OBS: Apartir dos próximos capítulos teremos metas de comentários.
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Carmem Miranda, 18 anos.
// Insta: daestrellaCarmem;
Me olhei no espelho e gostei muito do que vi. Hoje eu realmente estou bonita, caralho.
Mas acho que o Brow não vai gostar.
Carmem: Pai? Tem caô se eu for me trocar? É rapidinho, marca cinco. - Ele me olhou de cima a baixo e negou. - Por favor..
Tião: Bora, tá bonitona Carmem. Não precisa se trocar não porra, bora vai. - Suspirei e coloquei um sorriso na cara.
Pô, a minha vida inteira eu nunca tive medo de absolutamente nada. Meu pai me criou como uma verdadeira guerreira, sempre me considerei uma mulher forte, uma mulher verdadeira e um puta mulherão.
Mas eu me afundei em um relacionamento horrível. Com um cara que merece todo o desprezo do mundo.
Óbvio que eu quero muito, sair disso. Mas não é tão simples assim, uma vez mulher de bandido.. Ah vocês sabem, sempre mulher de bandido.
Mesmo meu pai tendo o mesmo envolvimento no crime, não muda absolutamente nada. Sem contar que se eu tocar nesse assunto, o Brow me mata sem pensar duas vezes.
E a minha vida se tornou um completo pesadelo, quando eu tinha apenas 15 anos. Eu não era uma santa, longe disso. Teve uma época que eu achei, que tudo isso era um castigo de Deus pelas coisas que eu fiz.
Eu cresci no meio do tráfico, meu pai traficante, minha mãe que morreu quando eu tinha seis anos, também era traficante. Meus tios traficante e por aí vai..
Nisso eu mesma me envolvi no meio disso tudo. Meu pai nunca quis, mas aceitou e me ensinou tudo o que eu precisava saber. Tiros, defesa pessoal, como matar alguém, fugir da polícia e passar despercebida.
Despercebida eu nunca passei. Como ele mesmo diz, brilha mais estrelinha que tu vai longe.
Foi no nosso primeiro roubo juntos, que ele me apresentou o Brow. Filho de um amigo dele das antigas, eu me encantei na hora. E o Brow também soube me levar no papo, mal prestei atenção em como tudo aconteceu.
Foi tudo tão rápido e é aquele ditado, no começo é tudo mil flores!
Desde então, eu vivo nesse inferno à três anos. Desperdicei toda à minha adolescência com ele.
Jennifer: Miranda acorda pra vida mona! - Balançei minha cabeça e encarei ela. - Ih garota, toda quietinha. Qual foi? Teu pai te bateu?
Tião: Bati em ninguém não, nem idade pra apanhar ela tem. - Acabei até rindo.
Jennifer é a mais nova namorada do meu pai. Ela é melhor que ele já teve, eu amo essa mulher.
Carmem: Não me chama de Miranda em, só tô pensando demais. Relaxa. - Passei a mão na minha calça, um tanto incomodada.
Jennifer: Tião vai indo, que eu vou pegar um absorvente. Vem comigo moninha. - Meu pai olhou desconfiado e foi atravessando a rua.
A maluca quase me arrastou pra dentro de casa. Na real ela literalmente me arrastou.
Carmem: Que foi maluca? - Ri ajeitando meu cabelo e ela cruzou os braços.
Jennifer: Eu que te pergunto. Toda quietinha, brigou com o namorado? - Neguei. - Você tem certeza?
Carmem: Eu tô achando que essa roupa, tá muito exagerada. E me incomoda o olhar de outros caras.
Falei rápido e ela me olhou digamos que assustada.
Jennifer: Carmem?! Amor você tá de calça e um body basicão, até blusa tá levando. Se isso é algum tipo de exagero, eu tô me sentindo a Mia Khalifa em um vídeo pornô.
Acabei até rindo, mas ainda tô me sentindo ridícula.
Carmem: Será que o Brow vai achar ruim? Tipo, não vai gostar.. - Perguntei totalmente sem graça.
Ninguém sabe do que eu passo com ele, talvez alguém até desconfie mas acho difícil. Eu mesma, sei esconder muito bem as coisas. Às vezes me pergunto se alguém realmente sabe o que eu vivo, se alguém sei lá, fingi que não sabe por medo dele..
Jennifer: Se ele não gostar, você volta e coloca um shorts. Agora vamos tá? Aliás, qualquer coisa me chama pra conversar Miranda.
Odeio quando ela me chama de Miranda, credo! Não é nada contra sabe? Não gosto muito de nenhum dos meus nomes, só que eu já sou mais acostumada com as pessoas me chamando de Carmem.
Carmem: Vamos lá então. Só não vai me deixar sozinha pra ir transar, pelo amor de Deus!
Segurei a mão dela e a gente saiu de casa. Qualquer coisa eu só atravesso a rua e tô na casa do meu pai, não vai ter tanta gente mas pelo o que eu sei, a maioria é homem e eu odeio estar rodeada por homens. Não me sinto confortável pelas coisas que eu vivo, e porque eu sei, que dependendo da situação eu vou viver tudo de novo durante a noite, quando chegar em casa.
Brown vai surtar comigo, tô sentindo..
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Fiéis Amantes - [M]
Romance"Lua cheia no morro, invictos no jogo não fugimos da guerra. Mais cedo ou mais tarde, exigindo liberdade, o olhar de maldade é o extinto selvagem". Uma alma quebrada, um coração partido e um corpo mutilado. Apenas o amor, é capaz de construir e reco...