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Pedaço;

Carmem: Comeu? - Perguntou subindo na cama e e deitando de bruços, do meu lado.

Virei a cabeça encarando ela e depois a bunda enorme marcada pelo short branco. Estiquei meu braço dando um tapa no bundão e ela levantou a cabeça me olhando feio.

Pedaço: Comi. - Ela beliscou meu braço e eu dei um pulo, já dei uma puta olhada séria nela. - Tu tem tipo, uns dez parafusos soltos..

Carmem: Tu me bateu primeiro, do nada. - Reclamou e colocou a mão na bunda, esfregando onde eu bati. - Tem que parar de fazer isso ou usar menos força, seu doido.

Pedaço: Do nada não, eu posso. - Rebati e ela me mostrou a língua. - Coloca aquela série lá que nós tava vendo, tenho que terminar logo.

Carmem: Acha mesmo que eu vou levantar dessa cama, pra ir ligar a TV e colocar na série, só porque tu não assistiu ainda? Coitado. - Negou e colocou a mão no meu braço, passando os dedos na minha tatuagem da Cleópatra. - E se eu fizesse uma tatuagem?

Olhei para a pele branquinha dela, tentando imaginar ela tatuada.. até consegui mas acho que não ia ser uma parada legal nela. Estrelinha tem uma parada meiga nela, não sei explicar mas se ela faz uma tatuagem já era.

Pedaço: Tá pensando em fazer uma? - Perguntei e ela negou. - Tá perguntando porque então, porra?

Carmem: Eu não, tá doido? Até acho bonito mas só nos outros, mas antigamente eu pensava bastante. - Apoiou o cotovelo na cama e levantou a cabeça. - Jurava que eu ia fazer uma nas costas, pra ficar bonita de quatro mas graças a Deus, esse sonho já passou.

Dei risada balançando minha cabeça, essa é nova pra mim. Ninguém nunca tinha me falado de tatuagem pra ficar bonito na hora do sexo, isso que eu já conversei com muita mulher sobre tatuagem. Na moral, Estrelinha surpreende fácil com algumas coisas.

Pedaço: O dia que tu conseguir ficar mais bonita e gostosa de quatro, eu caso contigo. - Ela revirou os olhos e fez cara de nojo. - Ah, Estrelinha, duvido que tu não ia gostar de casar comigo.. sexo e maconha todo dia, tu gosta.

Carmem: Sexo e maconha qualquer um arruma fácil, não precisa casar. - Concordei e ela largou meu braço, olhando meu pescoço. - Essa doeu?

Se referiu a tatuagem de onça no meu pescoço, passei a mão em cima e pensei um pouco. Enquanto isso ela levantou e sentou no meu colo, afastando minha mão e olhando de perto a tatuagem. Passou a ponta da unha em cima e riu vendo minha pele arrepiar, atentada.

Pedaço: Começa a provocar não. - Falei sério e suspirei encarando o rosto curioso. - Um pouco, doeu mais pela posição chata que eu tive que ficar. Pô, não podia mexer um músculo.

Carmem: Eu gosto dessa, sabia? É minha preferida. - Sorriu e me deu um selinho, animada. - Essa onça tem algum significado?

Dei um meio sorriso forçado pra caralho, ela percebeu mas insistiu no olhar curioso. Respirei fundo sabendo que se eu não falar, ela vai perguntar outra vez e eu vou ter que contar. E é uma parada que não me agrada, nem de pensar e muito menos falar. O significado dela mexe pra caralho comigo.

Pedaço: Vou te falar só pra tu parar de fazer perguntas. Essa onça pô, é homenagem a minha mãe.. - Os olhos dela brilharam, pô. - Foi a segunda que eu fiz, tem um significado do caralho pra mim mas eu nunca falei disso. Costumo dizer que não tem significado nenhum mas agora tu sabe.. Hum, nem meu pai sabe.

Fiquei sem graça pra caralho com o assunto, meio perdido. Ela segurou minha mão e entrelaçou com a dela, sorriu e deitou a cabeça no meu ombro.

Carmem: Não vou dizer nada pra ninguém.. mas quando eu vi essa, desde a primeira vez, sempre me chamou atenção e já passou na minha cabeça que fosse pra ela. - Senti a respiração quente dela no meu pescoço. - Tu é um fofo. As vezes no caso.

Pedaço: Te mostrar o que é fofo, já já. - Ela riu e tirou a cabeça do meu ombro, me olhando. - Qual foi, Estrelinha?

Carmem: Não dormi nada ainda, não sei como eu tô me aguentando. - Reclamou e colocou a mão na testa, fingindo sofrimento. - Queria deitar e dormir contigo, mas tu é muito gostoso pra fazer só isso.

Pedaço: Agora não, quero tu bem acordada. Já vi que tu recuperou bem a força na perna, quero brincar contigo. - Bati na coxa dela lembrando do que eu comprei no caminho.

Carmem: Muitos exercícios e fisioterapia, né. - Riu e eu bufei, desgraçada. - Vai foder na raiva comigo? Eu recomendo no ódio, porque é isso que eu tô sentindo de você. Seu merdinha.

Pedaço: No ódio então.. - Inclinei pro lado, esticando o braço e procurando a sacola no chão. Passei a mão procurando e quando achei segurei, puxei e dei pra ela. - Trouxe um presente pra tu em.

Ela pegou a sacola olhando curiosa, franziu a testa tentando entender e abriu a sacola, desconfiada. Acompanhei a reação dela, de confusa e curiosa, mas no fundo sabendo o porque.

Carmem: Pedaço? - Deu risada abrindo o pacote transparente.

Pedaço: Lembra o que eu te disse? Que se tivesse uma próxima vez, eu ia te amarrar de quatro nessa cama? - Ela me olhou com a boca entreaberta e com a corda bege nas mãos. - Lembra?

Carmem: Sim, lembro.. mas é meio grande não é? - Perguntou nervosa e eu ri, mexi no cabelo dela encarando ela mexer na corda.

Pedaço: São duas juntas, só desfazer o nó. A gente começa com a menor e depois usa a maior pra outras paradas, se tu quiser. - Expliquei e ela me olhou soltando a corda.

Carmem: Hum, gostei.. mas vai com calma. Nunca fiz esse tipo de coisa. - Admitiu e eu fiquei pouco surpreso. - Li um pouco sobre isso e outras coisas, achei interessante mas já disse, com cuidado.

Pedaço: Prometo. - Sorri animado e malicioso, agora sim pô. - Tu tem o teu limite e vou respeitar, só fala pra mim pô. Se tiver ruim eu paro e tiro, caô nenhum, é só tu sempre me falar.

Ela ficou quieta mexendo na corda, desfazendo o nó pra poder ver o tamanho certo. Deixei ela olhar tudo e tirar a dúvida que quisesse mas ela não perguntou muito. Só me deu algumas olhadas do caralho nesse tempo, provocando..

Fiéis Amantes - [M]Onde histórias criam vida. Descubra agora