GIZELLY
Após ter deixado Rafaella no portão de embarque juntamente de minha mãe, vó, e nossa filha, voltei para o estacionamento do aeroporto na companhia de Gustavo. Conversávamos sobre diversos assuntos, de alguma forma matando a saudade. Meus dias no hospital tem sido puxados, e meu tempo livre tenho dedicado a minha noiva e minha filha. E consequentemente a gravidez. Fazia dias que eu não via Gustavo, pois ele estava em seu último período na faculdade e também andava agarrado no estágio e em seu trabalho. Com isso combinamos de almoçar juntos. Então dei partida em meu carro para minha casa, e ele para a casa de nossa mãe, onde ambos moravam, na promessa de nos encontrar logo, em um restaurante escolhido por ele mesmo.
Nossa tarde foi divertida. Após nosso almoço demos uma volta pela praia. Meu irmão e eu aproveitamos a presença um do outro da melhor forma. E quando nos cansamos de andar pela a areia da praia, sentamos em uma das mesas do quiosque, bebendo água de coco. É gostoso passar tempo assim com ele. Sempre foi. Colocamos o papo em dia, fizemos vídeo chamada com nosso pai, e quando nos demos por satisfeitos, resolvemos nos despedir.
O chamei para ir até minha casa e terminar o dia lá, mas ele teria um compromisso importante com a noiva. Então segui sozinha para o meu apartamento.
O restante da tarde procurei estudar um pouco. Repus a ração da Pluma no pote, água e troquei a areia. Em sequência me permitir trancar no quarto com meu livro de medicina.
Todo conhecimento era pouco.
Passei algumas horas inerte aos estudos, e quando me cansei deitei um pouco. Mas antes vi uma mensagem de mais cedo, onde Rafaella avisava ter chego. E nesse mesmo conteúdo, ela dizia querer conversar comigo. Porém não agora, pois ela se instalaria na casa das meninas e iria direto para a obra. Dei minha resposta e me entreguei ao sono da tarde.
Não sei quanto tempo dormi, sei que acordei ouvindo o toque do meu telefone celular. Era uma ligação de Deolane. Antes de atender, me perguntei se valeria a pena, pois eu realmente estive cansada. Mas como o toque não parou, resolvi atender.
Ligação on
G: -"Oi Deo!"
D: -"Oi Gi, como vai?"
G: -"Vou bem, e aí?"
D: -"O que tem feito? Quero te fazer um convite."
Soltei uma risada fraca antes de responder.
G: -"Bom, eu acabei de acordar. Estudei a tarde toda e acabei pegando no sono."
D: -"Oh, já estou ficando sem graça. Toda vez que ligo para você, é pra te acordar."
Há um riso em sua fala. O que me fez rir também.
G: -"A culpa não é sua, eu que ando cansada demais."
D: -"Eu presumo que seja por causa do trabalho. Com mais um filho, tem que trabalhar mesmo, afinal é mais uma boca né?!"
G: -"Sim!"
Respondi ainda rindo de sua fala divertida. E então ela suspirou derrotada do outro lado da linha.
D: -"Bom, eu só queria te chamar pra beber em um barzinho. Chamei os meninos mas o Felipe parece estar com a esposa em casa, e o Lucas saiu com a família."
G: -"Hum... Vou ficar te devendo hoje, Deo. Rafaella e Sofia viajaram, tenho que estar de prontidão caso elas precisem. Mas vamos marcar em outra ocasião, talvez Rafaella até nos acompanhe."
D: -"Sim, claro! O convite se estenderia a ela e as meninas também. Mas acho que a esposa de Felipe terá bebê, ele parecia preocupado."
G: -"É mesmo? Vou me certificar com ele. Mas em todo caso, obrigada pelo convite."