53. Conspiração

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AEMOND TARGARYEN

Estamos dentro da banheira agora depois que Helaena pediu para trazerem água quente. A banheira é pequena mais cabe nós dois. Helaena se recosta no meu peito e meu queixo descansa sob seu ombro vendo seus seios fartos cercados pela água. Sua trança agora está em um coque com fios soltos pelas têmporas. Abraço sua cintura colocando as mãos ternamente em seu ventre.

— Você já pensou nos nomes? — pergunto, assistindo ela passar um pedaço de sabão nos braços.

Ela vira o rosto com um sorriso nos lábios. Beijo sua bochecha vermelha.

— Eu pensei que você poderia escolher. Quais nomes você acha adequado?—  ela se inclina para pegar o sabão que caiu no fundo da banheira. Vejo suas costas macias. Vontade de mordê-la.

Sobre os nomes... pensei em vários.

— Se for menino pensei em Maegor —  digo e Helaena vira a cabeça tão rápido que foi até engraçado. Sorrio. — Que foi?

— Maegor era um usurpador que torturou um sobrinho, matou o outro e abusou da irmã do nosso bisavô e trouxe dor de cabeça para ele. Que ironia seria ter um Jaehaerys e um Maegor de filhos. Nosso pai morreria de desgosto — diz ela com a testa franzida de perplexidade.

— É um nome forte. Ele casou com quem quis e domou o maior dragão da história de Westeros e ainda derrubou a força que era a Fé dos Sete — dou de ombros.

Um nome é apenas um nome.

— E um assassino de parentes que morreu da pior forma: traído e sozinho — rebate uma Helaena muito contraída.

Ora, cadê minha doce flor?

— Então pensaremos em outro nome se for ele, podemos inventar um também. Se for menina que acha de Aelora? — pergunto, puxando-a contra mim novamente. Aliso as curvas da sua cintura passando a mão pela barriga.

Ela assente com entusiasmo.

— Jaeh ficaria muito ciumenta se tivesse uma irmãzinha. Ela ama ser a única neta do vovô e a queridinha da Rhaenyra — responde Helaena. — E principalmente a princesinha do Tio Amon.

Sorrio me lembrando da pequenina Jaehaera correndo atrás de mim para fazer trançinhas no meu cabelo.

— E se você tiver gêmeos? — pergunto agora ficando assustado por não ter pensado nisso.

— Meu destino é ter três filhos, Aemond — responde convicta. Franzo o cenho. Ela olha para mim notando minha dúvida. — Eu tive sonho com três dragões e dois me aceitaram plenamente quando tomei decisões certas e logo tive os gêmeos. Existe um terceiro que ainda me teme e acredito que quando nosso bebê nascer, minhas visões e sonhos retornarão.

Sinto um arrepio do nada. O quarto parece gelado após suas palavras. Eu não sou sensitivo, mas isso foi sinistro.

— Esse bebê será nosso último? — questiono, e ela assente se aconchegando em mim fazendo a água ondular. — Então será um grande homem ou mulher.

— Ele ou ela terá você como pai, com certeza será a melhor pessoa — diz ela alisando minhas pernas estendidas. Meu coração aperta de ansiedade, mas passa rapidamente quando me lembro que será o bebê de Aegon.

Helaena se vira na banheira de mal jeito e monta no meu colo de frente pra mim. Suas mãos puxam meus cabelos para trás. Ela dá um beijo no meu queixo.

— Você é o pai do nosso bebê e isso ninguém irá tirar de você. Os gêmeos chamam você de pai às vezes e você não é. Um substantivo não significa nada quando se tem amor. Chamamos Alicent de mãe e ela é uma para nós? — aceno que não. Está longe de ter sido uma mãe .— Então, eu também acredito que tudo vai terminar bem se tivermos paciência.

Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora