61 - Mentiras

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RAFAELLA

Na manhã de segunda-feira Gizelly e eu fizemos nosso desjejum devidamente prontas para o trabalho. Bastava esperar pela chegada de Joana em seu apartamento para ficar com Theo. Sofia estava em nosso meio, degustando de sua mamadeira e seu pãozinho de mel, a qual ela adora no café da manhã.

Conversávamos sobre todo nosso dia, e tudo que rolaria durante ele. E quando estávamos finalizando o café, a babá chegou. Essa que tem uma cópia da chave de nossos apartamentos. Foi um combinado nosso, pois ela chega bem cedo, correndo o risco de acordar o bebê pelo simples barulho estridente que a companhia faz. Ouvimos o barulho da porta se fechando, e logo em seguida sua presença no cômodo.

- Bom dia meninas!-

- Bom dia meu amor!- Fui a primeira a recebe-la.

- Bom dia Gringa!- Gizelly logo se pronunciou.

- E você, minha princesa. Vai para a creche?-

- Uhum.-

Rimos as três pela falta de diálogo matutino de Sofia. Essa que acordava de mal humor, tanto quanto Gizelly.

- Gringa já estamos indo. Theo ainda dorme.- Gizelly voltou a dizer já se levantando.

Levantei logo em seguida, e enquanto elas conversavam, segui para o banheiro com Sofia.

Após nossa higiene, Gizelly e eu buscamos por nossas bolsas e nos despedimos de Joana. Meu carro estava em meu condomínio, portanto Gizelly levaria Sofia e logo após me deixaria na agência, para finalmente ir ao hospital.

E foi isso que ela fez.

- Cê vem me buscar?- Perguntei assim que chegamos em meu trabalho.

- Venho! Me espere por volta das seis. Te levo em casa e volto.-

- Tem plantão hoje?- Perguntei de cenho franzido, vendo-a assentir enquanto ajeitava o espelho retrovisor. - Uai, eu achei que....-

- O plantão de sexta para sábado foi uma troca. Eu substituí o Arthur.-

- Hum...- Ergui as sobrancelhas em concordância, sentindo sua aproximação, para logo em seguida selarmos os lábios.

- Quem vai buscar a Sofia?-

- Kelly. Já pedi pra ela deixa-la na sua casa.-

- Ok. Estou indo! Se cuida.-

- Se cuida também.- Quem se aproximou dessa vez fui eu, para mais um estalar de boca. - Te amo!-

Em resposta ela segurou meu rosto, deixando outro selinho, mas dessa vez mais demorado e perfeitamente carinhoso.

- Me liga qualquer coisa, ok? Eu largo tudo e venho correndo.- Seu pedido manso e totalmente preocupado me fez sorrir ameno.

- Você também! Agora fui, estou atrasada.- Falei por fim e desci do carro.

Ela então deu partida, buzinando antes de deixar a entrada do triplex, para então pegar a estrada.

Passei pela portaria da agencia cumprimentando todos que trabalhavam na recepção, e mais a frente na repartição de viagens. Segui caminho para o elevador, checando meu telefone celular. Eu havia marcado um horário com Léo em meu escritório, para conversarmos a respeito dos áudios em que ele mandou para Gizelly na noite de sábado. Havia uma mensagem dele no qual dizia estar a caminho.

No dia anterior de domingo eu estive ausente de tudo. Curti meu dia com minha noiva e meus filhos, sem pegar sequer no aparelho. Havia mensagens e ligações de algumas pessoas e amigos que eu só pude ver hoje cedo no café da manhã. E uma delas era de Léo. Esse que esteve preocupado e curioso com meu pedido para esse encontro repentino.

Duas garotas, Um encontro! 2Onde histórias criam vida. Descubra agora