vezes que ele for ríspido comigo.

- Você é sempre assim? - Provoco, me levantando para ir ao aparador me servir, estava com fome, e isso me fez lembrar do outro motivo de estar tão nervosa, essa sementinha que Feyre tinha plantado, ela me deixava tensa, e sem perceber minha mão foi para sobre meu ventre, não eu não, não. Só tomara que não. Estava de costas para eles, isso impediu deles verem meus movimentos.

- Inteligente e direto? - Jurian com seu ego nas alturas me tira do devaneio.

- Prepotente e mimado! - Corto, me viro para ver meu irmão sorrindo.

Corte Segredos Das Sombras - GWYNRIELOnde histórias criam vida. Descubra agora