62. Ponta Tempestade

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(Leia o capítulo com calma, é sobre o AEMOND e não os outros).

AEMOND TARGARYEN

Horas antes nas Terras da Tempestade...

Ponta Tempestade é um dos maiores castelos dos Sete Reinos. A princesa Rhaenys era filha da lady Jocelyn Baratheon com nosso tio-avô Aemon Targaryen. O lorde atual é o Boros Baratheon que perdeu seu filho para a Febre do Outono, deixando-o apenas filhas com idade para casamento.

Nosso avô conversou conosco antes da coroação de Aegon para cada um viajar para um lugar e forjar alianças. Todos se ajoelharam anos antes para a Rhaenyra, mas um reinado é feito de acordos promissores.

Terei que prometer casamento com uma das filhas para conseguir as espadas da Casa Baratheon. Irei me comprometer, mas não irei cumprir. Aegon estará morto até lá, assim essa aliança será temporária. Eu não preciso do Boros Baratheon para nada, apenas que lute, por enquanto, por Aegon.

Estou sobrevoando as terras da tempestade com a Vhagar. Minha garota é rápida e resistente, não teme absolutamente nada, nem mesmo os raios se formando e ecoando pelo infinito céu.

Sinto cheiro de chuva, liberdade e a promessa de vingança. O rosto doce de Helaena aparece na minha visão. Fecho os olhos lembrando da sua expressão de decepção quando não a escutei hoje.

Farei o que for preciso para assegurar a vida dos nossos filhos, Hela.

Como eu já sabia a família Baratheon é uma das mais patéticas que tive o desprazer de tratar. Eu não faço por Aegon ou pela minha casa. Faço pela proteção de Helaena e as crianças. Não confio em Rhaenyra e muito menos em tio Daemon.

— O príncipe decidiu sair das paredes do castelo de Porto Real, então? — questiona, agora, Boros sentando em seu trono. —, O que podemos fazer por você?

Entrei faz pouco tempo e fui escoltado até a sala principal. As filhas do lorde Boros estão sentadas próximas me encarando.

— Lorde Boros como deve estar sabendo meu pai descansa com os deuses. O novo rei é meu irmão Aegon segundo do seu nome — sinto a minha garganta se fechando em dizer isso. — Portanto, vim junto da minha estimada Vhagar fazer um acordo com a sua casa para apoiar nossa causa.

Boros ergue uma sobrancelha. Sim, ele está sabendo que meu pai está morto, mas não quanto a coroação de Aegon. A carta ainda não deve ter chegado para ele.

— Príncipe Aemond, eu sou por anos lorde de Ponta Tempestade e você e sua família nunca quiseram forjar alianças conosco. Somos parentes da princesa Rhaenys como bem sabe — diz Boros.

Vejo suas filhas levantarem e vir para perto do pai.

— Sei... estou aqui para pedir a mão de uma das belas donzelas presentes para casamento. Estou a disposição — faço uma mensura.

Detesto tudo isso.

— Veja bem... — diz ele esfregando seu queixo sobre sua barba grisalha —, tenho quatro filhas com idade para casamento. Você pode escolher qualquer uma..., mas quero que seu outro irmão, príncipe Daeron se case com a mais nova.

Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora