HELAENA TARGARYEN
Na primeira semana de exílio de Aemond, chorei todas as noites quando o Aegon ia dormir após tomar uma boa dose de leite de papoula para dor. Sempre lembrava da pior cena que vi na vida, a forma que Aemond espancou Aegon quase matando-o. Eu fiquei tão preocupada com Aemond e o quê poderia acontecer com ele que fiquei em estado de choque pela sua reação violenta, só depois me preocupei com as feridas de Aegon.
No primeiro mês longe do homem que eu amava, recebi do escultor famoso das Terras Ocidentais a pedra de safira que iria dar de presente para Aemond. Durante a noite fui ao seu quarto e guardei a caixinha em sua gaveta. Meus olhos se encheram de lágrimas quando vi sua cama vazia. Deitei enrolada em seus lençóis tentando sentir seu cheiro. Chorei por tudo que havíamos perdido.
No segundo mês sem saber de Aemond, fiquei preocupada e nervosa. Nossa mãe dizia ter recebido apenas uma carta dele. Ele não tinha respondido as duas que eu havia enviado para o lugar onde ele estava. Temia pelo pior. Aegon ainda estava se recuperando aos poucos da surra que havia levado e resmungava do cheiro das pastas de ervas que eu colocava sobre seus machucados.
No terceiro mês prometi que seria a última vez que choraria por Aemond após escrever uma carta em meio às lágrimas de tanta raiva que sentia. Eu e o Aegon estávamos dormindo juntos novamente fazia um mês e meio, mas quando descobri que Aemond estava com outra mulher, a mesma que ele estava naquela casa de prazer e ainda por cima com os boatos de ter casado e engravidado ela, eu passei a procurar pelo corpo de Aegon até mesmo antes do sol se pôr.
No quarto mês sem notícias do meu irmão, eu percebi que meu corpo estava ficando mais cheio em alguns lugares. Eu estava visitando Dreamfyre no Fosso dos Dragões quando as suas grandes narinas se dilataram me cheirando. Duas semanas depois descobri que estava grávida. Minhas regras não haviam descido. Não acreditei que poderia estar porquê eu descobri estando com os aprendizes do Grande Meistre um chá de ervas específicas para não engravidar, logo pensei que havia errado algum ingrediente, então.
No quinto mês minha mãe contou que havia recebido notícias de Aemond e que ele estava bem. Eu já havia contado para Aegon sobre nosso filho. Ele ficou muito feliz com a notícia. Apesar de estarmos 5 meses juntos, não éramos íntimos a não ser em momentos à noite. Ele não me conhecia como Aemond e eu às vezes achava que dormia com um estranho.
No sexto mês pensei se Aemond seria um bom pai para o filho dele. Passei a sentir os enjoos matinais. Meus seios estavam cada vez mais pesados e minha barriga estava crescendo muito rápido. Havia dias que Aegon dormia com a mão no meu ventre e na maioria dos outros dias não ficava muito próximo após fazermos sexo.
No sétimo mês sem meu melhor amigo eu tive o mesmo sonho com os três dragões de meses atrás. Dois deles não me olhavam mais com medo, mas o terceiro e menor ainda me temia. Fui informada pelo guarda do fosso que Dreamfyre colocou dois ovos de dragões. Fiquei surpresa e chorei de emoção, ela sentiu que eu estava grávida e quis dar um ovo para meu filho ou filha. Essa foi a última vez que voei com Dreamfyre também, o Grande Meistre e minha mãe quase desmaiaram quando me viram grávida e montada em um dragão.
No oitavo mês eu sentia muita falta de Aemond, mas estava radiante por saber que teria mais de um bebê. Eu sentia seus chutes fortes. A Velha ama que foi da primeira mãe da Rhaenyra já havia me dito dois meses atrás que eu teria no mínimo dois bebês, no entanto foi confirmado com os dois ovos de Dreamfyre e os chutes. Aegon pela primeira vez em meses ficou extremamente bêbado e foi comemorar o fato de ser pai de gêmeos pelas tavernas da cidade.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Presságios e Safiras | helaemond (CONCLUÍDO)
RomanceDinastia dos Dragões: A história de amor agridoce de Helaemond merece ser contada. Casa Targaryen é conhecida por reinado de glórias, poder, sangue e dragões. Nessa história de romance destruidor e proibido: A jovem Helaena Targaryen sofre as adver...