2/5 FIM
GIZELLY
Acordei na manhã de quinta-feira com o peso de Rafaella sobre mim. Eu estava de bruços, com seu braço em minha cintura e sua perna sobre as minhas. Me desvencilhei com calma para não desperta-la e segui para o banheiro. É nosso penúltimo dia aqui, e eu queria aproveitar tudo que ainda não havíamos usufruído nessa fazenda. Como por exemplo, andar de quadriciclo. Eu estava mais que animada para tal, pois nos outros dias não conseguimos, devido a lotação. Contudo deixamos nossos nomes na lista de aluguel, para reservar pelo menos duas horinhas no brinquedo.
Saí do banheiro vestida no roupão, encontrando Rafa já acordada na cama falando ao telefone. E pela vozinha que vinha do aparelho, supus ser nossa filha. Durante esses quatro dias em que estamos aqui, ligamos para eles pelo menos três vezes. Pela manhã, à tarde e à noite antes do nosso jantar e deles dormirem. Quando terminei de me vestir, Rafaella se despediu e me passou o telefone. No entanto passei a conversar com Sofia e Theo, enquanto ela tomava o banho.
Uma hora depois já estávamos prontas, descendo em direção ao refeitório para o café da manhã. Estávamos na fila para nos servir, quando avistamos Marcella e Vitória chegando no espaço. Mas eu não fiz nada além de acenar de longe. Porém, surpreendentemente, Rafaella fez sinal para que elas se sentassem conosco.
- Achei que não quisesse dividir o nosso dia hoje.- Chamei sua atenção, começando a montar minha bandeja.
- Não é questão de dividir o dia, só não precisamos ficar o tempo todo juntas. Estamos em lua de mel, e elas também estão comemorando aniversário de casamento... Além de tudo, eu gostei da companhia delas.-
- Também gostei.-
Terminamos de nos servir e fomos em direção a uma das mesas na área externa, avisando para as meninas. E quando elas também terminaram, se juntaram à nós.
Durante a primeira refeição do dia, conversamos e rimos um pouco. Elas nos contava sobre os planos para o dia, e nos convidou para dar uma volta na Cidade com elas. Porém Rafaella e eu já tínhamos um compromisso com as atrações que ainda não havíamos aproveitado na fazenda. Portanto só agradecemos e recusamos. Elas entenderam e nos passaram uma cópia dos lugares as quais elas visitariam, para que pudéssemos visita-los também, antes de voltarmos ara o Rio.
O dia hoje aqui no Sul não chovia como choveu a noite toda. Porém aquele friozinho ainda se fazia presente, e o sol resolveu não aparecer. Estava um nublado gostoso. Quando terminamos o café, nos despedimos das meninas e subimos para o quarto. E após fazer nossa higiene e pegar nossas bolsas, descemos novamente para fora do hotel.
A manhã foi extremamente divertida. Tomamos posse do nosso quadricíclo e andamos com ele durante as duas horas alugadas por toda a fazenda. Claro, tínhamos um limite de onde poderíamos ir, e junto de outras pessoas que também aproveitava o passeio, aproveitamos tudo. Assumi o guidão na primeira hora, e na segunda auxiliei Rafaella. Contando com o fato dela passar a maior parte do tempo gritando em desespero, por não ter experiência e me fazer gargalhar, foi tudo tranquilo.
Após isso fomos fazer a degustação de caipirinhas maravilhosas e cachaças artesanais. Rafaella mais uma vez, em milhares naquela manhã, me fez gargalhar com as caretas que fazia ao provar cada bebida. Eram todas gostosas, mas diferente o sabor.
- Nossa!-
Gargalhei ouvindo-a murmurar enquanto fazia outra careta, assim que viramos o shot de uma só vez.
- Ué, não é você a fodona das bebidas alcoólicas?- Brinquei e ela me encarou rindo.
- Me dê cinquenta garrafas de vinho, pra cê ver.-