Capítulo 3

1.1K 122 17
                                    

-Cadê meu dinheiro lindona?-Pergunta uma das minhas amigas com um sorriso de orelha a orelha. Relutante a dou dinheiro enquanto um rastro de sorriso passa por sua boca.

Me escoro no ferro enquanto escuto as meninas rindo e gargalhando pelo belo fora que recebi. Pego minha bebida e observo novamente o salão de festas até meus olhos pararem em cima dele, que me encara de forma enigmática enquanto beberica sua bebida. Tenho que admitir que ele é extremamente atraente, até para mim que não gosto de grandalhões iguais a ele.

-Ele realmente tem tanta pegada quanto parece?-Uma das meninas pergunta me olhando com deboche enquanto estreito os olhos pra ela.

-Pode apostar que sim, ou talvez não, nunca saberemos já que até a Becca levou um fora dele.-Diz outra menina enquanto todas voltam a rir, essas garotas já estão me dando no nervo e tudo por culpa daquele babaca que me encara sem nem mesmo disfarçar, pois bem, posso fazer esse jogo de encarar durante a noite toda facilmente.

Depois do lindo fora que levei e mais algumas bebidas, descemos para onde o restante das pessoas está para aproveitarmos as músicas que tocam. Tento disfarçar o arrepio que perdura em minha pele por causa de malditos e belos olhos azuis que me encaram. Para alguém que não suporta mimadinhas iguais a mim, ele parece muito interessado.
Em algum momento da noite, me pego indo ao banheiro, tendo que passar por várias e várias pessoas naquela bagunça de bebida, suor e drogas. Já me perdi das meninas tem tempo, muitas delas provavelmente já estão indo para algum hotel com algum homem daqui. Meu corpo está suado e eu só quero encontrar o maldito banheiro, quando sinto uma mão firme em meu braço e sou arrastada até uma das portas dos fundos, fico levemente assustada ao ver meu ex com um olhar de ciúmes. Observo tudo ao redor vendo que só tem um casal transando em uma distância consideravelmente grande.

-Como pode ter me esquecido tão rápido? Logo eu que a cada dia sinto sua falta, do seu calor, dos seus beijos, como pode ter me trocado por OUTRO?!-Exclama me fazendo arquear a sombrancelha, com os braços para trás, alcanço a cinta próxima a minha coxa e retiro o pequeno canivete.

-Tudo culpa sua, você procurou isso ao me trair, você procurou isso quando se aproximou de mim com interesse.-Digo indiferente enquanto o mesmo anda pra lá e para cá.

-Você nunca disse que me amava, você nunca disse.-Diz alterado.-Você se entregou a mim mas não totalmente, eu te traí porque sentia isso, esse distanciamento que você colocava entre nós, você nunca me amou de verdade.-Diz fungando enquanto fico enjoada com todo esse teatrinho de pobre coitado.

-Ja acabou o show Paquita?-Pergunto com tédio enquanto o mesmo fica confuso e irritado.

-Você é minha! Minha! Entendeu?-Diz vindo andando lentamente até perto de mim enquanto seguro com mais força meu canivete.

-Eu não sou sua e nem de ninguém, não sou uma maldita posse! Vê se me deixa em paz idiota.-Digo indo em direção a porta sentindo um maldito aperto em meu braço. Respiro fundo tentando me controlar com todos os pensamentos de defesa pessoal passando por minha mente, olho ao redor e vejo que o casal ainda continua lá transando, se ele tentar me bater vai ser a última coisa que ele vai fazer. Ele está com tanta raiva que nem percebeu o maldito canivete na minha mão.

-Solta ela garoto.-Diz uma voz rouca com tédio atrás de mim, vejo o aperto em meu braço ficar maior enquanto eu mordo minha bochecha, controlando minha raiva. Meu corpo está trêmulo enquanto na minha mente só se repete MATE-O.

Não acatando as ordens, o garoto leva um soco dos bons que o faz cair feito jaca mole no chão desmaiado. Molenga.

-Você está bem?-Pergunta encarando com interesse o pequeno canivete em minha mão.-Ele deve agradecer que eu cheguei antes disso estar enfiado em sua garganta?-Pergunta com um sorrisinho debochado.

Obrigada A Casar Com Um Estranho Onde histórias criam vida. Descubra agora