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Carmem;Eu saí do hospital, mas só depois do meu tio ter chegado. Eu estou tão aliviada pelo Pedaço estar bem, porra, um peso enorme caiu das minhas costas. Sei lá, eu ia me sentir tão culpada se ele estivesse morto ou tivesse alguma sequela mas ele tá bem.. mas ainda assim não muda o fato de que ele quase morreu por minha causa. Isso só me dá a certeza de que o Brown, ultrapassou todos os limites.
Ele entrou aqui, tentou matar a Giane e o Pedaço, saiu despercebido e sumiu. Agora, o que impede ele de vir até aqui e me matar? Nada!
Se tem uma coisa que eu aprendi com meu pai, meu tio e até com o Pedaço, é que entre eles e toda a tropa de soldados, só existem homens como eles. Homens que fazem o impossível ser possível, desde que consigam o que querem. Homens determinados e que sabem o que fazer, quando fazer e como fazer.. e isso me assusta pra caralho, porque o Brown, é um desses homens. Escolhido a dedo pelo meu pai, treinado pelo meu tio e digamos que parecido com o Pedaço em certas coisas. Ele é uma mistura dos três.
Fora que além disso, o Brown era muito considerado por aqui muito antes de nós ficarmos juntos. Então ele foi apresentado a cada canto da Penha, ele sabe todas as entradas e saídas estratégicas, onde estavam as armas e as bocas, tudo.. ele conhece a Penha como ninguém e sabe como entrar, e como sair. Isso explica como ele entrou e saiu nessas duas vezes, sem ser tocado ou perseguido pelos becos, como a porra de uma assombração maligna. E não vai ser nada fácil pegar ele, matar ou torturar, ele tá sempre um passo a frente.
E
milly: Terra chamando, acorda Estrela cadente. - Estalou os dedos na minha frente e eu olhei pra ela, balançando a cabeça e tentando afastar os pensamentos. - Eu paguei a conta, vamos? Tenho várias fofocas pra te contar ainda.
Carmem: Depois te dou a minha parte. - Ela negou e pegou a minha sacola se levantando da cadeira de plástico, da lanchonete. - Chata! Mais fofocas? Tu já me contou de sete brigas, quatro mortes e duas prisões. Isso tudo em dois dias, tem mais o que?!
Ela gargalhou balançando o cabelo loiro, me levantei rindo e curiosa. Peguei a outra sacola no chão e empurrei a cadeira para baixo da mesa, mexi no meu cabelo jogando para trás dos ombros e agradeci com um sorriso ao senhor que é dono da lanchonete. Eu estava com uma vontade horrorosa de comer pastel de carne com queijo, acordei pensando nisso e foi a primeira coisa que eu fiz quando saí do hospital. Até acabei encontrando essa louca no caminho e chamei ela pra vir comigo.
Emilly: Alemão é o fluxo, amiga! Fiquei igual você agora, quando fui morar lá. Era tanta coisa acontecendo de uma só vez e eu ficava totalmente perdida, demorei pra pegar o jeito. - Falou mais a frente e eu me virei andando atrás dela. - Aliás! - Deu um grito e me olhou rindo, lembrando de alguma outra fofoca. - Você, tá sendo assunto nas duas páginas de fofocas de lá, na verdade em todas mas essas duas tem mais visibilidade.
Franzi minha testa, como assim? Cruzei meus braços com a sacola pendurada no pulso e parei olhando para ela. Ih gente, essa sim é nova pra mim.
Carmem: Eu? Como assim? - Perguntei e ele parou me olhando, de costas para a saída da lanchonete. - Explica isso, maluca.
Emilly: Por causa do Russo? - Me olhou óbvia e mexeu as mãos. - Todo mundo sabe que ele tá de olho em tu, faz tempo inclusive. Aí você postou aquela foto, segunda ou terça, sei lá, ele respostou nos storys e você nem tchum! - Gargalhou mexendo na pulseira. - O velho pirou! Geral debochando dele, amiga como tu não vê essas coisas? Só babado com teu nome e tu mongando.
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Fiéis Amantes - [M]
Storie d'amore"Lua cheia no morro, invictos no jogo não fugimos da guerra. Mais cedo ou mais tarde, exigindo liberdade, o olhar de maldade é o extinto selvagem". Uma alma quebrada, um coração partido e um corpo mutilado. Apenas o amor, é capaz de construir e reco...