RAFAELLAAcordei no dia seguinte e depois do desjejum, deixei Sofia na casa de meus pais. Em seguida, fui para a agência.
Passei o dia comercializando produtos relacionados à viagens, como: passagens áreas, marítimas ou terrestres, hospedagem, pacotes turísticos, excursões, e ingressos para atrações em outras cidades. Ter Manoela de volta facilitou muitas coisas, pois enquanto ela passou o dia na rua fazendo as inspeções que outrora eu me encarregava de fazer, resolvi boa parte dos assuntos internos da empresa. Pude também fazer a ronda na agência e visitar cada setor, fiscalizando tudo.
Meu pai apareceu logo após o almoço e se manteve por dentro de tudo. Ele que desde a aposentadoria, trabalha em seu escritório em casa. Conversamos um pouco sobre tudo, e ele se foi.
Quando o relógio apontou para às cinco da tarde, encerrei meu expediente e me despedi das meninas. Gizelly saiu cedo do trabalho e me mandou uma mensagem confirmando nosso jantar. Logo em seguida, liguei para minha mãe e perguntei se Sofia poderia ficar em sua casa até mais tarde. Expliquei o porquê e ela prontamente aceitou. Ficou feliz pela notícia do meu relacionamento com Gizelly ter retomado. Conversamos mais um pouco e eu segui para casa.
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Às sete em ponto, Gizelly avisou que estava adentrando o condomínio. E antes de eu sair de casa, dei uma última olhada no espelho. Optei por um vestido leve e confortável, porém, modelando meu corpo. Ele ia até minhas coxas, com um decote drapeado e alça fina. Para compôr o look, pus meu scarpim nos pés. Tudo no preto.
Me vi satisfeita pelo resultado. Então peguei em minha carteira de mão contendo minhas chaves e celular, e tranquei a casa.
Quando cheguei ao andar térreo, vi Gizelly dentro do carro com a atenção em seu telefone celular. O que chamou minha atenção, quase instantaneamente, foi sua jaqueta de couro preta. Essa que me ganha em qualquer ocasião quando está em uso. Desci os poucos degraus bonitos da faixada do prédio e assim que abri a porta do passageiro, ela me fitou. Seu sorriso largo quase me desmontou.
- Não cansa?- Sua pergunta divertida me fez rir. Eu já sabia do que se tratava. Ela desde sempre faz essa mesma pergunta.
Logo me inclinei e selei nossos lábios em um selinho demorado.
- Você também não cansa?- Perguntei de volta, e foi ela quem riu.
Logo deu partida no carro.
Aproveitei para descer o espelho do protetor solar acoplado no teto, e retoquei meu batom. Depois disso, ajeitei meus cabelos, jogando-os para o lado.
- Sosô está com sua mãe?-
- Sim! Nem passei por lá, pois ela com certeza enjoaria. Mas avisei que vou pegar ela ainda hoje.- Respondi com pesar, me acomodando no banco. Em sequência, descansei minha mão em sua perna.
Gizelly parou o carro assim que passamos na portaria, antes de perguntar:
- Pra onde vamos?-
- Bistrô Portuga. Já ouviu falar?-
- É novo?-
- Tem um tempinho que inaugurou, mas você ainda não tinha voltado. Vou pôr no gps.-
Depois disso, seguimos nosso caminho em uma conversa amena. Não demoramos muito para chegar, visto que o restaurante era há algumas quadras do bairro onde moramos. E quando chegamos, o recepcionista nos ajudou com uma mesa legal. Logo nos sentamos.
Após nos acomodar, escolhemos nossos pratos e em poucos minutos os pedidos chegaram. Em seguida, o maitre serviu vinho em minha taça, e martini para Gizelly.