AEMOND TARGARYEN
Após o casamento da Helaena com o Aegon fiquei fora por três dias seguidos na companhia de outros fidalgos enchendo a cara e fodendo para tentar esquecer que a mulher que eu amo estava deitada na cama do meu irmão. Todas às vezes que penso nos dois juntos sinto nojo e vontade de carbonizar ele com a Vhagar. Não sei como irei conseguir morar nesse castelo aturando tudo isso.
Hoje é o primeiro dia que não há mais nenhum convidado do casamento e aniversário do meu pai, apenas nossa família. Rhaenyra ainda está aqui na Fortaleza Vermelha com os filhos, tio Daemon e as gêmeas filhas dele. O jantar de hoje a noite é despedida deles para Pedra do Dragão. Empurro as grandes portas da sala de jantar para entrar. A mesa está cheia de pessoas que não me importo, a não ser Helaena que agora está sentada ao lado de Aegon. Ela está virada conversando com uma das gêmeas que não faço ideia qual seja. Todos os olhos se viram para mim.
Cortei os cabelos bem curtos acima da orelha. Mamãe parece surpresa, mas é Helaena que está boquiaberta e olhos arregalados. Isso mesmo Elilla, os cabelos que tanto dizia gostar não existem mais. Não cumprimento ninguém e sento ao lado de Jace porque é o único lugar vago. Sirvo uma taça e reviro o olho para as conversas idiotas como sempre. Janto em silêncio desfrutando do banquete de carnes de porco suculentas ao molho de cebolas. A conversa está alta demais e não percebo que Aegon se aproximou de mim. Pelo canto de olho vejo ele se servindo do mesmo vinho doce que eu.
Ninguém presta atenção em nós, não reparam o quanto estou no limite. Ele se abaixa um pouco e fala no meu ouvido:
— Ah irmão! Deve ser tão triste ver a mulher que você desejava estar casada com outro — diz Aegon. Congelo na hora. —, Desde o pedido de casamento de Dorne eu sabia que você a desejava e eu também sabe? Helaena se tornou uma bela mulher, não é? Doce e inocente e prontinha pra mim.
Não consigo respirar, mas sinto que devo escutar tudo até o fim. Ninguém está ouvindo o que diz e ele sabe disso. Tudo está se encaixando agora.
— Eu soube da passagem secreta no dia que eu fui até o quarto dela. Aquele barulho que escutei era você, não? —pergunta ele. — Sim, eu estava próximo de nossa mãe quando aquela aia de Helaena contou da mala e eu contei sobre a passagem secreta. Quando Helaena não estava no quarto um dos guardas de nossa mãe descobriu a porta.
Estou me segurando para não avançar no desgraçado. Estou enxergando tudo vermelho sangue.
— Foi tão fácil para mim... Você não sabe se controlar. Eu sabia que naquele dia no jardim que me viu abraçado em Helaena iria fazer alguma estupidez... — agora ele está rindo. Porque eu realmente fiz e o preço que paguei foi alto.
Olho ao meu redor e ninguém está prestando atenção em nós. Se notaram vão achar que é apenas irmãos conversando.
— Nossa doce irmã foi deliciosa na primeira noite, irmãozinho. Senti o exato momento que sua virgindade se rompeu — Aegon diz salivando de prazer. Estou tremendo de ódio que a taça que está na minha mão chega a tremer. — Tinha que ver depois sua bocetinha pingando minha semente misturada com seu sangue virgem. Fez-me ficar de pau duro no mesmo instante e ela não reclamou quando tomei ela pela segunda vez na mesma noite. Algo que você jamais terá irmãozi...
Não espero que ele termine de falar. Fico em pé tão rápido e a taça que estava em minhas mãos se despedaça quando o arremesso contra a mesa, mas o barulho não é nada perto do som que meu punho faz ao bater no queixo dele pela primeira vez. Aegon cai no chão e eu subo em cima dele batendo com tanta força na sua cara bêbada que espero que nunca mais consiga falar novamente. Não sei se as vozes ficam mais altas depois disso, pois passo imediatamente a ignorar tudo a meu redor. Sinto braços me puxando para longe dele, mas continuo batendo. Sinto seu nariz quebrando e o estralo é alto demais e prazeroso. Quero matá-lo! Observo meus punhos ficarem cada vez mais vermelhos por causa do sangue que cobre minhas mãos que trabalham juntas contra o seu rosto. Aegon tenta me empurrar, mas não consegue. Ouço gritos femininos e a voz de papai gritando com alguém. Não sei se os urros são meus ou de Aegon ou dos outros.
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Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)
RomanceDinastia dos Dragões: A história de amor agridoce de Helaemond merece ser contada. Casa Targaryen é conhecida por reinado de glórias, poder, sangue e dragões. Nessa história de romance destruidor e proibido: A jovem Helaena Targaryen sofre as adver...