Obrigada A Casar Com Um Estranho

Capítulo 46

Sinto meu corpo extremamente dolorido quando acordo, mal consigo me sentar na cama. Pisco tentando me acostumar a claridade do quarto, olho para o lado e percebo que o mesmo está vazio. O quarto está uma verdadeira bagunça, com diversas camisinhas espalhadas pelo chão.

Flashbacks da noite passada vem a minha mente enquanto um sorriso dança em meus lábios. Definitivamente valeu a pena esperar, oh se valeu. Valeu cada maldita tentativa e frustração. Suspiro antes de mordiscar meu lábio. Que homem. Eu sabia que ele seria espetacular, mas ontem ultrapassou os limites até da minha imaginação.

Minha intimidade está dolorida? Com certeza. Não só ela como todo o meu corpo. Parece que levei uma intensa surra, mas porra, nunca fiquei tão feliz por isso.

Testo minhas pernas pra ver se as mesmas ainda funcionam e com cuidado, me levanto. As sinto trêmulas e por um momento penso que vou cair mas consigo me manter firme.

Sigo sem pressa para o banheiro, sentindo um pouco de frio no meu corpo completamente nu. Abro a porta do mesmo e rapidamente me avalio no enorme espelho ali presente. Seguro uma risada ao ver o estrago feito, provando o que eu ja suspeitava desde o início. Esse homem é definitivamente uma fera na cama e essas marcas em meu corpo são a prova viva disso.

Meu pescoço e colo tem intensos e arroxeados chupões, assim como grandes marcas de mordidas, minhas costas, seios e barriga não são diferentes. Em minha cintura há marcas visíveis de dedos, resultado de suas pesadas mãos. Minha bunda está com várias marcas arroxeadas de dedos que suspeito que vá demorar um bom tempo pra sair. Minhas coxas tem diversos tons de vermelho e roxo de diversas marcas, tanto de suas mãos quanto de sua boca. Se alguém me visse nua assim acharia que sofri uma intensa agressão.

Vejo algumas marcas de arranhões em minhas costas, resultado do nosso intenso sexo na parede e no chão. Meu lábios estão fodidamente inchados e sinto minha garganta levemente irritada. Meus pulsos estão arroxeados e meu cabelo está um ninho.

Suspiro antes de entrar no banho, meus ombros doem, minhas costas também e mal consigo tocar em minha bunda, esse maldito definitivamente tem uma mão pesada, nem parece que fica todo manhoso quando está bêbado.

Depois de muito tempo embaixo da água, saio da mesma vestida com uma toalha, sorrio ao encontrá-lo já na cama vestido com uma outra roupa e uma sacola em mãos. Quando me vê, o mesmo fixa seus olhos em cada parte de meu corpo com um semblante sério, antes de trincar o maxilar, parecendo intensamente irritado com algo.

Sinto meu coração se acelerar enquanto vou até ele, me preparando mentalmente pra qualquer merda que vier.

Em silêncio, o mesmo fica de pé antes de terminar de me alcançar e, encarando meus olhos, tirar minha toalha e a deixar cair. Arqueio a sobrancelha ao vê-lo encarar cada marca deixada pelo mesmo, e ainda em silêncio, acariciar cada uma delas. É difícil distinguir seu olhar nesse momento, um olhar tão calmo encarando meu corpo completamente nu.

-Pelo menos não é só eu que estou todo marcado.-Diz quebrando o silêncio antes de dar de ombros.-Eu realmente fiz um belo trabalho com você ein, estou surpreso que ainda consiga andar.-Diz encarando novamente meus olhos antes de me lançar um sorrisinho cretino, fazendo com que a tensão que eu estava sentindo, se dissipe um pouco.

-Espero que tenha trago roupas grandes o suficiente para tamparem todas essas marcas.-Digo tocando em seus sedosos cabelos.

-Obviamente, afinal, tudo o que menos preciso é ir parar em uma delegacia por terem achado que você foi espancada.-Diz se afastando antes de me entregar a sacola.

A pego e olho as roupas que o mesmo separou, me surpreendendo ao ver uma bela combinação de cores claras da blusa e da longa saia, um conjunto de roupas íntimas e um saltinho que vai harmonizar com meu look. Não posso negar que o mesmo tem bom gosto pra roupa, na verdade, esse é um detalhe que pouco reparei, mas olhando agora sua combinação de roupas escuras, percebo que o mesmo realmente tem muito, mas muito bom gosto pra roupa. Pelo menos é isso que a combinação de sua calça social, camisa gola alta, jaqueta e sapatos caros, todos em tons escuros me dizem. O mesmo estreita os olhos divertidos ao reparar que eu estou o encarando com atenção e sorrindo, apenas desvio meu olhar.

-Você não parece envergonhada por estar totalmenre nua na minha frente, isso é interessante.-Diz encarando novamente meu corpo, com sua atenção se fixando em minha intimidade e demorando mais tempo que o necessário na mesma.

-Não tenho porque ter vergonha, você já me viu em todas as posições existentes.-Digo dando de ombros ao pegar a calcinha e vesti-la. Ele não me diz nada enquanto apenas fica me encarando até que eu esteja completamente vestida.

-Você gosta de mim?-Pergunta seriamente. Admito ter ficado um pouco surpresa com a pergunta.

-Você gosta?-Rebato o encarando com seriedade, sentindo uma leve pontada ao vê-lo desviar os olhos.

-Eu não te amo.-Diz olhando pra algum móvel aleatório enquanto eu solto uma pequena risada.

-Muito menos eu.-Digo o vendo me encarar.-Não achou mesmo que eu faria uma tempestade em copo d'água cobrando juras de amor e um felizes para sempre quando não tem nem 4 meses direito que nos conhecemos né?-Pergunto divertida ao vê-lo novamente desviar o olhar, me dando a confirmação.-Vai ter que fazer muito mais do que me dar uma noite de sexo quente pra conseguir me fazer te amar.-Digo me abaixando pra vestir meus saltos.

-Pois eu digo o mesmo.-Rebate na defensiva enquanto apenas reviro os olhos. Emburrado, o vejo se sentar no chão antes de pegar o outro salto e colocá-lo em meu pé, me fazendo arquear a sobrancelha enquanto vejo esse tamanho de homem todo sentado no chão colocando meu sapato, quando o mesmo termina, fico surpresa ao vê-lo pegar meus pés e dar pequenos beijos, antes de me encarar novamente com seus belíssimos olhos.-Me desculpe por ter sido muito grosseiro ontem, porém você sabe que a culpa não foi inteiramente minha.-Diz me fazendo acenar com a cabeça antes de acariciar seu rosto, sorrindo ao vê-lo fechar os olhos para minha carícia. Pode ser que ele não goste de mim, mas alguma coisa ele com certeza sente sim.

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Tiro os sapatos enquanto descanso no sofá, depois daquele momento que tivemos no quarto do hotel, arrumamos o lugar o máximo que podíamos antes de sair dali. Passamos em um supermercado onde compramos algumas coisas pra casa e agora estamos aqui de volta, já tirei a blusa de sobreposição, ficando apenas com a normal e mais fresquinha.

Mal termino de ligar a televisão quando escuto a campainha tocar, morrendo de preguiça, vou até a porta, vendo Nikolai de longe arquear a sobrancelha, desde que nos mudamos não recebemos visitas.

Quando abro a porta, sorrio ao ver olhos azuis claríssimos me encararem, assim como um sorrisinho sarcástico, sorriso esse que se desmancha ao encarar minhas marcas nos braços e, em menos de dois segundos me empurrar para ir com tudo pra cima de Nikolai, que é facilmente nocauteado e rendido com uma faca em sua garganta.

-Amber fica calma, não é isso que você está imaginando!-Digo a vendo me encarar com uma cara confusa enquanto segura com força a cabeça de Nikolai.

-Quem diabos é essa maluca?! Da pra me soltar cacete!-Diz Nikolai tentando não se mexer muito com medo da faca em seu pescoço. Sorrindo levemente constrangida, encaro os dois.

-Nikolai, essa é a Amber, minha prima. Amber, você já sabe quem ele é.-Digo dando de ombros.-Pode soltar essa faca?

-Não até você me garantir que esse imbecil aqui não te machucou.-Diz entredentes.-Eu espero que você não tenha a machucado, porque se não você vai sangrar feito um maldito porco nessa droga de piso.-Diz fazendo o mesmo a encarar com ódio.

-Ele não me machucou! Fica tranquila, ele só é meio agressivo quando transamos, infelizmente não posso julga-lo. Olha as costas dele.-Digo vendo a mesma levantar um pouco a blusa e ver as marcas deixadas por minhas unhas em suas costas. Revirando os olhos, a vejo solta-lo antes de se levantar e guardar a faca, desviando facilmente de um dos socos de Nikolai e o acertando com um na cara em cheio.

-Se você quer um acerto de contas, seja civilizado o suficiente pra esperar irmos em um local aberto, caso contrário essa decoração cara vai ser desperdiçada.-Diz o encarando com olhos fulminantes.

-Quer falar de ser civilizado quando tentou cortar minha garganta no chão da casa?! Hipócrita!-Esbraveja irritado enquanto acariciando seu rosto dolorid enquanto eu só os encaro. Que belo jeito de conhecer o restante da família.

Felizzz ano novoooo moresss. E aí o que acharam? Foi mal a demora em postar capítulos, mas tirei uns dias pra ficar apenas curtindo a preguiça qkkskdkwke. Enfim, comentem muitoo aí que em breve sai capítulo novo. Beijossss.