Fiéis Amantes - [M]

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Vou explodir a casa de vocês que falaram mal do meu R7!

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Carmem;

Pedaço: Tu podia ser menos mal agradecida, né. - Assobiou e eu joguei minha bolsa na cama, morrendo de raiva da cara dele.

Carmem: Qual a porra do teu problema? - Gritei e ele parou me olhando, franzindo a testa. - Você, ameaçou uma mulher! Não fode caralho!

Sério, ele tá agindo como se isso não fosse nada pra mim e como se fosse normal.. eu não tô acreditando nisso, porra. Ele ainda acha que eu tô dando um show e surtando por pouca merda, mas ele ameaçou uma mulher quase que na minha frente.

Pedaço: Não foi assim, pô. Eu precisava fazer aquele parada pra poder achar o Brown e aquele cara, não queria me ajudar. - A voz calma dele entrou pelo meu ouvido e saiu pelo o outro. - O que eu falei pra ele, foi que se te acontecesse alguma coisinha.. a porra do meu problema não ia ser só com ele.

Carmem: Foda-se! Você tá se escutando?! - Bati minha mão fechada na cama. - Ele é da porra do PCC, ele é nosso inimigo caralho! Não tem a obrigação de ajudar a gente, você nem tinha que ter pedido ajuda pra ele, porra.

Bati meu pé no chão, ouvindo o barulho do salto batendo ali. O que mais me preocupa nisso, é que o R7 não é nosso amigo e nem colega, ele é a porra de um inimigo que até hoje a tarde não tinha problemas com a gente. Eu não o que passou na cabeça do Pedaço, em pedir ajuda logo pra ele. Se a facção descobre isso, o Pedaço pode ser acusado de traição e morrer.

Carmem: Se a facção descobre isso e vê de um jeito errado, você - Apontei para ele com raiva. - Vai ser morto! Por traição ao comando.

Pedaço: Estrelinha, eu sei o que eu faço. - Começou a se aproximar em passos calmos e me olhando. - Desculpa, beleza? Não pensei bem mas deu tudo certo.. pô, não queria te deixar assustada assim.

Agachou na minha frente e segurou meu pulso esquerdo, puxando meu braço para cima e suspirando pesado.

Carmem: Não era pra tu ser minha preocupação agora, que merda. - Reclamei e ele me olhou levantando a cabeça, sorrindo divertido.

Pedaço: Tá vendo, como tu deixa minha cabeça. Fico doido contigo fazendo as coisas sem me falar, vendo tu se machucar. - O sorriso sumiu e ele bufou, olhando para minha mão fechada. - Deixa eu ver, abre..

Carmem: É uma mania e é difícil esquecer dela, parar.. - Abri minha mão e ele observou, soltando meu braço em seguida. - Eu tô tentando.

Ele se levantou e me deu as costas, foi até o guarda roupas que por acaso está todo bagunçado e abriu. Mexeu em algo e virou com uma sacola na mão, estranhei por não ter visto antes e prestei mais atenção.

Pedaço: Tu tá evoluindo, relaxa. - Parou de novo na minha frente e tirou da sacola uma caixa considerável pequena. - Comprei um bagulho pra tu, mas do jeito que é monga não vou né. Queria ter visto você usando ainda hoje mas tá tranquilo.

Sorri com o gesto dele, curiosa pelo o que tava na caixa. Ele abriu e puxou um colar de prata mas não consegui reparar muito, o colar sumiu na mão enorme dele. Pedaço jogou a caixinha em cima da cama e aí segurou o colar com as duas mãos, me mostrando. Mordi meu lábio animada com o que vi, porra, ele é tudo!

Tem cinco pingentes de estrelas, na parte da frente do colar, intercalando entre elas, uma menor e uma maior. De forma com que a do meio seja uma das maiores.

Carmem: Eu quero ficar brava contigo. - Bufei revirando os olhos e erguendo meu cabelo, pra ele colocar o colar. - Quero ver como fica.

Se inclinando para frente, ele passou os braços e o colar por trás do meu pescoço e fechou pela frente, depois segurou a corrente e girou o colar ajeitando da maneira certa. Sorriu e me olhou ainda de pertinho, segurando no pingente de estrela do meio.

Pedaço: Agora sim, Estrelinha. - Estalou a língua e me beijou o canto da minha boca. - Tu bravinha, com toda essa pose de bolada, me atrai pra caralho. Sabia? Me amarro em você por isso.

Carmem: Mentira, é por causa dos meus peitos. - Implicou com ele vendo o sorriso safado surgir no rosto dele.

Pedaço: Porra, eles me motivam pra caralho no dia a dia. Me motivam a viver, porque se eu morrer vou ficar sem eles. - Gargalhei batendo no braço dele. - Eu ainda não te amarrei..

Carmem: Sabia que eu vou fazer uma mamoplastia, né? - Senti meu rosto corando de vergonha, esse homem não tem limites. - O quão sadomasoquista você é? Tipo, tu tem limites?

Pedaço: Que porra é essa? - Perguntou e me empurrou de leve, fazendo eu deitar na cama e ele vir por cima de mim, segurando meus braços a cima da cabeça. - Eu não, pô, mas tu deve ter um. Então eu não ultrapasso ele, entendeu? Não tenho limites mas vou só até onde tu me permitir ir.

Vi a pergunta brilhar nos olhos deles mas ele não disse, apenas ficou me olhando e esperando eu mesma dizer, sem pressão.

Carmem: Vou fazer redutora, diminuir meus peitos. - Expliquei e quis rir com a cara que ele fez, quando eu disse aquilo. - Devo ter um? Bom, eu gosto da ideia de estar presa e submissa a você, tipo.. tu vai poder fazer o que quiser e eu não vou poder fazer nada.

Falei tudo com muita vergonha, acho que ele demorou um pouco para processar todas as informações.

Pedaço: Não, tu precisa dormir e deixar eles quietinhos. - Balançou a cabeça e me encarou um tempo, meu rosto chegou a ficar vermelho de vergonha. - Então tu quer ser a minha puta, né.. curti isso aí, tu gostar de ser o centro das atenções e eu gosto de te dar atenção, Estrelinha.

Quis rir com uma puta de uma vergonha do caralho, socorro! Mas me lembrei de uma coisa que ele disse e que me deixou curiosa.

Carmem: Sou uma estrela, meu papel é brilhar.. escuta. - Suspirei encarando o rosto dele e depois os olhos. - Já faz mais de um mês ou dois, e eu ainda não conheci seu inferno pessoal.. passou da hora.

Ele riu, uma risada curta e grossa, me olhou de volta e levantou puxando meu braço. Fiz careta levantando rápido pelo puxão que ele me deu.

Pedaço: Posso te vendar? Te amarrar também.. - Olhei em volta da gente, curiosa. - É uma surpresa, tu odeia surpresas mas essa.. eu vou te surpreender, Estrelinha.

Me vendar e me amarrar.. sem ao menos me dizer para que. Porra, tentador pra caralho..

Carmem: Não tão forte. - Avisei esticando meus braços até ele e sorrindo. - Mas eu tenho uma dúvida, o que tu pretende fazer comigo assim?

Um sorriso no canto dos lábios e a luxúria brincando no olhar dele, me deixaram claro que talvez eu fosse me arrepender depois. Nem que seja pouco..

Pedaço: Vou te levar pro meu inferno pessoal, minha Estrelinha. - Aproximou o rosto do meu, senti a respiração dele bater contra a minha. - Relaxa, vou pegar leve contigo..