RAFAELLA
A semana novamente passou sem grandes acontecimentos. Meu trabalho era poupado por eu estar encarregada em acompanhar a obra. Na agência, além de assinar os programas de viagens a qual o setor turísticos organizava toda semana, também revisei alguns documentos de entradas e saídas.
Enfrentei algumas reuniões para a equipe especializada promover destinos turísticos, e essa era a pior parte, pois minha presença servia apenas para aprovar ou desaprovar os projetos. No entanto, minha prima Flavina junto de Ronaldo e Júlia são os responsáveis. E neles eu confiava. E como os últimos meses de minha gestação vem se aproximando, tenho tido menos paciência e disposição para tal. Contudo, eu ouvia tudo que era dito na reunião e no final eu aprovava com apenas uma assinatura. Diferente de todas as outras em que eu opinava em alguns detalhes.
Em casa estava tudo certo. A equipe de decoradores começaram a organizar o quarto de Sofia para receber Theo, e esse estava ficando lindo. Minha filha que até então esteve insistente pedindo por um irmãozinho, e esteve empolgada no início da gravidez, ao ver as movimentações pelo apartamento parecia não está satisfeita. Ela parava na porta de seu quarto todos os dias de forma confusa enquanto a equipe mexia em tudo, e passava a observa-los na missão. Mesmo sem entender, ela prestava atenção em tudo.
Gizelly por sua vez, pegando plantão atrás de plantão, para quando Theo nascer ela conseguir entrar de férias junto comigo. Isso foi resolvido de comum acordo em uma de nossas conversas a qual sempre temos em relação a nossa rotina. E mesmo não a vendo muito nos últimos dias por esse motivo, apenas por chamada de vídeo ou em almoços rápidos durante a semana, não tenho reclamado.
E diante de tantos acontecimentos, minha quinzena chegou outra vez. Era sexta-feira, dia de viajar novamente para o Espírito Santo. Porém dessa vez Gizelly e Sofia iriam comigo.
Desembarcamos em Vitória às dez da manhã; Bianca e Mariana nos esperavam para o almoço. E de hora em hora Bia ligava para Gizelly, querendo saber se já estávamos chegando. Ela já nos aguardava no aeroporto, e sem perda de tempo fomos em direção a sua casa.
Eu normalmente chego aqui no sábado pela manhã, deixo minhas coisas na casa delas e sigo para a obra que não fica tão longe. É bem na capital. Passo o dia todo com a equipe, e quando volto para a casa já está no final de tarde. Apenas para tomar meu banho, jantar com elas e cair na cama, para no dia seguinte eu pegar o voo de volta logo cedo. Entretanto esse fim de semana em especial, Gizelly quis vir visitar a família.
- Chegamos!- Ouvi Bianca dizer já estacionando o carro em frente o portão de sua casa.
- Té que fim, tia dinda...- A fala repentina de Sofia nos fez rir. Essa que estava ao meu lado no banco de trás.
- Que isso?- Perguntei totalmente surpresa por seu dialeto.
Gizelly que estava na frente, logo virou seu corpo para trás:
- Até que enfim, filha?-
- Uhum! Demolou muito mamãe.-
Rimos juntas mais uma vez e então Bianca desligou o carro. Descemos logo em seguida.
Enquanto eu entrava de mãos dadas à Sofia, Gizelly e Bia ficaram para trás, trazendo minha mala que continha minhas roupas e de minha pequena, e a mochila a qual armazenava as roupas de Gizelly. Atravessávamos o quintal quando Mari apareceu na porta de entrada com Chris em seu colo.
- Ei gatão!- Mexi com o pequeno que sacudiu as perninhas animado. E quando chegamos mais próximas, o peguei em meu colo. Esse que veio com um sorriso largo e totalmente banguelo.
- Olha o fogo, Rafa.- Mari disse logo em seguida. - E você, boneca?-
Sofia logo abraçou suas penas, onde Mari se inclinou para pega-la em seu colo.