🚨 ATENÇÃO PARA A PASSAGEM DO TEMPO. 🚨
RAFAELLA
Chegamos na paróquia quase estourando o horário. Conforme o combinado, Gizelly e eu fomos até o shopping e conseguimos comprar sua calça jeans branca. Ela também optou por comprar uma blusa social na mesma cor, pois as que ela tem em casa são todas do trabalho. Conseguimos também achar um presente para Francisco. E após termos parado em uma cafeteria e ter feito nosso desjejum rapidamente, seguimos para a igreja.
A mesma estava cheia, repleta dos familiares do bebê e também de outras crianças que ali estavam para ser batizadas. Victória já havia chego acompanhada de uma outra enfermeira, e Márcia também estava presente. Não só por prestígio a filha, mas também como diretora geral do hospital onde o menino ficou internado durante um tempo.
Lembro-me bem de quando Gizelly comentou sobre o estado de saúde dele, há oito meses atrás. Ela havia chego de Boston e duas semanas depois ele deu entrada com apenas dois meses de vida. Francisco era um dos bebês prematuros que havia nascido ali. Foi um dos primeiros casos a qual Gizelly acompanhou. O estado clínico dele era complicado, ele nasceu com problemas respiratórios porém se agravou e precisou ser internado. No entanto, há algumas semanas atrás, ele teve alta.
Cumprimentamos todos com educação assim que adentramos a igreja e nos sentamos. Minha sogra veio falar comigo e nos abraçamos. Ela me felicitava os parabéns pois eu não havia visto ninguém no dia de ontem. Conversamos mais um pouco até o padre chamar a atenção de todos.
Quando tudo foi dito, a cerimônia de batismo deu início. Francisco foi praticamente o último, pois as crianças eram chamadas por ordem alfabética. Eu estava sentada ao lado de Gizelly com nossos braços dados e os dedos das mãos cruzadas. Em um dado momento, onde a igreja estava em silêncio e apenas o padre falando, me bateu um cansaço e um sono fora do normal. Todavia, eu não me deixei levar, apenas deitei a cabeça no ombro de minha noiva e me concentrei em tudo. Porém agora com as movimentações das famílias fazendo fila para o batismo, me animei. Gizelly e Victória seguiram também para a fila indiana juntamente de mais uma madrinha e um padrinho, e os pais do bebê. O pequeno, no entanto, no colo da mãe.
Após todo o processo, a vez de Francisco chegou. Márcia estava de pé próximo ao montinho, com a câmera do celular preparada. Registrava tudo como se fosse uma vó coruja.
Gizelly o pegou em seu colo e o posicionou na pia batismal. Logo o padre com uma jarra, derramou um tanto de água na cabeça e testa. Com as demais madrinhas e padrinho ao lado.
Logo após tudo, todos se posicionaram para as fotos e voltaram para os lugares. E quando a cerimônia de fato terminou, os pais de Francisco nos convidou para almoçarmos em um restaurante onde já estava reservado para a comemoração. Prometemos ir, mas antes fomos até a casa de Ivy e buscamos nossa filha.
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As semanas se passaram logo após esse dia. Dois meses depois comemoramos o aniversário de Gizelly, e com ele fizemos uma confraternização com nossas famílias e amigos próximos. Usamos o club em meu condomínio com direito ao campo de futebol, piscina e área gourmet. Fechamos aquele dia exclusivamente para o almoço que virou festa. Fiz questão de alugar mesa decorativa e contratar um buffet mesmo que pequeno, mas foi bem aproveitado.
Duas semanas depois do aniversário, em que eu vinha me sentindo cansada demais e com um mal estar fora do comum, recebemos a notícia de que eu estava grávida. E esse era o motivo de tanto cansaço, até mesmo de minhas mudanças de humor. Causando um estranhamento familiar entre minha noiva e eu. Nossa data de casamento já estava marcada, e depois de muitas conversas entre ela e eu, de comum acordo optamos por nos casar após as festas de fim de ano e ao fim da primeira etapa do projeto a qual estou empenhada na agência. Mais especificamente no mês de abril do próximo ano. Entretanto não faltava muito, visto que em algumas semanas já seria a primeira festa anual. O Natal.