28. Dragões feridos

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HELAENA TARGARYEN

Aemond vira as costas e sai do pátio. Pelo seu olhar sei que está com ciúmes. Grande tolo. Depois teremos tempo para comemorar. Eu e Aegon estamos indo até os aposentos de nosso pai agora.

— Obrigada novamente, Aegon — olho para ele, enquanto caminhamos.

Dou um sorriso tímido para ele.

— Parece que você quer se livrar de mim— ele sorri. —, Assim vou me sentir ofendido.

Começamos a rir quando chegamos na porta do quarto de nosso pai. O guarda avisa que o rei retornou. Ele entra no quarto e pede autorização dele.

Eu e Aegon entramos no quarto. Papai está sentado em uma cadeira para seu grande corpo. Os bigodes estão espetados para cima e os cabelos platinados como os nossos estão arrepiados. Ele desvia o olhar da carta que estava lendo e olha para nós.

— Ah! Olá queridos — diz ele, com a sua voz grossa e arquejando para falar. — Como estão os preparativos para o casamento desse ano? Ah! Será o melhor aniversário que já tive em anos. Toda a família reunida e amigos. Recebi até mesmo uma carta de Dorne informando que eles virão — ele sacode a carta na nossa frente.

Eu e o Aegon olhamos um para o outro. Ele parece nervoso e tento transmitir para ele que estou pensando: não desista. Viro novamente para nosso pai no momento que nossa mãe entra no quarto. Ela vai até meu pai e da um beijo em sua bochecha, enquanto acaricia seus ombros.

— Meus filhos! Que fazem aqui? Seu pai teve um dia longo hoje e precisa descansar, não é, meu amor? — diz Alicent com a voz irritante.

Eu não consigo suportar olhar para ela.

— Eu e o Aegon estamos aqui para dizer que não vamos nos casar — tomei pela primeira vez coragem suficiente para desafiar a assassina maldosa da nossa mãe. Olho novamente para Aegon que faz um aceno concordando e abaixa a cabeça. Respiro aliviada.

— Como assim não haverá casamento? Avisamos todos os reinos sobre essa celebração. Isso é uma pegadinha? — pergunta papai com as bochechas ficando vermelhas.

— Desculpa, papai. Sabemos que o senhor gosta de festas e uniões. Mas não queremos nos casar. Detesto chatear o senhor, mas é a verdade — respondo ele. Mamãe estava abrindo a boca para falar antes de mim. Seu rosto está como vi da noite anterior: um olhar assassino fixamente em mim.

— Tolice dessas crianças, meu querido. Não escute. Hoje é "não quero me casar" e amanhã já vão estar fazendo juras um para o outro — exclama nossa mãe.

— Vocês não querem real.... — começa papai, mas ele para ouvindo uma comoção vinda do lado de fora do quarto.

Eu levo um susto quando escuto o barulho de botas batendo no chão. Aemond entra no quarto com quatro guardas reais atrás e um aprendiz de Meistre apavorado enrolando algo em volta da sua mão. Sinto a cor se esvaindo do meu rosto. Vou até ele sem me importar o que vão achar. Colocam Aemond sentado numa cadeira.

— Que diabos é isso? — berra papai. — Por que meu filho está sangrando e todo sujo?

O aprendiz separa água numa tigela com algumas ervas para criar um plasma para a mão de Aemond. Olho para ele apavorada. Ele está desgrenhado; sua roupa está cheia de sangue e sua mão com um enorme rasgo dentro e fora. Ajudo o Meistre a limpar a ferida. Aemond não me olha. Ele fez algo muito ruim. Sinto no meu âmago.

Todos estão silêncio olhando para Aemond. Nossa mãe está com as mãos no peito assustada demais para dizer algo.

— O que aconteceu, meu filho? — pergunta nosso pai. Aegon agora está no canto do quarto com uma sobrancelha levantada olhando para nós.

Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora