Capítulo 48

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Olho os dois que estão com diversos hematomas espalhados enquanto cruzo os braços, eles estavam em meio a uma porradaria tão violenta que fiquei com medo de estragar minha linda e verdinha grama.

Ambos se olham de forma irritada antes de Amber novamente encher os copos de bebida de ambos. Já estão acabando uma garrafa com uma grande porcentagem de álcool e não faz nem cinco minutos que começaram a beber.

Toca uma música agradável no bar e suspiro antes de observar melhor o local, que lembra muito um bar sofisticado. Tudo nele é sofisticado e por causa disso estou com medo de esses dois beberem demais e começarem a brigar aqui.

-Eu ainda não acho uma boa ideia vocês começarem a beber aqui. Por que não vão pra um bar de verdade?-Pergunto vendo como Nikolai da outra golada na bebida, fazendo uma leve careta, quase imperceptível.

-Eu não vou pra um bar de quinta beber aquilo que chamam de bebida e estamos muito machucados pra conseguirmos achar um local bom o bastante que não chame a atenção.-Responde Nikolai com Amber concordando com ele.

-Se vocês beberem demais e quebrarem alguma coisa aqui, eu juro que vou fazer vocês pagarem.-Ameaço antes de receber olhares de deboche, tão semelhantes que me irrita, é irritante perceber o quão semelhantes eles são.

Deixando eles de lado, sigo até a cozinha onde faço uma pipoca e pego uma garrafinha de suco, vou para meu quarto e ligo a TV, demorando um pouco para escolher alguma programação boa o suficiente para me entreter pelas próximas duas horas, porém, fico inquieta com o passar do tempo ao perceber o quão quieto está essa casa, ponderando se realmente foi uma boa ideia tê-los deixados sozinhos.

Temendo pelo meu piso de madeira nobre, abandono o filme, assim como o restante da pipoca e do suco e vou até eles, inquieta com o intenso silêncio.

Chegando lá, a primeira coisa que percebo é o local cheio de garrafas vazias, e duas pessoas no canto da parede bebendo como se não houvesse amanhã uma vodka pura extremamente alcoólica. As garrafas são deixadas de lado por ambos e vejo o quão ofegantes estão, acho que vou ficar viúva em menos de um ano, não por causa dos meus inimigos ou dos dele, mas sim por causa do abandono que o fígado dele vai fazer depois de desistir de desintoxicar esse corpo.

-Ela vol-Soluça antes de soltar uma risada.-Voltou!-Diz Amber em um tom arrastado e extremamente animado. Seus olhos mal conseguem me encarar, assim como os de Nikolai.

-Ela tia abandonaaadu noix.-Diz Nikolai tentando miseravelmente apontar para mim enquanto começa a ter pequenos soluços.-Ela Naum tem coração.-Diz em um gesto dramático ao bater a mão em seu peito, com tanta emoção que faz com que eu dê tudo de mim para não cair na risada.

-Fomos abandonados?-Pergunta Amber de maneira embolada e com uma voz de choro, recebendo uma confirmação exagerada com a cabeça de Nikolai.-E-ela não vai voltar?-Pergunta começando a chorar.

-Não.-Diz Nikolai me surpreendendo ao acompanhá-la, começando a chorar.

Encaro estática ambos se abraçarem e começarem um tremendo berreiro, com direito a soluços e a tudo o que tem direito. Estou sem reação, somente, sem reação. Pego meu telefone e sem me aguentar, começo a gravar.

-Ela virou um mafagafo, gafagafo, abdr-Palavras desconexas em meio ao choro.-Peixe colorido.-Diz Nikolai em meio ao choro enquanto Amber começa a chorar ainda mais. Meu deus, o álcool realmente tem o grande poder de humilhar até mesmo os mais fortes, esses dois são um ótimo exemplo disso.

-Gente eu não morri.-Digo segurando a risada.

-Ouviu isso?-Pergunta Nikolai a soltando.

-Ela virou um fantasma.-Diz Amber voltando a cair no choro, sendo acompanhada por Nikolai que chora copiosamente antes de começar a falar palavras difíceis de compreender, uma mistura do russo com o inglês, de forma tão desconexa que simplesmente desisto.

Guardo o vídeo gravado antes de colocar meu telefone no bolso, indo até os dois chorões, vendo como choram feito duas crianças que acabaram de ser abandonados.

Toco levemente neles antes de vê-los me encararem com seus olhos pouco focados.

-Você tá viva!-Diz Amber se jogando em meus braços e fazendo com que eu caia no chão, rindo intensamente ao não conseguir mais me controlar.

Nikolai fica surpreso por um momento antes de vir até mim e me abraçar. Tento respirar em meio aos abraços fortes que estou recendo dos dois que fedem intensamente a álcool.

-Pronto, pronto.-Digo batendo a mão nas costas de ambos enquanto vejo os mesmos se recuperarem dos soluços. Sinto beijos quentes em meu pescoço dados por Nikolai, enquanto o mesmo me aperta ainda mais.

Não sei quanto tempo passamos assim, com ambos se recuperando da coisa mais aleatória que me aconteceu, porém sei que foi tempo o suficiente pra que Amber me soltasse e caminhasse de forma nada reta até o grande sofá, dizendo coisas desconexas antes de apenas dormir.

Sinto seus braços me dominarem ainda mais enquanto o mesmo me puxa pro seu colo, me prendendo em seus braços enquanto afunda seu nariz em meu pescoço.

Toco receosamente suas costas, vendo como o mesmo estremece diante do meu toque.

-Achei que você tinha morrido.-Diz Nikolai em um tom arrastado antes de começar a acariciar meu corpo.-Foi horrível.-Diz dando vários beijos no meu pescoço.

-Niko.-O chamo antes de sentir seus dentes deixando leves mordidas em meu pescoço que me fazem segurar um ofego.-Vem.-Sussurro antes de sair de seu colo, vendo como o mesmo rapidamente se levanta e me agarra, voltando novamente a beijar cada parte do meu corpo que o mesmo acha.

O tiro com dificuldade dali, sentindo meu corpo em brasa quando o mesmo toma minha boca em meio ao corredor, a devorando antes de me prender na mesma. Porra, não era ele que estava chorando agora a pouco?! E pior, não era ele que estava todo fofo com ciúmes? Gemo ao constatar que não poderia estar mais enganada ao sentir sua mão invadindo meu short e usando seus talentosos dedos para fazer o que ele faz de melhor, me enlouquecer.

Tomo sua boca enquanto venho o trazendo comigo, tateando todas as portas antes de abrir qualquer uma delas, dando de cara com o quarto do mesmo.

Algo parece tomar conta dele, pois o mesmo fica ainda mais intenso e gemo alto ao sentir seus dedos aumentarem o ritmo e sua boca me devorar com brutalidade, em um ritmo tão bom que me deixa louca. É, pelo visto essa bebedeira toda até que não foi de todo mal.

-Niko.-Digo em um gemido enquanto sinto um intenso orgasmo se formando, deus, essa bebedeira toda valeu a pena no final das contas.


Oooooi mores como cês tão? Mil desculpas a demora em atualizar mas essa semana foi muuuito corrida. Comentem muitooo e não esqueçam de votar mores, beijoss e até breve.

Obrigada A Casar Com Um Estranho Onde histórias criam vida. Descubra agora