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Vidas, vocês preferem um livro grande (+100/150 capítulos), ou duas temporadas?

×120 comentários.
Carmem;

Olhei a minha volta, sentada no sofá pequeno respirei fundo com um nervoso enorme. Abracei meus joelhos e encostei o queixo em cima, atenta aos movimentos e olhares dos três homens. O Brown, tá diferente.. ele tá distante e com o olhar frio mas com algo ali que eu nunca vi, nunca mesmo e isso me assusta. Muito..

O tio dele se levantou do outro sofá e foi até o armário, mexeu em algumas coisas, abriu os armários e eu aproveitei para prestar atenção no que tinha dentro, mas só vi comida e nada mais. Ele bateu a última porta entediado e abriu o de cima, pegou um pacote de salgadinho e voltou pro lugar dele. Desviei meu olhar pro primo do Brown, entendiado e jogando algo no celular, depois olhei para o tio deles enquanto ouvia o barulho do pacote. A mão dele entrou dentro do pacote e saiu com alguns Doritos, confesso que minha boca salivou com vontade.. ele me olhou e ficou me encarando de volta.

Sobral: Com fome? - Perguntou e eu pensei bem antes de responder, balancei minha cabeça positivamente e ele riu. Levantou e deu três passos parando na minha frente, sorriu falso e colocou o pacote do meu lado. - Come.

Olhei o pacote encostado na lateral da minha perna e peguei, conferi a olho se tinha algo estranho dentro e peguei um colocando na boca em seguida.

Carmem: Hum, obrigado. - Falei e ele me ignorou voltando pro próprio lugar, o outro sobrinho dele jogou o celular no sofá irritado e me olhou respirando fundo. Por um momento minha língua coçou para dizer algo e então eu perguntei: - Porque eu tô aqui?

Os dois me encararam em silêncio, o Brown encostado na janela fumando nem sequer virou para me olhar. Fiquei esperando por uma resposta, comendo o salgadinho em meio ao silêncio horroroso e ao olhar dos dois na minha frente. Minutos depois o Brown pegou um celular tocando no bolso e saiu da casa, ouvi a voz dele atentando a ligação.

Sobral: Acho que tu é uma mentirosa, em partes.. e tuas mentiras tão custando a paz da minha família. O filho da puta, do seu primo, invadiu minha casa e eu não tava lá. - Apontou com o dedo, a expressão séria. - Minha mulher e meu filho de três anos, estavam lá na hora e ele ameaçou os dois. Então, agora eu tenho um problema com tua família inteira e contigo mais ainda, se não eu nem estaria aqui.

O Pedaço, não me contou isso.. independente, eu não tô conseguindo acreditar que esse cara acha que eu inventei alguma coisa. Porra!

Carmem: Mentirosa? Porque? - Perguntei largando o pacote de salgadinho. - Porque eu não larguei ele antes? Porque eu não contei pra ninguém? Hum?

Ele sorriu satisfeito em me ver brava, balançou a cabeça concordando com tudo o que eu disse. Filho da puta.

Sobral: É, eu acho isso estranho pra caralho! Tu viveu quatro anos com ele, não foram meses não, foram anos. Do nada tu aparece por aí dizendo que o cara te batia, difícil acreditar. Tem provas? - Estalou a língua e sorriu com deboche descansando os braços no apoio do sofá. - Não tem, né..

Carmem: Provas?! - Aumentei meu tom de voz, sentindo uma puta raiva crescer. - Ele tentou me matar! Não tem prova maior que essa!

Sobral: Jura? - O outro deu uma risada ao lado dele. - Ninguém viu ele lá, ninguém viu fotos de como te acharam.. não existem provas. O que tu tem é a tua palavra, só isso e nada mais.

Fiéis Amantes - [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora