28 - Não me faça vir te buscar!

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RAFAELLA

A metade da semana passou voando. Em um piscar de olhos a quinta-feira chegou. E com ela, muita correria. É a última semana de férias de Sofia, então antes de ir para a agência, tirei a manhã para resolver questões escolar. Renovei os materiais e também acessórios do uniforme. Como: outro par de sapatos novos, lacinhos de cabelos, e afins... Almocei quando terminei o que fui fazer e segui meu caminho.

Quando cheguei ao escritório da agência, Manoela e Marcella ainda estavam na rua. Ainda no horário de almoço. Sentei em minha mesa e tomei posse de alguns documentos as quais esperavam a minha revisão e assinatura. Documentos esses referente as renovações de contrato com os fornecedores de mercadorias para a cozinha e restaurante dos hotéis, e também com a lavanderia a qual toda semana manda uma equipe especializada para fazer a lavagem à seco das roupas de cama de cada quarto. E quando terminava de assinar a última folha da pasta, minhas primas passaram pela porta numa falação só.

- Eita que o tricô ta bom hoje em...- Brinquei quando elas entraram e fecharam a porta.

- Achei que não viesse mais hoje.- Manu comentou se sentando em sua mesa.

- Tive que resolver as coisas da Sosô, as aulas dela voltam segunda.- Terminei o que fazia e fechei a pasta. - Lella, tudo pronto com isso aqui.-

- Vou pedir para o Sidney vir buscar... E foi bom me lembrar, preciso ir ao centro comprar os materiais do Gabriel.-

- Ao mesmo tempo que eu penso em ter filhos, eu já desisto de ter.- Manu voltou a dizer de onde estava, nos fazendo rir.

- É essa correria sempre. Ta achando o quê?!- Respondi num suspiro cansado enquanto ligava o computador.

- Gabriel ainda está enchendo minha cabeça querendo um irmão.-

- Além de encher a sua, ele ainda quer encher a da Sofia.- Minha falsa indignação fez ambas rirem.

- Como assim, Rafa?- Perguntou curiosa.

- Ela estava em casa com essa história, de querer um irmãozinho.-

- E por que não dá?- A pergunta de Manoela me fez encara-la séria. O que a fez gargalhar. - Ué, Rafa...-

- É tão simples resolver isso.- Marcella deu de ombros, atraindo minha atenção.

- Faz então, a vontade do Gabriel?-

- Depois!-

Manu e eu rimos juntas com sua resposta medonha.

Depois disso, encaramos uma tarde cheia de trabalhos. Estávamos tão concentradas no que fazíamos, que nossa sala esteve em silêncio a maioria do tempo. Ouvíasse vez ou outra apenas suspiros cansados, as rodinhas das cadeiras em alguns movimentos nosso, e os dedos contra as teclas do computador e notebook.

Quando meu telefone celular despertou às quatro da tarde, encerrei meu expediente. Eu estava de consulta marcada para essa mesma tarde. Então juntei minhas coisas e separei a pasta a qual trabalhava no projeto, para dar continuidade em casa. Em seguida me despedi de minhas primas e segui até a garagem atrás do meu carro.

Quando cheguei ao edifício hospitalar, me identifiquei com minha carteirinha de paciente na recepção geral, e fui designada com um crachá para o andar clínico. Meu período menstrual já havia passado, então na noite anterior liguei para Marcela e pedi para que me encaixasse em sua agenda. Ela prontamente atendeu meu pedido, que mais parecia uma súplica. Pois eu precisava mesmo me consultar e voltar a me cuidar como há anos atrás a qual eu tive uma vida sexual ativa. Eu precisava voltar com meu anticoncepcional e não mais com pílula do dia seguinte como foi há quase duas semanas atrás. Ou correria o risco de Sofia ter o que ela mais quer no momento.

Duas garotas, Um encontro! 2Onde histórias criam vida. Descubra agora