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Descemos por escadas e corredores largos iluminados com luzes feéricas, o ar foi ficando frio, eu senti na pele, Rhys lia algo me deixando no silêncio, arrumou umas três vezes a gola da camisa, me olhava e sorria, sempre me apontando onde virar, um grito de dor cortou o silencio e Rhysand nem reagiu, como se aquilo fosse normal, ele me olhou e sua sobrancelha se elevou em tom de ironia, os guarda abaixavam a cabeça durante nossa passagem, dois deles me olharam como se visse algo diferente, Rhys os encarou um rosnado baixo os fez quase se mijarem o medo ficou no ar.

O guarda abriu a porta os gemidos altos e gritos ficaram mais altos eles provinham desta sala, Rhys me convidou a entrar com sua mão elegante e entrei, o choque me fez parar, Azriel estava rompendo um osso da asa do feérico que gritava sua dor, aquele grito apertou meu peito, e meu parceiro parecia obscuro, seus olhos dourados íris pequenas, suas mãos trabalhavam graciosas, ele olhou o macho, e um passo para o lado do outro que estava ajoelhado fez o macho se jogar para trás na tentativa de escapar, as sombras estavam soltas pela a sala tornando uma bruma negra assustadora, e ele acima de tudo era a personificação da morte.

- Piedade Mestre espião, eu não sei de mais nada, eu não sei. - Azriel segue seu trabalho arrancado gritos a ponto de não ter mais grito.

- O quanto mais ele falou? - Azriel olha para Rhys era como estranhos como se o macho ao meu lado fosse apenas o Grã senhor.

- Nada que não soubéssemos, só o fato que sabem que estamos espionando, que estão montando um portal, e que estão observando três fêmeas que ele me diz que não sabe para o que as querem.

Caminho próximo a parede meu coração disparado, Azriel ignorava a minha presença, o macho me viu seu rosto rasgado, um olho fora da orbita, ele me encara com seu olho bom e sua boca abre e fecha, eu senti um reconhecimento. Cobri a boca com a mão, a ânsia minha garganta apertando o estômago contraindo.

- Pela mãe ela está aqui, vejo coisas agora, me leve, me alivie. -Rhysand se põe em minha frente.

- Sabe quem ela é? Eu vi seus pensamentos, ela é uma das fêmeas? - Rhysand solta seu poder o macho se contorce seu olho revira, sua perna se estica, seu corpo todo se contorce, baba rosa escorre de sua boca, a onda de poder a minha frente. Rhysand cravava suas garras na mente do macho. Sem esforço aparente.

Azriel limpa a lâmina em um tecido de linho banco passa um tipo de liquido claro nela, vermelho do sangue escorre, suas mãos estão cobertas de sangue, as sombras vem pra mim o macho na mesa me olha fixo, e respira fundo, uma suplica por ajuda. Minha mente grita para o ajudar, eu me lembro dele ser soldado de Hybern, me lembro que é o inimigo, e que ele pode não merecer esse fim, mas de certa forma merece, o conflito em mim é gingante, me aproximo as sombras de Azriel me rodeiam, eu sou a única coisa de branco nessa sala.

-Diga? Conte por favor. - Os quatro machos me olharam eu só busquei o olhar do ser que sofria nas mãos de Azriel, o mesmo pega uma lâmina curva, já tinha visto algo assim usado para fazer a remoção de pele de animais, Azriel limpa o sangue da bochecha próximo ao olho fora da orbita do macho, deuses ele ia começar a esfolar o macho.

- Eu sei quem é você sacerdotisa. O general devia ter levado você como encontrou. - Me aproximo dele sua mão tenta me alcançar. - Koschei não gostou nada em saber que a ninfa tinha sido deflorada, era para a levar intocada, as duas, mas o general não tinha entendido a ordem, ele caçava crianças não fêmeas adultas, ele queria as duas. - Era como se tivesse colocado algo em sua língua e suas palavras fluíam. - Mate-me eu contei o que sei, devia estar com ele.

- Koschei a quer? - A voz de Azriel era fria e controlada, obscura, o macho na mesa se estremeceu sob o som.

- Ela era um sacrifício, uma oferenda, as duas, então só faltaria uma das feitas pelo caldeirão, a senhora da morte, ele a quer, mas quer muito mais a mestiça que leva em seu sangue, fogo, água e luz... Um presente, você é o presente... Linda como ele disse, mais linda que a própria deusa. Mate-me eu imploro...

Corte Segredos Das Sombras - GWYNRIELOnde histórias criam vida. Descubra agora