Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)

32. O casamento

HELAENA TARGARYEN

Chegou o dia do meu casamento e a tarde transcorre tão rápida que estou ao mesmo tempo nervosa e estressada. Diversas aias ajustam meu vestido no meu corpo. Eu detesto ser tocada, mas tenho que aturar. Penso na noite de núpcias de como será ser tocada intimamente por outro homem, no entanto, eu me acostumei com o toque do Aegon por causa dos nossos passeios e bailes por 10 dias seguidos juntos.

Estou pronta para entrar na sala do Trono de Ferro onde será feita a cerimônia. Esse é meu dever, eu fui ensinada desde que nasci para cumprir meu papel com essa corte. Minha mãe e irmã não se casaram por amor e não abaixaram a cabeça. Encho meu peito de ar e ergo a cabeça. Um dragão não teme.

As portas se abrem e há um corredor de pessoas me encarando ansiosamente. Minhas pernas que estavam moles ganham força suficiente para caminhar até o Trono de Ferro. Observo tudo na minha volta. Meus familiares, as cores diversas de casas que estão presentes para a celebração, mas não encontro ele em lugar nenhum. Estou sozinha.

Subo os degraus que levam de frente ao trono. Papai, que está corado e um largo sorriso no rosto, me dá um beijo na testa. De canto de olho percebo minha mãe chorando, eu ignoro totalmente. Fico de frente para Aegon que está com a tiara dourada, com o rosto solene e um gibão verde elegante com detalhes dourados.

O Alto Septão faz os votos de casamento pela Fé dos Sete. Aegon coloca anel dourado com uma pedra preciosa verde no meu dedo. Estamos casados para sempre diante do Deus de sete faces.

Longe daqui foi possível escutar um rugido do lamento de algum dragão. Vhagar.

☆

Após os brindes e felicitações de casamento, estou pela primeira vez sozinha nos aposentos do Aegon. Sua cama é enorme, com várias almofadas verdes e uma colcha dourada por cima. Seu quarto é muito maior que o meu e de nossos irmãos. Está cheio de velas nas laterais dos aposentos. Observo que não tem nada que me conte mais sobre ele.

Faz alguns minutos que a aia me deixou sozinha no quarto após me ajudar com o vestido e o banho. Estou com os cabelos soltos e penteados para a frente do meu corpo com um robe rosa de seda que vai até meus tornozelos, amarrado por uma fita envolta da minha cintura. Estou nua por baixo.

Estou tão nervosa que tenho medo de desmaiar. Olho para as minhas mãos que estão tremendo pela ansiedade de estar sozinha com o Aegon. Passar meu tempo com outras mulheres antes do casamento foi um pouco mais esclarecedor sobre a primeira vez; minha mãe disse que a primeira vez tendo relações pode doer; Rhaenyra disse que com o tempo pode se tornar prazeroso se eu me permitir desfrutar.

Penso em Aemond e como gostaria que ele estivesse comigo, ele me decepcionou nesses últimos tempos, por mais que eu compreenda ele... não quero pensar nele agora. Olho para o meu anel com a pedra verde que Aegon me deu. Estou casada e esse é meu dever.

Não escuto a porta sendo aberta. Sou tirada das minhas lamentações quando percebo que tem mais alguém no quarto. Tirando os olhos do meu anel, eu olho pra cima. Aegon está parado na minha frente me encarando fixamente. Minhas bochechas ficam em chamas.

— Eu não vou te machucar — diz ele, enquanto me observa atentamente dos pés a cabeça. — Você esteve com algum homem antes? — pergunta ele.

Nego com a cabeça ainda olhando para ele. Aegon está também com um robe só que verde escuro preso na cintura por uma fita. Ele também deve estar nu por baixo. Passo as mãos suadas de nervosismo pela seda envolta da minha pele. Seus olhos estão ainda nos meus. Noto seu corpo largo e seu peito claro que aparece na abertura do robe. Ele tem pelos claros no corpo.