HELAENA TARGARYEN
Três dragões estão me encarando:
O primeiro com a cabeça pendente para o lado.
O segundo com o corpo deitado no chão.
O terceiro com as patas retorcidas.
Eles estão com medo de mim...☆
Minhas pálpebras estão pesadas. Não consigo despertar por completo. Tenho sono, fome e sede. Eu deveria estar agora indo para Essos. Meu corpo está dolorido em diversos lugares, principalmente minhas bochechas. Acordo para encontrar um quarto vazio. Esse quarto não é meu. Essa cama não é minha. Eu não deveria estar aqui.
Olho para baixo e vejo uma das minhas camisolas, eu não estava vestida assim quando entrei no quarto. Quantos dias estou aqui?
Eu odeio esses sonhos vermelhos. Algo acontece quando tenho eles. E quase sempre são acontecimentos ruins.
Sinto gosto amargo nos lábios, eu conheço essa poção. Leite de papoula serve para aliviar dores e é ótimo para quem tem problemas para dormir. Minha mente ainda está nublada por diversas informações que chegam ao mesmo tempo.
Passo a língua pelos lábios e sinto eles secos. Sento na cama e pego na mesa ao lado uma caneca de água e tomo tudo sentindo mais sede. Levo uma mão ao rosto, sinto mais dor na minha bochecha esquerda. Minha própria mãe me bateu.
Levanto rapidamente da cama e visto um roupão que sei que é meu também. Trouxeram minhas coisas para cá. Caminho até a porta mesmo me sentindo fraca. Meus cabelos estão soltos pelas costas, estou despenteada, mas não me importo. Preciso encontrar Aemond.
Abro a porta do quarto da minha mãe e vejo dois guardas parados. O que me chama atenção é alguém sentado no chão com os olhos fechados. Aemond.
Sua cabeça está apoiada na parede. Ele parece estar cochilando.
— Aemo... — minha voz sai rouca e baixa. Sinto minha língua pesada. Minha garganta está seca.
Aemond levanta rapidamente e tenta entrar no quarto, os guardas o impedem.
— Tirem as mãos de mim agora ou irão perdê-las — ameaça Aemond aos guardas.
Eles saem de seu caminho, porém de forma relutante. Aemond entra no quarto e fecha a porta atrás dele. Ele me alcança rapidamente em dois passos. Gentilmente ergue meu rosto para ele e beija meus lábios.
— Elilla, por favor. Diga-me que aconteceu com você — diz ele contra meus lábios. Seu único olho parece cansado e com uma olheira profunda. Meus olhos se enchem de lágrimas. *(querida, em valiriano)
— Não conseguimos fugir, Aemond. Eu queria tanto — observo o aposento da nossa mãe. —, Eles descobriram... Nossa mãe sabia da fuga. Foi o Sor Criston Cole que me trouxe aqui... Ele estava na passagem secreta quando eu ia fugir — digo sussurrando para ele.
Aemond não parece surpreso, embora sua expressão fique sombria e sua testa franzida até virar uma ruga entre seus olhos. Ele passa a mão no meu rosto. Eu me encolho pela dor que sinto.
— Foi ele que bateu em seu rosto? — pergunta ele.
— Não, foi a nossa mãe. Ele apenas me trouxe até aqui — a manga da minha camisola desce pelo braço quando levo a minha mão ao rosto de Aemond. Ele vira o rosto para ver melhor meu braço que está com marcas roxas de dedos. Ele me lança um olhar questionador. —, Não sei se foi nossa mãe quando me agrediu ou quando o Sor Criston me trouxe para cá.
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Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)
RomanceDinastia dos Dragões: A história de amor agridoce de Helaemond merece ser contada. Casa Targaryen é conhecida por reinado de glórias, poder, sangue e dragões. Nessa história de romance destruidor e proibido: A jovem Helaena Targaryen sofre as adver...