68 - Nada dá certo!

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RAFAELLA

"Rafaella estou aqui na portaria! Não estão deixando eu ter acesso ao condomínio. O que é isso?"

Estava sentada no sofá da sala enquanto amamentava Theo, quando ouvi o áudio de Gizelly. Fazia um tempinho desde a hora que eu acordei e tomei meu café da manhã juntamente de Sofia. Ela, por sua vez, voltou a dormir. Noite passada após eu ter chego da casa de Manu, busquei eles na casa de meus pais e ela despertou. Eu também estive sem sono, por isso ficamos em meu quarto assistindo tv até alta madrugada. Na verdade a minha filha, pois eu não tive cabeça para nada. Contudo a pus em sua cama quando a vi cochilando no sofá, e agora estou aqui com Theo, que também lutava contra o sono; uma vez que acordou mais cedo que o normal.

"Você pode me responder?"

O segundo áudio chegou fazendo com que Theo, de olhos fechados em meu peito, soltasse um som nasal como resposta a mesma. O que atraiu minha atenção.

- Sua mãe é uma imbecil.- Falei para mim mesma, num suspiro contrariado.

"Depois de tantas tentativas falhas, levantei de onde estava, indo em direção ao interior da casa de Manoela. Desci a escada interna que me deu acesso a cozinha, bufando irritada, seguindo até a geladeira atrás de uma garrafa com água.

- Nada ainda?- Ouvi a voz de Manoela logo atrás de mim.

- Estou preocupada.-

- Aqui.- Ela me ofereceu um copo vazio. - Por que não liga pra Jaque? Ela não mora em frente?-

- Não vou incomodar ela mais, Manu. Já fiz isso da última vez.-

- Pois faça de novo. Ou vá até lá.-

Suspirei em resposta, virando o copo na boca.

- Meninas!- Felipe entrou no cômodo, chamando nossa atenção. - A Deo não atendeu, então já que eu advoguei para o pai da namorada do filho dela, eu guardei o número dele. O Thomaz. Ele ficou de entrar em contato com a vó dele e retornaria.-

- Obrigada, Prior.- Agradeci absolutamente temerosa com o desfecho da noite.

Não demorou muito e o celular do mesmo tocou outra vez.

- A Gi está lá. Thomaz disse que a vó não atendeu, e então ele falou com o segurança.-"

O barulho de mais mensagens chegando, tirou-me de meus devaneios.

Era mais um áudio de Gizelly.

"Rafaella, nós não somos mais aquelas adolescentes pra você me proibir de entrar no seu condomínio. Sou mãe dos seus filhos!"

Puxei o ar com força e bufei pesado, encarando Theo que havia finalmente dormido. Por um instante usei o lado racional e pensei em suas palavras. Nós realmente não estamos mais naquela época em que eu proibi ela de ter acesso aqui dentro. Eu teria que lidar com todas as situações, já que escolhi ter filhos com ela. De uma maneira ou outra, nossas vidas estão interligadas para sempre.

Disquei o número da portaria, e logo ouvi a voz de um dos seguranças do outro lado da linha.

"Pedro? Bom dia! É a Rafa do bloco sete, torre nove, andar quatro..... Sim, ta tudo bem! A Gizelly ainda está aí?.... Ótimo, pode liberar a entrada dela.... Sim... Ok, obrigada!... Não, vai ficar livre o passe dela... Ok..."

Levantei com meu bebê nos braços, indo em direção ao seu quarto. O coloquei no berço e segui até meu quarto, atrás da mala feita por mim ontem a noite. Mala essa, com as coisas de Gizelly.

Duas garotas, Um encontro! 2Onde histórias criam vida. Descubra agora