Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)

50. Segredos

AEMOND TARGARYEN

Tenho andado pela cidade em busca de novos livros para crianças e brinquedos. Os gêmeos gostam de ganhar presentes. Sempre estão pedindo para qualquer um que entre no quarto. A história de hoje será do Dragão de Gelo: uma história que conta a existência de um dragão preso na Muralha no Norte.

Mandei fazer uma correntinha de prata com um pingente dragão azul-claro para Helaena. Ela já tem o dragão de pedra preciosa que dei de aniversário anos atrás, ela deixa em cima da sua penteadeira. Quase derrubamos dias atrás enquanto eu fodia sua boceta contra ela. Só de pensar nela curvada me recebendo por trás fico de pau duro. Ajusto meus calções.

Estou no meio da cidade.

Escondo ainda mais meu rosto atrás da capa preta que estou vestindo. Ninguém faz ideia de que entre eles tem um príncipe perambulando livremente.

☆

Helaena está estranha faz uma semana. Ela ainda continua agindo normalmente com todos, mas só comigo ela está diferente. Faz meses que eu não tenho ciúmes ou ameacei algum parente. Que será que eu fiz?

Estou olhando para Helaena bordando uma toalha enquanto estou sentado no chão do quarto das crianças. Recosto no sofá novamente porque tem uma pequena menina em pé nele mexendo no meu cabelo. Olho para cima vendo a pestinha enchendo meu cabelo de presilhas da sua mãe. Jaeh é uma menina doce e esperta. Seu cabelo está comprido e volumoso como da Helaena e seus olhos são lilases escuros como os meus e dos meus irmãos. Seu vestidinho verde com babados é uma fofura. Me tornei um molenga.

— Calma, princesa. Assim vai arrancar todo meu cabelo — sorrio fazendo careta. Ela solta uma risadinha e continua mexendo nele.

Rys está pendurado na minha perna tentando fazer de cavalinho. Jaeh prendeu seu cabelo também e ele não sabe se briga comigo por não deixá-lo montar na minha perna ou pelo seu cabelo estar cheio de coisas penduradas.

— Papai queio cavalinho — diz Rys puxando minha perna.

Helaena abre a boca para corrigi-lo novamente por ter me chamado de pai somente essa tarde, mas ela não consegue dizer porque uma voz a atrapalha.

— Que porra é essa? — grita alguém. Rys dá um pulo de susto e Jaeh se desequilibra assustada caindo no chão. Não deu nem tempo de pegá-la de tão rápido que foi.

Ela levanta rapidamente com o rosto assustado olhando pra porta. Está tão apavorada que nem chorou. Olho para quem está entrando no quarto furioso. Aegon.

— Que porra é essa que ouvi? Porque você chamou ele de pai, Jaehaerys? — o pequeno olha para cima assustado com o tom de repreensão.

Coloco Jaehaera sentada no sofá vendo se tem algum machucado em seu corpo, não tem nada visível. Olho por cima do ombro para Aegon.

— Olha o jeito que fala seu imbecil. Está assustando eles — digo me segurando para não quebrar novamente seu nariz torto.

Ele me ignora e vai até o Rys. Viro agora direto para o idiota, vou tirá-lo desse quarto agora mesmo, mas Helaena levanta as mãos me pedindo para parar. Ela pega o Rys no colo antes do Aegon alcançá-lo.

— Para com isso, Aegon. Eles apenas se enganaram. Aemond fica mais tempo com eles e chamam ele assim, mas todas ás vezes digo que ele é o tio Amon. Nunca mais fale dessa forma perto deles, os gêmeos não são acostumados com gritos — Helaena está furiosa.

Olho para Jaehaera que ainda está olhando assustada para o pai.

— Jaehaerys, olha para mim. Quem é o papai? — Rys olha para a mãe fazendo bico de choro e desvia o olhar para mim apontando.