RAFAELLA
Acordei na manhã seguinte de domingo com o peso de Gizelly parcialmente sobre mim. Sentia também beijinhos suaves em todo meu rosto e pescoço. Despertei aos poucos e ela me deu espaço para me virar, porém sem se afastar. Me espreguicei e encarei melhor seu rosto.
Um sorriso leve curvava seus lábios.
- Bom dia, Bela adormecida!- Seu tom de voz cínico me fez serrar os olhos.
- O que cê quer?- Perguntei com uma falsa frieza, buscando por meu óculos na mesinha de cabeceira.
- Primeiro faça o que eu fiz... Levanta, troca a ferradura, e começamos novamente.-
Com isso soltei uma risadinha preguiçosa, cruzando meus braços em seu pescoço.
- Bom dia, sonsa!- Respondi mais amena, e ela sorriu ainda mais, selando nossos lábios.
- Me desculpe por ontem, tá? Fiquei chateada pela situação, e não por você ter ido se divertir. E me desculpe também pela minha falta de atenção, eu realmente não ouvi você dizendo sobre ela estar por lá.-
- Eu sei que você tem ciúmes dela, mas não rola nada além de uma amizade legal.- Respondi de forma doce, acariciando levemente seu rosto.
- Eu sei, bebê, e confio em você! Eu que sou um boba mesmo, e quando bebo fico pior.-
- Você não é boba. Eu também senti ciúmes ontem e fui arisca com você.-
- Mas eu realmente não sabia que ela ia... Aliás, era só a gente mesmo, ela foi apenas buscar alguma coisa com o Prior. Ou pelo menos foi o que eu ouvi ela dizer.-
- Ta tudo bem agora. Mas vim deitar ontem à noite com vontade de socar você.- Serrei os olhos outra vez e ela riu alto.
- E por que não socou? Adoro apanhar de mulher bonita.-
Abri a boca em descrença com o que eu ouvi, e ela riu ainda mais. Então franzi o cenho e distribui tapinhas em seu ombro. Dessa vez ela gargalhou.
- Sái daqui!- Fingi indignação e ela juntou mais nossos corpos, abraçando minha cintura de forma mais firme. - Me solta, Gizelly!-
- Não solto!-
E com isso ela selou nossos lábios com sequencia de selinhos, enquanto eu ainda lhe encarava séria. No entanto suas sessões de beijinhos desceu para o meu pescoço, fazendo-me sentir cócegas. E foi o estopim para me fazer ter crise de risos.
Aos poucos nos entregamos, e quando demos por fim, já estávamos nos beijando longamente. E antes que o beijo tomasse grandes proporções, encerrei o mesmo segurando seu lábio entre os meus.
- Melhor parar né?! Se não quiser ficar dolorida o dia todo.-
- E por que?-
- Porque daqui a pouco seus filhos vão acordar e não vamos poder continuar.-
- Mas eles estão dormindo agora. E se acordar a gente para...- Novamente aquela expressão de cachorro sem dono a qual consegue tudo que quer.
- Em, bebê?-
- Não me responsabilizo se eles atrapalharem você no meio.- Falei, vendo instantaneamente um sorriso animado aparecer em seu rosto.
- Vou ser rápida e prática.-
Acabei rindo de sua afobação, e então ela voltou com os amaços e beijos em meu pescoço.
E por incrível que pareça, não fomos interrompidas até que nós duas estivéssemos aliviadas.
Foi uma manhã de reconciliação deliciosamente incrível.
....
O dia de domingo passou rápido e preguiçoso. Após o almoço Gizelly sugeriu que fóssemos até o play do prédio aproveitar a piscina. E foi isso que fizemos. Curtimos uma horinha e meia daquela tarde com as crianças. Theo no bebê conforto, apenas de fraudinha e body a qual meu sogro havia presenteado, escrito "Sou do vovô". Sofia na boia com Gizelly, e eu pegando um bronze. Estava precisando.
