Obrigada A Casar Com Um Estranho

Capítulo 24

Sorrio enquanto continuo seguindo meu caminho, com todos aqueles olhares de surpresa e espanto, eu consegui o clímax dessa noite, graças é claro, a aquele sabonete ambulante que em um ataque de ciúmes me jogou dentro daquela merda de piscina.

Ela realmente poderia ter conseguido me ridicularizar, acredito que se fosse mais tímida ficaria envergonhada, porém não foi o caso hoje a noite, afinal, eu sou linda de qualquer jeito.

-Sua maldita loira.-Esbraveja Nikolai atrás de mim antes de me puxar pelo braço pra fora da estrada principal e nos enfiar entre a imensidão de arvores. Seu rosto extremamente irritado, junto de seus cabelos rebeldes e soltos iluminados pela claridade da lua me deixam muito mais consciente do quão bonito ele é. Merda, ele é um escroto filho da puta mas não deixa de ser extremamente gato! Eu teria que ser cega pra não perceber isso.

-Que foi meu amor?-Pergunto com deboche antes de soltar uma risadinha, meu sutiã está em uma de suas mãos e ele está extremamente surtado. Me escoro na árvore enquanto dou o tempo necessário pra o mesmo se acalmar.

-Tudo pra você, não passa de uma maldita brincadeira, você não tem limites não é?!-O encaro com deboche antes de revirar os olhos com tédio.

-Você acha que só você tem o direito de se divertir? Eu também tenho e não é minha culpa o fato de eu ser linda e talentosa!-Digo um fato que o faz respirar profundamente

-Se divertir é uma coisa, agora fazer aquele showzinho lá, aí já é totalmente diferente.-Diz em um tom baixo enquanto me encara com ira, se aproximando perigosamente de mim.-Eu estou tentando não quebrar a cara de alguns filhos da puta, mas você não está me ajudando.-Diz estreitando os olhos enquanto apenas continuo o encarando com deboche e divertimento.

-Deveria estar culpando aquele sabonete ambulante por ter me empurrado pra dentro da piscina, não a mim.-Digo mexendo em sua jaqueta tranquilamente enquanto um sorriso perdura em meus lábios ao ver o mesmo apertando meu sutiã.

-Por que você disse aquilo? Você sabe que eu não vou te tocar, então por que v-

-Não é óbvio querido?-Pergunto com deboche o interrompendo.-Pra provocar aquela vadia de uma figa que se acha mais mulher do que eu, só por ter mais corpo e por já ter transado com você!-Exclamo o empurrando irritada. Ele me olha de olhos estreitos enquanto permanece em silêncio.

-Foi por isso que você voltou pra sua cabana e estava chorando?-Pergunta em um tom baixo enquanto engulo em seco, merda.-Me responde sua loira desgraçada, aquela mulher te humilhou por causa do seu corpo?-Diz em um tom baixo e ameaçador, engulo em seco antes de o encarar em desafio.

-Sim, ela fez isso, me chamou de diversas coisas nem um pouco legais e eu só quis retribuir o favor mostrando pra ela quem eu era, por que? Vai me chamar de fútil novamente?-Pergunto na defensiva.

-Maldita!-Exclama me dando as costas. Sua respiração está ainda mais acelerada e ele parece intensamente irritado.-O que ela te disse?-Pergunta de costas pra mim, suas mãos estão apertadas em punhos de forma intensa, meu corpo estremece por causa do frio que estou começando a sentir por estar usando roupas encharcadas.

-Por que quer saber? Quer ter outro motivo pra me provocar? Isso seria baixo até mesmo pra você, não acha?-Irritado, ele se vira antes de me encarar com tanto ódio que me encolho, não posso negar que estou sentindo um pouco de medo dele e estou começando a me arrepender de ter vindo parar no meio do mato com um homem que eu não compreendo e que vive 95% do tempo completamente no limite de tão irritado.

-O.que.ela.te.disse?-Pergunta de forma ameaçadora e baixa, fazendo com que eu engula em seco antes de desviar meus olhos dos seus.

-Me chamou de magrela e sem conteúdo, disse que eu seria o último tipo de mulher que você escolheria e deu a entender que o seu único interesse em mim seria somente para a criação de filhos, além é claro de ter esfregado na minha cara que ela sim é mulher suficiente por ter todos aqueles enormes atributos. Satisfeito?-Pergunto encarando seus olhos que não escondem a ira que sente. Dou um pulo quando do nada esse retardado mete um murro forte na coitada da árvore antes de parar para respirar profundamente diversas vezes.