67 - Dois pesos, duas medidas.²

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GIZELLY

Cheguei na casa de Manu e Prior por volta das sete e quarenta e cinco da noite. Eu havia chego em casa depois do trabalho e descansado um pouco. E quando adentrei o quintal, subindo para o terraço, vi todos os nossos amigos ali. Os familiares do meu amigo, e as primas de Rafaella também estavam presente. Exceto a mesma. Cumprimentei todos que ali estavam e procurei um canto para me sentar e aproveitar a festinha de forma tranquila. Logo Prior chegou me servindo de uma garrafa com cerveja. Agradeci e conversamos por um bom tempo até ele se afastar e dar atenção aos outros convidados.

A primeira hora se passou e eu já estava cercada de meus amigos. O terraço da casa havia uma mesa decorada com bolo e docinhos, e pelo chão estavam espalhados as mesas e cadeiras dos convidados. Estávamos jantando em uma dessas mesas, quando em um ato impulsivo e totalmente involuntário, visualizei as horas em meu telefone celular. Nove da noite. Varri os olhos por toda área e nenhum sinal de vida de Rafaella. Automaticamente me preocupei, pois é aniversário do marido de sua prima. Alguma coisa pode ter acontecido.


Eu:
Você não vem na casa da Manu?

O que mais me preocupou, foi a mensagem não chegar até ela. Então resolvi ligar. No entanto, a chamada foi direto para a caixa postal. E não só essa, mas sim as outras três vezes em que eu tentei. E antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, Marcella chegou na mesa, passando o pequeno Davi para o colo de Lucas.

- Marcella? E a Rafa, não vem?- Perguntei para a mesma, que primeiro olhou todo o ambiente, para logo me responder:

- Já era pra ela ter chego. Ela disse que viria depois do jantar.-

- Que jantar é esse? Você sabe?-

- Eu não sei muito bem, mas a Barbara esteve lá mais cedo. E eu ouvi ela dizer pra Manu que era aniversário dela. Parece que também está dando um jantar.-

- Ok... Obrigada!-

Antes que eu pudesse pensar em coisa errada, tentei mais uma vez me comunicar com ela. E novamente não consegui. Então resolvi deixar pra lá, afinal, conversamos e ela garantiu que iria se afastar. Coisa que eu também tenho feito em relação a Deolane. À começar por hoje, onde eu só a cumprimentei no início da noite e não ousei ficar perto. E nem pretendia. Minha intenção é cortar relações aos poucos, sem que a própria advogada perceba e pergunte algo. Mas mesmo assim, não deixei de me incomodar.

A festa continuou rolando de forma animada. Havia bebidas e comidas a vontade, e eu não deixei de me divertir. Não de forma exagerada. Eu me entretia em meio as conversas, risadas e bebedeiras. Faz tempo que eu me encontro com todos os meus amigos do colegial para aproveitar a noite dessa forma.

E estava gostoso.

Mas em um dado momento, pensei em Rafaella novamente. Porém ela ainda não havia chego, e eu já estava ficando chateada por isso. Peguei em meu telefone celular e a mensagem a qual eu havia mandado, não chegou até lá. Entrei em minhas redes sociais e ela não havia postado nada, então resolvi entrar na página de Bárbara. O que me fez arrepender amargamente por isso, foi ter visto uma foto postada há uma hora atrás onde Bárbara marcava Rafaella. E pela imagem, estava claro que as duas estavam curtindo a noite a sós. Pela localização, elas estavam aqui por perto, em um restaurante de frutos do mar. Não era um jantar oferecido pela aniversariante, era uma espécie de encontro. Franzi o cenho extremamente incomodada com a legenda da foto.

"Curtindo o aniversário na melhor companhia"

Bufei irritada, guardando meu telefone na bolsa.

- Que foi, bicha?- Ivy perguntou ao meu lado. A encarei de forma séria. - Eu hein, trem. Bufando igual um búfalo do meu lado.-

Não respondi, apenas peguei uma garrafa de cerveja a qual foi servido na mesa enquanto eu bisbilhotada as contas alheias.

Duas garotas, Um encontro! 2Onde histórias criam vida. Descubra agora