Epílogo

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No dia que partimos de Westeros para Essos sabíamos que não iríamos permanecer para sempre em outra terra que não a nossa, por mais que viajar e conhecer novos lugares seja interessante, sempre voltamos para a nossa casa.

Fazia um pouco mais de dois anos que estávamos em Essos quando o Aemond escutou nas docas dos portos que a Triarquia havia retornado fortemente e com armas capazes de derrubar dragões, então enviamos uma carta para a Rhaenyra avisando do perigo eminente.

Um pouco mais de um mês recebemos uma carta informando que o Daeron havia sido gravemente ferido em batalha mesmo com a sua feroz dragão. Aemond que estava ansioso fazia semanas decidiu que deveríamos partir para Westeros, pois não estávamos seguros nesse solo, eu sabia que ele estava preocupado com a nossa dinastia e principalmente com o nosso irmão.

Partimos para Westeros logo que recebemos a carta tentando não pensar o pior. Vhagar que estava inquieta nem mesmo aguardou por Dreamfyre para partir rumo a Westeros, Aemond e ela foram rapidamente. Meus instintos diziam que nossa família sofreria uma grande perda. Abracei meu marido, o beijei e o amei com o meu corpo antes dele viajar. Ele só sorriu dizendo que encontraria um meio de retornar para mim.

Eu, as crianças e os empregados e nossos dragões chegamos em solo westerosis dois dias após viagem. As crianças estavam ansiosas para encontrar os primos, não fazendo ideia do que estava acontecendo.

Avistei a Fortaleza Vermelha em toda a sua glória sendo aquecida por um sol radiante, e ao horizonte era possível enxergar fumaça. Sentia meu coração na garganta em preocupação com todos, não fazia ideia do que poderia estar acontecendo nesse exato momento.

As crianças foram levadas para o quarto dos outros e nem mesmo descansei antes de ir atrás de Rhaenyra. Minha irmã estava sentada sozinha de frente para a longa mesa do conselho com o rosto abatido e preocupado olhando sem foco para os mapas espalhados.

Entrei rapidamente e a abracei sentindo seu cheiro tão conhecido de frutas cítricas. Nosso abraço durou muito mais que segundos, sentei ao seu lado segurando sua mão em silêncio.

Aguardávamos por notícias vindas de Derivamarca. Soube durante a viagem pelo capitão que atacaram com tanta força contra as terras da serpente marinha que nem mesmo os seus navios resistiram. Todos estão nessa batalha. O golpe foi arquitetado durante anos com apoio de espiões durante a corte do nosso pai, Rhaenyra e Aegon. Enquanto brigávamos entre si, nosso inimigo se fortalecia.

Guardas entravam trazendo cartas do que estava acontecendo. Eu lia todas para a Rhaenyra, pois ela estava perdida em pensamentos sem comer e sem beber nada. Baela estava em seu quarto ansiosa esperando pelo marido, havia recentemente descoberto que ela estava grávida. Rhaena havia chegado alguns dias antes com a sua filha, Aemma, nos braços, fugida deixando o marido para trás.

Não sabíamos quanto tempo havia passado se segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses ou talvez anos.

O preço de ser uma mulher que não vai para a guerra é aguardar por notícias e rezar para quem amamos voltar seguro para casa. Ouvimos rugidos de dragões chegando em Porto Real, Rhaenyra levanta rapidamente saindo por uma porta que leva diretamente para a sala do Trono de Ferro. Sigo ela com a respiração presa na garganta.

Ao chegarmos na sala, alguns guardas entram sorrindo informando que vencemos a guerra. Eles falam sobre dragões e vinganças, ficamos aliviadas e apreensivas também.

Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora