Meu relacionamento com minha mãe nunca foi um mar de rosas, era até bom, mas depois que fiz quatorze anos, tudo passou a ser BEM difícil entre nós duas. Minha mãe queria que eu fosse uma cópia perfeita da mulher que ela é, enquanto eu só queria cometer erros, conhecer pessoas novas, criar memórias, ter minhas próprias decisões... só queria ser livre como um pássaro, mas ela não aceitava isso e tentou me prender numa gaiola. Isso me afetou muito emocionalmente, nós tivemos muitas brigas, melhorou um pouco quando voltei da faculdade, mas depois de um tempo aconteceu tudo de novo, mas as brigas ficaram cada vez mais frequentes e na pior delas, minha mãe me deu um tapa e me mandou ir embora de casa.
Depois disso, tudo mudou e eu me tornei outra pessoa, uma garota mais fechada, que não confiava em ninguém, mas sabia que tinha com quem contar, meu pai e meus melhores amigos sempre estariam ali comigo.Alguns meses após sair de casa e ir morar com Dominic, eu decidi me juntar a ele e mais outros amigos, e assim fomos embora de nossa casa, Londres, para viver em Nova York e tentar ter mais oportunidades para realizar nossos sonhos. Tudo deu completamente certo e com isso, eu passei quase três anos sem ver minha mãe, até ir a Londres pela primeira vez depois de anos, para me despedir de meu avô materno. Achei que poderíamos tentar nos acertar novamente, mas infelizmente tivemos outra briga e passei mais um bom tempo sem ver minha mãe, sem querer ouvir meu pai ou qualquer outra pessoas falar dela, sem nem sequer pensar nela.
Nos últimos dois meses, eu comecei a sentir falta de ter uma mãe, aquela mãe com eu conversava tranquilamente, a que me consolava quando estava mal por algo ou alguém, a mãe que cuidava de mim e se importava comigo. Essa falta era algo que não esperei sentir assim tão forte e junto dela havia uma sensação muito estranha, ruim que vinha me intrigando muito.Ver minha mãe ali naquela praia, me assustou um pouco, achei que estivesse delirando ou algo assim, até que meu pai com uma simples frase me fez ver que aquilo de fato estava acontecendo.
Papai: É, é a sua mãe...
Kyra: Deus, achei que estava vendo coisa. - digo um pouco assustada e então Gwil me abraça. - O que ela faz aqui?
Papai: Eu não sei o que ela faz aqui, nem sabia que ela estava nos Estados Unidos. - parece confuso.
Kyra: Tio Dani..?
Tio Dani: Também não sei de nada, nem adianta me olhar assim, não sei mesmo! - Okay, eu acredito realmente.
Minha mãe olha para onde nós estávamos e então vem se aproximando.
Mãe: John, Daniel... nossa, por essa eu não esperava mesmo! - diz parecendo está tão surpresa quanto nós.
Tio Dani: Olá Sarah! O que faz em New Jersey? - pergunta.
Mãe: Vim a trabalho na sexta, resolvi ficar por conta do feriado e também pra tentar fechar contrato com um artista que seu irmão desistiu. - responde a meu tio.
Kyra: Você desistindo de um artista, papai? - falo olhando para meu pai.
Mãe: É, o seu pai desistiu fácil de um artista pela primeira vez na vida dele. - eu genuinamente soltei um risinho.
Papai: Eu não desisti de ninguém, o empresário do garoto que era um mala. - todos rimos.
Mãe: Enfim, vou tentar resolver isso na terça. - ela encerra o assunto e então olha diretamente para mim. - Você parece bem, Kyra.
Abraço a cintura de Gwilym com um dos braços, me sentia insegura e um pouco nervosa, não sabia bem o porquê.
Kyra: Estou bem sim, muito bem. - respondo timidamente.
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𝑭𝒓𝒐𝒎 𝒀𝒐𝒖𝒓 𝑬𝒚𝒆𝒔 𝑻𝒐 𝒀𝒐𝒖𝒓 𝑺𝒐𝒖𝒍
Fanfiction"Eu não sabia que precisava encontrar seus olhos, seu rosto, seu sorriso e a sua alma, para saber que eu já os conhecia. Eu já conhecia cada detalhe seu, só não lembrava como ou de onde, até nos beijarmos e tudo o que já vivemos em outros lugares, e...