Prólogo

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(Nota da autora: É minha primeira fanfic, então perdoe os erros que houver. Espero que gostem. Não se assustem com a quantidade cap. eles são curtos)

Naquela noite fria do segundo mês do ano, nascia o quarto filho do Rei Viserys I, primeiro de seu nome e o terceiro filho da rainha consorte Alicent Hightower, príncipe Aemond Targaryen, muito menor que o primeiro filho da rainha quando nasceu. O príncipe chegou ao mundo aos berros, com os olhos lilases escuros, cabelo platinado e corpo magro.

Todos os grandes senhores dos reinos de Westeros haviam se ajoelhado e prometido lealdade a jovem princesa Rhaenyra Targaryen há mais de 5 anos. Mas, mesmo com a promessa de uma herdeira mulher ao Trono de Ferro pela primeira vez em 100 anos da história da Casa Targaryen em Westeros, lorde Otto Hightower juntamente com a sua filha, Alicent, traçavam o destino de sua própria linhagem. Os sussurros, as conspirações e mentiras se espalhavam ainda com pequeno Aegon e a bebê Helaena em suas fraldas, o destino deles estavam encaminhados muito antes de seus nascimentos.

No entanto, o destino não é algo que possa ser controlado, e os anos já estavam escritos.

Príncipe Aemond Targaryen desde o momento que deu seu primeiro choro ao mundo só se acalmava quando dormia no mesmo berço que a sua irmã, Helaena Targaryen, de apenas 1 ano.

As aias se sentiam mais do que satisfeitas em acalmar o pequeno desta forma, já a mãe Alicent, passava mais tempo longe do quarto das crianças, e nem mesmo com a sua esperteza e olhos de águia fora capaz de perceber a ligação que estava sendo desenvolvida entre os irmãos.

Quando cresceram tiveram idade pertinente para se mudarem para seus próprios quartos. Aemond e Helaena não tinham mais justificativas para continuar dormindo na mesma cama, mas antes da mudança, eles eram amigos pela noite, conversavam sussurrando sobre a corte que vivia no castelo dos pais, riam das trapalhadas dos guardas quando chegavam perto dos dragões e falavam sobre outros reinos, continentes e até mesmo sobre a antiga Valiria.

Príncipe Aemond cresceu forte, obstinado, sarcástico e observador, enquanto, a jovem princesa Helaena era silenciosa, meigae ignorada pelo irmão mais velho. Ela tinha como companhia os jardins que cercavam a ala leste da Fortaleza Vermelha.

Aemond treinava diariamente com seus sobrinhos e seu irmão, por vezes era motivo de zombaria, orquestrada por Aegon e ao som das gargalhadas dos sobrinhos, por ser magro demais e desengonçado. Treinamento o fez com os anos um guerreiro habilidoso e melhor espadachim do grupo de jovens. Quando os treinos terminavam, não era possível encontrar Aemond pelo castelo ou na farra com seu irmão mais velho ou até mesmo ao lado do pai e avô que administravam o reino. Aemond estava sempre no mesmo lugar, no seu quarto, sentado no baú abaixo da grande janela, observando a jovem Helaena pelo vasto jardim que cuidava das suas flores, plantas medicinais e aprendendo sobre o poder das ervas juntamente com as aias auxiliares do grande meistre.

Helaena era uma jovem quieta e sonhadora, sua mãe jamais entendeu como sua única filha mulher poderia ser tão diferente de todos, preferindo as plantas, o silêncio e falar frases desconexas com a realidade. Ninguém entendia que Helaena tinha sonhos proféticos e por vezes visões que surgiam e saiam sem filtro por seus lábios. Para os meistres era apenas devaneios de uma jovem sonhadora demais; para a mãe era motivo de vergonha, mas toda a noite em suas orações agradecia aos Sete por não ser algo frequente; para os irmãos era motivo de graça ou apenas a ignoravam na maioria das vezes; para o avô era nada demais, pois Helaena seria apenas a esposa de um de seus netos. Aemond prestava maior atenção na irmã, mas mesmo ele, não a entendia. A solidão de seus pensamentos e visões que obscureciam sua mente era apenas o fardo de Helaena.

O amor é algo incrível, porém também avassalador e destruidor, capaz de deixar corações em pedaços e envenenar a alma. Loucuras podem ser cometidas em prol do tão idealizado amor genuíno.

Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora