☆ 16 ☆

1.6K 149 55
                                    

...

Pela manhã fui desperta por um raio de sol quente em meu rosto, onde esse calor estava ontem a noite para livra-la do que aconteceu, vergonha queimou deixando as bochechas ardendo, como ia olhar para ele sem ficar da cor de um tomate, ou babar nele, o problema foi resolvido quando ele falou.

— Quando você dorme, o mundo pode cair que você não acorda! — Ele sorri olha para as copas das árvores está com uma faca na mão ele mexe nela até o reflexo  atingir meus olhos, foi ele quem refletiu a luz em meu rosto   que romântico, eu bufo a ironia. — Eu tentei te acordar umas duas vezes, mas não consegui.

— Então teve a brilhante ideia de jogar luz na minha cara?

— Ou era isso ou água! — Mordeu a carne seca e embainhou a lâmina na bota. — Quer comer Sacerdotisa? — Ondas de calor vieram, como uma simples palavra que me foi usada a vida toda se virava contra mim de tal forma? E não tinha sido eu quem sentia vergonha de ser chamada assim.

— Claro, Encantador de Sombras, assim que fizer minhas necessidades, e me lavar. — Queria que se engasgasse com a carne, mas ver seus olhos crescerem me pareceu suficiente.

Ele me irritou, e uma Gwyneth irritada é algo perigoso, sou muito competitiva e ele muito mandão, e sempre me deixa por baixo, lembrei da queda do céu, agora ele ia ver com quem mexia, comecei a tirar minhas botas, e desafivelar as cintas das armas, ele ficou de pé como se tivesse sido desafiado, as asas altas as costas marcadas, a respiração tensa, talvez meu olhar tenha dito onde eu estava indo, e nada me pararia.

— O que está fazendo?

— Você monta guarda e eu me refresco, não é assim?

— Merda Fêmea, mil vezes merda, vai me por louco.

E assim tirei a minha roupa ficando só com minhas roupas intimas, ele olhou para a linha do horizonte vi sua garganta trabalhar, enquanto eu entrava na água até a cintura, e mergulhava sumindo na água, quando emergir ele estava puxando os cabelos, mostrando os dentes e a sua calça estava evidentemente mais apertada na linha da pélvis, o tecido da minha roupa ficou translúcido, algodão branco faz isso e eu era ciente que isso ia acontecer.

— Deve ser péssimo sempre ser vigilante. — Deixo meu corpo boiar e vejo ele morder a boca, seus olhos fixos no que via, e via muito. — Sabe o que dizem das Ninfas? — Ele caminha até a linha da água e eu nado lentamente de frente, até ele.

— O que dizem? — Falou quando ficou agachado se eu subisse ou desse um pequeno impulso a mais nas pedras poderia beijar sua boca, ele era ciente da proximidade, a água cobria da cintura para baixo, o resto estava fora. Mantive meus braços a frente para oculta meus seios.

— Temos persuasão correndo por nossas veias, e sedução... Dizem que algumas cantam para atrair os desavisados, que mergulham nas águas em busca de uma bela fêmea e se afogam por que esquecem que não foram feitos para respirar água. Sua sorte é que eu sou só um quarto de ninfa. — Azriel estende sua mãos até tocar meu queixo o dedão acaricia minha bochecha eu deixo, corre o dedo por meus lábios,  eu beijo seu dedo, e ele retira a mão leva o dedo a boca dele provando, olhos nos olhos.

— E provoca todo esse estrago em mim. — Ele se afasta voando até um galho de olmo grosso e lá fica como um falcão de olho em um peixe na água, qualquer movimento em falso e eu seria pega.

Mais algum tempo dentro da água até me esfriar também, isso de provocar era uma faca de dois gumes, e como eu senti falta disso, de água corrente, de natureza, a parte ninfa estava totalmente satisfeita, mergulhei muitas vezes até o fundo.

Azriel tinha olhado tão intenso para ela e uma fração de segundos para o colar em seu pescoço  que deixou o olhar dele triste e isso passou tão rápido que se não estivesse atenta a ele não teria visto, o colar era como um repelente,  não tinha sido ele quem o dera... Por uma momento ficou triste. Então quem o dera?

Corte Segredos Das Sombras - GWYNRIELOnde histórias criam vida. Descubra agora