37 - Plantão/Correria/Caos

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GIZELLY

Na manhã de sexta-feira, acordei com meu telefone celular despertando. Senti o peso de Rafaella em minha costa, seu braço sobre minha coluna e sua perna entrelaçada as minhas. Me desvinculei com calma para não acorda-la, já que ela pega no trabalho uma hora mais tarde que eu, e segui para o banheiro. Me arrumei de forma silenciosa e sorrateira, para não acorda-la, visto que fomos dormir quase pela manhã. E quando terminei, apenas me aproximei da cama e deixei um beijo suave em sua testa, me despedindo. Em seguida, pendurei meu jaleco em meu antebraço e saí do apartamento.

Dei partida em meu carro e segui até a padaria perto do condomínio. Durante alguns minutos, me vi presa em devaneios enquanto saboreava de um café quentinho e pães frescos. Enquanto isso, pensava em todo o meu dia e fazia uma agenda mental de tudo que eu teria que fazer. À começar em ir até o portão da creche/escola de Sofia para dar-lhe um beijo. E pensando nisso, olhei as horas em meu pulso e faltava meia hora para o sinal de entrada soar. Com calma, finalizei meu desjejum e acertei a conta no caixa. Em seguida, dei partida no carro mais uma vez seguindo até a escolinha.

Em dez minutos eu estacionava em uma distância considerável, próximo a escola. E assim que fechei a porta do carro e acionei o alarme, segui andando pelo meio fio e em alguns metros avistei a aglomeração na porta da creche. Passei meus olhos por toda a rua e encontrei Prior, Manu e Hariany conversando, enquanto as crianças brincavam na calçada. Sofia foi a primeira a me notar chegando, e correu em minha direção. A peguei em meu colo assim que seu corpinho se chocou contra o meu. E logo Miguel, Bernardo e Gabriel abraçaram minhas pernas.

- Ei, vocês! Vão estudar ou comer merenda?- Brinquei com os quatro, e eles sorriram sapeca. Logo responderam, alguns que iam estudar e outros que ia comer merenda. - Eita bagunça. Vamos lá!- Seguimos até onde os pais estavam, com Sofia ainda em meu colo.

- Cadê a mamãe Rafa, mamãe?-

- Mamãe Rafa essa hora deve estar se preparando pra ir trabalhar. A mamãe trouxe bala fini de banana que você gosta.- Falei mostrando o pacote e vi seu sorriso largo.
- Mas só pode comer na hora da merenda, ta?!-

- Uhum!-

- Cadê sua lancheira, pra mamãe colocar lá dentro?- Perguntei e ele se sacudiu em meu colo apontando para onde Prior segurava as lancheiras. Então a pus no chão e ela foi até lá. Segui logo atrás.
- Bom dia gente!-

- Bom dia!- Todos os três me responderam em uníssono.

- Furacão, eu queria mesmo falar com você.- Prior chamou minha atenção.

- Aqui, mamãe.- Sofia me entregou a lancheira.

- Pode falar, Prior.- O incentivei, enquanto guardada o doce de minha filha.

- Conversei com meu pai sobre a situação do Vicente. Diga à ele, que ele começa quando quiser.-

- Ah, que bom! Mais tarde falo com a Rafa pra ela transmitir o recado.-

Conversamos por alguns minutos até o sinal bater e eu me despedir de minha filha. Essa que pareceu bastante contente em me ver esta manhã. E vai ficar ainda mais quando Rafaella e eu conversarmos com ela sobre nossa decisão de ontem no jantar.

Não enrolei para me despedir de Manu e Hari, deixando um beijo e abraço em Ivy através de sua esposa. Logo segui até meu carro, indo finalmente para o hospital.

A manhã foi agitada no pronto socorro, atendi pacientes dos casos mais estável ao que corriam risco eminente de vida. Acidentes, traumas, entre outros. Quando meu horário de almoço chegou, desci até o refeitório, e junto de outros médicos e enfermeiros, consumimos a comida entre uma conversa amena e digestiva. Na minha mesa estavam, Jaqueline, Arthur, Marcela e Victória. Falávamos sobre a instalação de Jaque em minha casa, a qual se mudou no dia anterior. Hoje, enquanto eu estaria em meu plantão a qual só termina amanhã às dez da manhã, as meninas se prontificaram em ajuda-la no que fosse preciso. Quando terminamos, voltamos para a emergência.

Duas garotas, Um encontro! 2Onde histórias criam vida. Descubra agora